sexta-feira, junho 26, 2009

Torcidando os "Mambas"

Faizal Ismael Sidat,Presidente da Federação Moçambicana de Futebol e Martin Noijj seleccionador da selecção nacional de Moçambique não se entendem.O primeiro entende que o holandês não está a fazer o devido aproveitamento dos melhores jogadores de momento. O técnico não aceita aquilo a que chama de interferência no seu trabalho da parte de quem nada percebe da matéria.As relações extremaram-se no jogo frente ao Quénia ao ponto de Sidat abandonar a tribuna VIP para pedir satisfações ao técnico.Este é um caso dos vários que têm acontecido no seio da Federação em que são protagonistas estas duas figuras. Martin Noijj não aceita rodar jogadores em datas marcadas pela FIFA, realizando jogos de controle, justificando que o plantel é pequeno e deseja livra-lo de lesões.Faizal Sidat discorda absolutamente, pois na sua perspectiva há outros atletas em forma e que militam no Moçambola com pergaminhos para vestir a camisola da selecção nacional.Noijj embirrou com Sidat, e por pirraça não dá chances a jogadores por exemplo da Liga Muçulmana ,equipa dos amores da família Sidat, também activos na escolha de talentos na qualidade de agentes da FIFA.Noijj farto das incongruências directivas, sabe que a única montra internacional é a selecção, então não dá chances aos empresários no nosso futebol..... Uma relação azeda que deriva de dois perfis de gestão completamente diferentes. Rigor,profissionalismo até ao mais ínfimo pormenor organizativo, pode estar a chocar com uma visão mais flexível e de ocasião.Ou seja, Martin Noijj não é personalidade ideal para encaixar na actual gestão da Federação, ou o seu Presidente não tem perfil para gerir, conviver com os princípios imprescêndiveis do desporto profissional e de alta roda.Dos técnicos nacionais que passaram pela selecção nacional na última década, apenas um teve a coragem de dizer que o nosso futebol era uma brincadeira, e a Federação fora assaltada por gente ignorante em matéria de desporto. Palavras de Artur Semedo.A imagem cinzenta que paira na selecção é apenas entre estas duas figuras, porque o balneario ,esse, é tonica comum de ser um dos melhores graças ao actual selecionador nacional.Faizal Sidat, o Presidente da estrutura que tutela o futebol nacional questiona os resultados dos treinos á terça-feira, com um grupo de trinta selecionados, dos quais só três ou cinco são convocados.Martin Noijj, o seleccionador ao serviço de Moçambique questiona o papel dos membros da Federação, quanto a responsabilidade individual para com a equipa em particular nas deslocações ao estrangeiro, uma situação que vem penalizando o seu trabalho e rendimento do colectivo.

Reforma compulsiva

O governo de Moçambique prepara um plano que retira 70% do salário mensal ao funcionário afectado por doença prolongada. Depois de dois anos, confirmando-se que já não pode trabalhar, seguir-se-á uma reforma compulsiva.Segundo o porta-voz do governo de Moçambique, Luís Covane, vice-ministro da Educação e Cultura, em 2008, dos cerca de 167 mil trabalhadores da função pública 32.000 estavam infectados, dos quais 10.000 precisavam de tratamento anti-retroviral. Sabe-se que cerca de 1.600 funcionários públicos moçambicanos morrem anualmente vítimas de Sida, o que está a colocar problemas ao Estado, que tem de repor funcionários, “alguns deles altamente qualificados”. Tal situação, leva a grande absentismo e a mortes que obrigam o Estado a “fazer reposição de quadros”, alguns “altamente qualificados” e nos quais se fez um grande investimento.Moçambique, com 20,3 milhões de habitantes, é um dos países mais afectados pela Sida no mundo.

