quinta-feira, outubro 31, 2013

"Enquanto não disserem o que não está bem,tenho plena confiança no meu Comandante-geral da Polícia”,

O Presidente da República, Armando Guebuza, manifestou hoje a sua confiança nas Forças de Defesa e Segurança do país, apesar do elevado número de raptos que se registam em Moçambique, alguns dos quais envolvendo agentes da polícia. Nos últimos dois anos, Moçambique tem sido assolado por uma onda de raptos perpetrados por pessoas que exigem avultadas somas em dinheiro para resgate das vítimas. Só na semana passada, Maputo registou um total de seis casos de raptos. Contudo, o mais preocupante é que alguns desses casos envolvem agentes de segurança. Na Segunda-feira, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo condenou seis membros de uma quadrilha que se dedicava a raptos, três dos quais são agentes da Forcas de Defesa e Segurança, sendo dois da Polícia da República de Moçambique (PRM) e um outro da Casa Militar, uma unidade de elite que garante segurança ao Chefe do Estado. Diversas correntes têm apelado para uma maior acção do governo para prevenir e combater estes crimes e alguns exigem reformas ao nível da PRM. Contudo, falando hoje a jornalistas, Guebuza disse que não haverá nenhuma reforma, porque ele ainda confia nos actuais órgãos de segurança. “Eu tenho confiança na Casa Militar e no Comandante Geral da Polícia. Que me apresentem o que está errado para poder corrigir”, disse Guebuza, falando em Chimoio, na conferência de imprensa que marcou o fim da sua Presidência Aberta e Inclusiva a província de Manica, centro do país.
“Há uma opinião que as
coisas não estão bem, mas não dizem o que não está bem. Não dizem quem faz o quê e querem que eu haja. Não, eu tenho plena confiança na Casa Militar e também tenho confiança no meu Comandante-geral da Polícia”, acrescentou o estadista moçambicano.
Contudo, Guebuza considerou justa a preocupação da sociedade em relação a este tipo de crimes e ao funcionamento dos órgãos de administração da justiça no geral. O Presidente da República disse que os moçambicanos não estão habituados a este tipo de crime que considerou de transfronteiriço e “não aceitável”. “Eu sei que a nossa polícia está a fazer tudo que está ao seu alcance para resolver estes problemas e alguns dos raptores foram levados à barra do tribunal e estão mesmo em julgamento, mas isso não é suficiente e temos que fazer ainda muito mais”, admitiu Guebuza.  O estadista moçambicano afirmou que, em parte, por uma maior consciência por parte de todos os actores da sociedade sobre “o significado destes crimes…“Aparentemente, ainda não alcançamos essa consciência colectiva sobre a gravidade destas questões”, disse ele. “Em segundo lugar concordo que o Código Penal poderá ajudar a resolver o problema, mas, como eu digo, não é a condição, por isso nós – a bancada e o governo - estamos a insistir para que haja, pelo menos, um agravamento maior e isso seja posto ainda nesta sessão da Assembleia da Republica porque não pode esperar”, disse ele. Para Guebuza, a moldura penal actualmente usada para este tipo de crimes não penaliza de forma justa os criminosos. “Então vamos corrigir já. Façamos uma moldura penal que mais tarde vai ser integrada no Código Penal”, disse ele

quarta-feira, outubro 30, 2013

Se o Governo não tem capacidade,à nossa maneira, nós vamos acabar com isso!

Crítica a Jorge Rebelo a propósito da entrevista que concedeu ao jornal "SAVANA", publicada no jornal "DOMINGO" no dia 27.10.2013.

