segunda-feira, setembro 21, 2020

Aruângua verde

O Parque Verde da cidade da Beira, centro de Moçambique, será gerido, numa primeira fase, por uma Unidade de Operação e Gestão de Infra-estruturas, integrada por técnicos estrangeiros, actualmente em instalação.

A construção do empreendimento, centrada no rio Chiveve, encontra-se a mais de 70 por cento de execução, prevendo-se que termine em Dezembo. Segundo o director das obras, Paulo Óscar, citado hoje pelo “Notícias”, a Unidade que administrará a infra-estrutura por um período de dois anos antes de entregá-la ao Conselho Autárquico da Beira (CAB), será implantada com apoio da empresa alemã SWECO e com base num financiamento do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW) estimado em aproximadamente dois milhões de euros. Dos 11 técnicos contratados internacionalmente para este trabalho, já se encontram na Beira três. Os restantes deverão desembarcar na capital provincial de Sofala nos próximos dias. Em princípio, segundo Paulo Óscar, o CAB será a entidade responsável pela gestão corrente do Parque Verde, mas por falta de experiência na administração de empreendimentos desta natureza, foi contratada a SWECO.

Esta empresa vai preparar todos os assuntos da área institucional para operação, manutenção e treinamento do pessoal do município em matéria de gestão de um empreendimento como este. Findos os dois anos de vigência do contrato, a SWECO deverá, segundo Paulo Óscar, durante mais 24 meses, prestar assessoria ao Conselho Autárquico da Beira, na gestão e operação do parque. A conclusão do Parque Verde está prevista para Dezembro deste ano, segundo garantias do director das obras.

Paulo Óscar referiu que tudo decorre sem sobressaltos, não obstante os vários constrangimentos que a empreitada conheceu desde o seu início em Junho de 2018, como o ciclone tropical Idai e agora o novo coronavírus. O projecto foi lançado pelo Governo moçambicano com apoio financeiro do Banco Mundial (BIRD) e KFW em 31.290.000 dólares.

Implementado pelo sector da Administração de Infra-estruturas de Águas e Saneamento (AIAS) no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, a obra visa controlar fenómenos como inundações e cheias urbanas, proteger o ecossistema do mangal e terras húmidas, através da requalificação das zonas envolventes do rio Chiveve para fins recreativos e de lazer. Executada pela China Henan Internacional Cooperation Group (CHICO), o empreendimento cobre uma área de 20 hectares.

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