ADEUS

quarta-feira, junho 24, 2009

Conservação biológica

NOVOS registos de espécies de plantas, répteis e anfíbios, borboletas e pássaros acabam de ser detectados nos ecossistemas mantanhosos do país, o que representa o alargamento da sua ocorrência e necessidade de uma maior conservação pelas autoridades e sociedade no geral.Os dados constam de um estudo que demonstra a riqueza da biodiversidade e importância dos aspectos de conservação biológica em Moçambique que, considera, entretanto, existir ainda muito trabalho por realizar na componente de identificação e registo.O facto foi tornado público semana passada na cidade de Maputo pelo Ministro da Ciência e Tecnologias, Venâncio Massingue, num seminário promovido pelo Instituto de Investigação de Moçambique (IIAM) destinado a divulgar os resultados preliminares do estudo dos ecossistemas montanhosos.A pesquisa foi realizada entre Maio do ano passado e igual período do ano em curso nos montes Chiperone, Namúli, Mabu, Inago e Mchese, este último no Malawi.Os maciços montanhosos escalados pelas expedições científicas são de particular significado biológico, uma vez que ocorrem em pradarias de altitude que comportam espécies de plantas endémicas bem como extensas áreas de floresta húmida.Cerca de 15 espécies de plantas foram encontradas em Chiperone e aproximadamente 40 por cento das detectadas em Namúli não estão referenciadas no “checklist” de plantas vasculares do país.No mesmo monte, sete espécies são novos registos na flora zambesíaca. Resultados preliminares do monte Mabu indicam uma lista de 250 espécies das quais duas são novos registos para Moçambique.Relativamente à répteis e anfíbios foi apurado que as espécies que eram consideradas endémicas no monte Mulanje (Malawi) existem em Namúli, o que alarga a sua área de ocorrência natural. Em Mabu os pesquisadores registaram uma espécie nova de víbora de floresta, a qual se deu o nome científico de “atheris mabuensis”. A mesma espécie foi, entretanto, observada no monte Namúli. Ainda em Namúli foram registadas cinco novas espécies de borboletas, incluindo igual número em monte Mabu que estão ainda em estudo para a sua confirmação.Em relação aos pássaros não houve novas espécies mas realça-se a existência de espécies ameaçadas e de novos registos de áreas de ocorrência natural. A título exemplificativo, em Chiperone oito espécies estão ameaçadas. De destacar que o Namúli Aplis, único pássaro endémico do país e que até à data da pesquisa só tinha registos de ocorrência no monte Namúli foi encontrado em Mabu.De acordo com a pesquisa, actividade humana como queimadas descontroladas, abertura de machambas, corte de madeira têm contribuído para a destruição das espécies raras no País.Perante este cenário, os pesquisadores aconselham para maior coordenação entre as instituições ligadas à protecção das espécies ao nível interno e internacional.“Neste momento, o desafio é a devolução deste conhecimento das espécies para as comunidades pelos próprios cientistas. É preciso fazer a avaliação do seu impacto social e económica porque o estudo não deve ser só para a nossa satisfação”, disse o Ministro.Para Venâncio Massingue, é necessário estabelecer um programa nacional de investigação nesta área bem assim que urge o enquadramento de jovens cientistas.“Encorajamos os programas transfronteiriços de modo a facilitar os pesquisadores do nosso País e de Malawi ou outras nações”, destacou.
Fonte:
24 de Junho de 2009:: Notícias

sexta-feira, junho 19, 2009

Brazucas no Zimpeto?