As nossas primeiras palavras são de total agradecimento ao temido Secretário do Trabalho Ideológico da FRELIMO, obreiro-môr da orientação, condução e direcção do Partido em todas suas vertentes. Esta posição privilegiada no seio do Partido , impõe -lhe por dever ético e moral a assumpção do bom e do odioso da organização. Infelizmente recorda-se de todos os momentos bons com uma impressionante memória, e por mais paradoxal que pareça, ela é gasosa quanto aos malefícios, crimes e outras atrocidades perpetradas por si ou com o seu silêncio ou cumplicidade. A acompanhar esta capacidade, relativamente aos seus nefastos feitos envolve-se num rol de contradições que põem qualquer mundano a duvidar da sua sanidade mental. Para ilustrar esta asserção basta atentar para o título da sua entrevista publicada no semanário Savana de 18/10/2014 , com o título "A FRELIMO de hoje não aceita crítica e muito menos fazer auto-crítica " Este intróito sugere de facto uma FRELIMO onde a crítica é abominável, o que é inteiramente falso. Aliás, o próprio entrevistado diz ter verberado publicamente intervenções com laivos de racismo em pleno Congresso da
FRELIMO que é o Órgão mais alto, facto que revela que afinal a sua afirmação de não aceitação da crítica na organização, é falsa. Falou Jorge Rebelo e falaram muitos outros cidadãos, foi ovacionado e não censurado e nem tão pouco julgado pelas suas ideias. Não há em Moçambique quem não tenha acompanhado a sua intervenção naquele Fórum, e a sua intervenção foi propalada para o mundo a sete ventos. Mas afinal qual é o seu problema? É por não ter sido reconduzido a membro do Comité Central? É por não simpatizar com qualquer dos dirigentes da "actual" FRELIMO? Parece que sim, já que introduziu no vocabulário político moçambicano a ideia da existência de duas FRELIMOS, a de hoje e a de ontem. A aceitarmos esta sua tese podemos publicamente afirmar que a FRELIMO de hoje deu-nos a liberdade de expressão, a liberdade de opinião, a liberdade de reunião, a liberdade de escolhermos os nossos dirigentes através do voto expresso nas urnas. A liberdade de circulação, a liberdade de tomar iniciativas para combater a pobreza, as liberdades individuais atribuídas e reconhecidas a todo o cidadão no mundo moderno, a liberdade até do surgimento de jornais do quilate desse de que se serviu para dar a sua "grande" entrevista. A liberdade que até libertou o Jorge Rebelo para aparecer em público e em jornais, a fazer o que no tempo do seu reinado como ideólogo do Partido e Ministro de Informação, configuraria um crime de traição eivado de reaccionarismo, porque criticando assuntos do Partido fora das estruturas, seria matéria de medidas draconianas que só lembram mesmo o seu reinado. Está escrito e registado em devida nota nos anais da nossa história, que no tempo do seu reinado, o país era regido segundo as regras da ditadura do proletariado, ora ditadura, adjectivada ou pincelada com as cores mais lindas ou não, ditadura é sempre ditadura, e é uma negação sagaz da democracia e consequentemente da crítica e da autocrítica. Melhor dito, não existe sequer discussão de ideais. Há ordens rígidas emanadas na senda da máxima: quem não está connosco está contra nós. Sabe, o senhor é mesmo maldoso e amante despudorado da ilicitude e a sua alma maledicente não sossega, enquanto não encontrar epítetos insultuosos contra muitos de nós. Hoje, depois de nos ter brindado com insultos como xiconhocas, corruptos, javalis, macacos procura agora besuntar-nos com as cores do lambebotismo e de incompetentes, ou seja, quem se atrever a falar bem de Guebuza, é lambebotas, quem reconhecer