O projecto turístico “Capulana”, destinado às zonas rurais em Moçambique, está a passar por grandes dificuldades financeiras, o que compromete a sua implementação.Lançado em 2008, o projecto prevê a construção de pequenas estâncias hoteleiras de padrão médio-alto em 64 distritos do país, concretamente em locais com maior carência de acomodação.As unidades já estão a ser erguidas de forma faseada e deverão terminar em 2014, obedecendo a critérios de distribuição regional. Entretanto, devido a dificuldades financeiras, o projecto está comprometido. A situação complica-se porque devido à crise financeira o Governo teve que fazer cortes no seu orçamento.Assim, este projecto não foi contemplado no pacote de alocação de recursos do Estado para este ano.Para resolver este problema, o Instituto Nacional de Turismo (INATUR), em parceria com Governo, tem estado a procurar formas alternativas de financiamento.Nesse contexto, o Governo conseguiu da Índia um financiamento na ordem de cinco milhões de dólares norte-americanos. De acordo com o Ministro do Turismo, Fernando Sumbana, houve contactos com a banca nacional e o pacote de financiamento ainda está em aberto.“Quando há crise é mais fácil fazer cortes no turismo. São cortes de circunstancia. Para que o projecto pudesse continuar mesmo sem contar com o Orcamento do Estado, procuramos soluções junto a banca local, mas ainda não fechamos o pacote. O financiamento da Índia vai dar impulso ao projecto”, explicou.Para este ano, previa-se a construção de cinco unidades 'capulana' nos distritos de Mueda (Cabo Delgado), Gorongosa (Sofala), Funhaloro (Inhambane), Chókwè e Mwadjahane (Gaza).Segundo Sumbana, com o financiamento da Índia será possível construir mais unidades “Capulana” para além do planificado.“Ao invés de cinco vamos poder fazer mais. A nossa batalha é fazer muito mais porque precisamos ter alojamento nos distritos e a nossa marca é a 'capulana' e estas estâncias devem ser geridas por nacionais”, disse.“O projecto 'capulana' surge para responder a falta de infra-estruturas para acomodação em muitos distritos do país e conta com o apoio da Primeira-Dama de Mocambique, Maria da Luz Guebuza.Os primeiros concursos para a construção de quatro unidades “capulana” foram lançados em 2008 e a unidade de Moamba, inaugurada em Dezembro de 2009, faz parte desse lote.Neste momento, estao em curso obras de construção de três unidades de acomodação nos distritos de Mandimba (Niassa), Alto-Molócué (Zambézia) e Guijá (Gaza).
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