Matematicamente, alguns pontos ainda separam a selecção brasileira da classificação para o Campeonato Mundial de Futebol de 2010 na África do Sul. Mesmo assim, a concorrência para receber a preparação da equipe de Dunga antes do Mundial já está aberta, com algumas nações da áfrica austral do continente a actuar nos bastidores para contar com estrelas como Kaká e Robinho.
Oficialmente, a Confederação Brasileira de Futebol só se pronuncia sobre o caso quando a classificação estiver garantida nas eliminatórias sul-americanas. A entidade também diz que o sorteio dos grupos, com as designações de locais dos jogos, também influenciarão na decisão. No entanto, iniciaram as conversações com os países próximos da África do Sul.O embaixador brasileiro Raúl de Taunay no Zimbabwe disse recentemente nu
ma entrevista ao jornal local The Herald que entre os países interessados, o Zimbabwe é oq ue se apresenta melhor visto ter duas vantagens, o clima e a altitude.
Além da altitude, a língua aparece como carta na manga de outras nações, como Moçambique, também país vizinho da África do Sul, que admite oficialmente o interesse em receber os brasileiros.
"Moçambique já formalizou uma proposta através de seu governo. O país tem
todo interesse em receber a selecção e já está a construir estrutura para isso", diz Leônidas Coelho, segundo secretário da embaixada brasileira em Moçambique. O convite dos moçambicanos à selecção brasileira foi formalizado na última visita do presidente Lula da Silva ao país. A intenção foi reiterada durante a passagem por Maputo do ministro do Turismo Luiz Barreto. Outro país de língua portuguesa que também está na disputa para receber a equipa nacional do Brasil na sua preparação para a Copa é Angola - nação que tem a desvantagem de não fazer fronteira com a África do Sul.

Tolerancia é uma exigência

Frequente nos últimos anos desta legislatura o sentimento de que o tratamento do nacional em função a sua competencia não é atributo principal para as suas aspirações.A moçambicanidade deixou de ser o suficiente para fazer juz aos propositos individuais, colectivos e associativos.

Este “tique” adverso aos sonhos do arquitecto da unidade nacional é alimentado pela bipolarização da política, recaindo toda a responsabilidade aos que insistem em ficar entrincheirados na defesa do seu feudo.Os discursos que se conhecem deixam para as últimas linhas aquelas que eram as principais palavras, como a paz, solidariedade, perdão, unidade e harmonia.Ataques em todos os sentidos e de forma contundente levantam os maus espiritos, aqueles que há muito foram enterrados, agora exorcitados.A intolerância política pouco a pouco, começa a tomar conta dos principais actores numa manifesta arrogância para com uma população que tanto está bem agora como entra no desespero amanhã.As famílias atacadas em tempo de paz por uma multidão de compatriotas muito recentemente na terra natal de Eduardo Mondlane é um dos sinais de quanto a secular tolerancia dos moçambicanos é infectada pelos políticos da actualidade.A ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista diferentes é um exemplo triste para a jovem democracia moçambicana.Certo de que os moçambicanos envolvidos nestes actos violentos não tenham sido incitados a tal, não deixa de ser um aviso de que vamos ter um ano eleitoral efervescente.Gente simples, dedicada ao trabalho foi também vítima de uma postura nada cívica, da parte dos auto-intitulados “pais” da democracia no país. Destruição de bens foi a arma utilizada numa afronta aos principios de convivência entre os homens e são testemunhas os que vivem na terra onde nasceu o nosso actual Presidente da República.

Os argumentos têm que ser outros, diferentes das formas mais óbvias de intolerância política, sobretudo aquelas que lançam mão da violencia para esmagar quem não comunga das mesmas ideias.Apela-se a tolerância, sabendo que cada moçambicano sempre pode discordar mas que o faça pacíficamente.Não se pode hipotecar o visível desenvolvimento do país, construindo-o em cima da raiva, menosprezo das pessoas por causa das suas opiniões ou características fisícas ou culturais.Num nível mais extremo pode levar a violencia e na sua forma mais severa ao genocídio.Foi assim no Ruanda, Uganda, Sudão, e Costa de Marfim, apenas alguns exêmplos de povos que decidiram responder aos actos intolerancia usando o terror das armas.

O povo moçambicano é reconhecido como trabalhador e hospitaleiro , não se compreendendo as atitudes violentas reportadas de um dos distritos da terra que viu nascer o arquitecto da unidade nacional.A classe politica não está a falar para o abstrato. Os que ouvem e registam com um olhar atento são também filhos de Deus e como tal têm sentimentos.