os seus feitos, e que são vários, vira lambebotas! Quer saber uma coisa senhor Jorge Rebelo? Enquanto o senhor e demais apaniguados seus se desdobram em cada dia que passa, em insultos, críticas de trazer de casa ou mesmo em entrevistas encomendadas contra Guebuza, mais engrandecem esse Grande homem, que além de patriota, dotado de uma inteligência rara, é acima de tudo, de uma capacidade de tolerância sem igual, pois, pelo mal que Jorge Rebelo e sua clique lhe fizeram em todo o vosso reinado, nem devia suportá-los. Em algum momento e quando li alguns escritos de Silvestre Nungu, por quem nutro uma forte simpatia, considerei haver alguns exageros neles, mas com a sua Grande Entrevista, sou levado a acreditar que Nungu tem razão em toda a sua extensão. Como é que o senhor se pode atrever a chamar-nos de lambebotas? Para não o sermos, temos que pensar como o senhor? Ou está numa tentativa de amordaçar a todos os que têm cargas de razão para lhe criticar e apelar, para que as suas culpas, e são várias, não continuem solteiras, pois têm um namorado como o senhor? O senhor na sua entrevista tem o desplante de criticar a qualidade da educação, mas na verdade, quem foi que destruiu a educação, não foi o senhor e os seus? Em prol do escangalhamento do Aparelho do Estado, não foram vocês que acabaram com a qualidade da educação ministrada pelos professores formados no Alvor, pelas instituições religiosas e mesmo pelas escolas oficiais? Se há alguém que concebeu, e incubou pepinos de pequenos até grandes, esse alguém é o Jorge
Rebelo e os seus. Na verdade, a qualidade da sua educação senhor Jorge Rebelo, é deveras surpreendente, que mesmo na sua fértil imaginação, consegue enxergar o que outros não enxergam. Virei e revirei a minha pobre imaginação, própria de um incompetente lambebotas, para ver se encontrava na dita menção pelo Presidente, a moçambicanos genuínos e não genuínos, algo que indicasse pretos ou brancos, não digo mulatos, porque esses, ou são filhos da minha mãe ou do meu pai, mas confesso, não abarquei nem meiei (desculpe o meu português). Quando se tem culpas no cartório ou quando se vive ruminando verdades inconfessáveis, a imaginação torna-se fértil até de mais, o que muitas vezes nos leva a confessar em voz alta os nossos segredos ocultos. Senhor Rebelo, quando disse a Samora que ele comportava-se como ditador, ele não considerou o seu pronunciamento como ofensa, porque na verdade, Samora entanto que homem era generoso e aberto, o que sem sombra de dúvidas teria sido diferente, se um eu tivesse dito exactamente a mesma coisa a Samora na sua presença, porque aí, não Samora, mas você, teria interpretado isso como desnaturado atrevimento, e usando da sua imaginação torpe e criminosamente inventiva, tudo teria feito para eu exemplarmente engolir o meu atrevimento. Os seus temores, senhor Jorge Rebelo, junto de Samora, eram reflexo do que o senhor faria a um eu que se atrevesse apelidar-lhe assim. Por favor, senhor Jorge Rebelo, parem de nos tratar como imbecis. Somos muito humildes e com uma capacidade enorme para compreender e perdoar. Já que não nos resta mais nada, já nos insultaram e nos insultam todos os dias, onde até os nossos dirigentes, incluindo o Presidente da República, em nome da liberdade da imprensa, não escapam a esses insultos, algum dia, teremos que dizer basta, e se as instituições do Governo não têm capacidade para parar com esta perversão à nossa cultura, à nossa maneira, nós vamos acabar com isso. O nosso maior orgulho é esta Pátria duramente conquistada, incluindo os seus símbolos. Críticas construtivas sim. Cultura de insultos não!

