Dois oficiais da polícia malawiana foram detidos em Angónia, distrito da província central de Tete, após terem entrado ilegalmente em Moçambique.Trata-se do sub-inspector Knoxy Khonje e o seu colega Constable Chiwaya, afectos à polícia malawiana em Dedza.Segundo a Rádio Moçambique (RM), emissora pública, os dois oficiais entraram ilegalmente em solo moçambicano devidamente uniformizados e munidos de armas de fogo e, na altura dos factos, faziam-se transportar numa motorizada da polícia malawiana.Os dois agentes permaneceram sob custódia da polícia moçambicana durante três dias e só viriam a ser restituídos a liberdade na última sexta-feira, quando a contraparte malawiana se deslocou à Vila Ulongwé para negociar a sua libertação.As autoridades malawianas justificam a entrada ilegal alegando que os seus homens estavam em missão de serviço na região fronteiriça de Mphathi, quando inadvertidamente se perderam e entraram para o solo moçambicano, através do posto administrativo de Domwé onde foram detidos e depois transferidos à Vila de Ulongwé.São vários os episódios de clara provocação que têm vindo a ser protagonizados pelo Malawi bastando, para o efeito, recordar que, em 2009, agentes da polícia daquele país invadiram o território nacional e destruíram o posto da força da guarda-fronteira em Ngauma, província do Niassa, norte do país.O acidente foi, na altura, qualificado por altas patentes policiais moçambicanas como um acto de mera provocação.Ao que tudo indica, o caso ainda não está devidamente esclarecido em consequência das divergências entre as autoridades dos dois países.Em Outubro de 2010, o Adido Militar do Malawi em Maputo foi interceptado pela polícia moçambicana a viajar ilegalmente no Rio Zambeze em direcção ao Porto fluvial de Nsanje, onde participaria na inauguração daquela infra-estrutura do Malawi.O adito acabou ficando detido por algumas horas na Zambézia porém mais tarde libertado por gozar de estatuto diplomático. O caso criou alguma fricção nas relações entre Moçambique e o Malawi.Mesmo assim, Moçambique tem vindo a tolerar o que considera 'provocações do Malawi' com base nas relações de boa-vizinhança, dai que não tem havido uma resposta na mesma proporção.Moçambique e Malawi partilham uma extensa fronteira terrestre, fluvial e lacustre com mais de mil e quinhentos quilómetros.
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