Sargento Aposentado JORNAL DOMINGO – 27.10.2013

segunda-feira, outubro 28, 2013

Marra, o heroí!

O Presidente da República, Armando Guebuza, prestou homenagem ao herói nacional Joaquim Marra, pela passagem, este ano, de 40 anos após o seu desaparecimento físico.Figura pouco conhecida nos manuais oficiais da História de Moçambique, Luís Joaquim Marra foi um dos moçambicanos que se juntaram a luta armada de (1964/1974) movida pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e que culminou com a independência do país em 1975.Marra figura da lista dos combatentes que participaram na histórica Operação Nó Górdio, de Julho de 1970, em que o exército colonial português saiu vencido dos seus planos de “acabar com a FRELIMO em seis meses”.Luís Joaquim Marra nasceu a 26 de Setembro de 1946, no distrito de Caia – então Vila Fontes – província central de Sofala e morreu a 5 de Setembro de 1973 em Muidumbe, província nortenha de Cabo Delgado, assassinado numa emboscada perpetrada pela tropa colonial portuguesa contra a FRELIMO. Acaba de ser homenageado em cerimónia de Estado dirigida pelo Presidente da República, Armando Guebuza, por ocasião da passagem dos 40 anos do seu desaparecimento físico deste herói nacional.
“Viemos aqui recordar que a cortina espessa da máquina colonial de opressão que ofuscava os horizontes dos homens e mulheres de Caia não logrou travar os fulminantes ventos de liberdade e independência que viriam a dar um rumo nobre à vida de Luís Joaquim Marra”, disse o estadista moçambicano, falando durante a cerimónia que teve lugar em Caia, terra natal do malogrado.
Segundo Gebuza, Joaquim Marra sentiu desde a tenra idade a opressão colonial, primeiro na discriminação no acesso à formação e, mais tarde, no emprego, particularmente quando trabalhava nas Oficinas Gerais dos Caminhos de Ferro de Moçambique, na Beira.“Todavia, não se limitou a contemplar e a lamentar esperando que alguém alterasse essa situação política com impacto na sua vida e progresso”, disse Guebuza, anotando que, ao invés, cedo Marra integrou a rede clandestina da FRELIMO, tendo participado na mobilização de mais moçambicanos para se juntarem ao movimento de “resgate da nossa dignidade e contribuído para dar uma maior expressão aos diferentes movimentos cívicos que despontavam e animavam a vida cultural, e de forma discreta”, Depois de se juntar ao movimento em 1967, Marra iniciou os seus treinos no Centro de Preparação Político-Militar de Nachingwea, na vizinha Tanzânia, onde estava baseada a Frelimo, e teve formação em artes de guerrilha e em outras matérias da ciência militar.Mais tarde, ele foi estudar para a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e após o regresso juntou-se a Frente de Cabo Delgado, fixando-se na Base Ngungunyane, uma base que, segundo o Chefe de Estado, assumia um papel de grande importância estratégica para a FRELIMO e para o avanço da Luta de Libertação Nacional.Dentre várias funções assumidas durante a luta, Marra foi Comandante Provincial Adjunto de Artilharia em Cabo Delgado e simultaneamente era responsável pelo Comando do 2/o Sector.“Luís Joaquim Marra, que integra o panteão dos nossos heróis, é um nome que se deve invocar sempre que for necessário para buscarmos inspiração para continuarmos a consolidar a Paz e, deste modo, prosseguirmos a nossa luta contra a pobreza que já está a dar resultados bem vincados mesmo aqui, em Caia!”, disse Guebuza.O programa de homenagem a Luís Joaquim Marra incluiu uma visita a casa da sua família e ao cemitério familiar bem como a inauguração dum monumento em memória a este herói nacional.

A nossa capulana

Foi isso mesmo! A passagem dos 55 anos de elevação de Pemba à categoria de cidade foi três vezes mais animada, igual ao número de dias que durou, do que em todas as ocasiões em que, uma vez ao ano, temos de nos preparar para o que vier no dia 18 de Outubro. As razões podem ser reunidas num saco chamado coincidência, noutro de nome organização, bem como numa algibeira que os mais optimistas poderiam dar o nome de crescimento.Admitindo que o facto de o dia 18 de Outubro ter calhado numa sexta-feira se possa considerar coincidência (como se fosse possível colocá-lo numa quinta-feira, como no ano passado ou num sábado, como será no próximo) a localização da data teve o condão de encontrar citadinos que tinham à sua frente um fim-de-semana prolongado para trás (e não para frente como tem sido habitual), tendo a coisa fervido desde a montante.Não parecia que houvesse festa, porque, estranhamente, o executivo autárquico havia feito tudo aparentemente às escondidas, quase todos os viventes da zona de cimento gritavam a pés juntos que “desta seria uma vergonha”, na explicação errada de que cidade seja simplesmente essa parcela urbana e na mania de que festa poderia ser ver muitos cartazes a anunciarem o que iria acontecer e quem viria da estranja ou das outras paragens do nosso país.Ninguém se lembrou que os bairros estariam, todos, envolvidos numa preparação sem paralelo, organizados para três festas, como a seguir nos poderemos aperceber. E foi o que aconteceu. Ao fazê-lo, a edilidade terá inovado essa maneira de ser cidade, principalmente município, principalmente autarquia…
E no dia 18 aqueles que esperavam pelos cartazes foram surpreendidos pela festa, vinda de todos os bairros, que encheu os recintos públicos existentes e ela (a festa) foi sendo distribuída pelas alamedas, tendo regressado incompleta à sua origem (de novo aos bairros), onde tudo estava feito, incluindo o tradicional arroz e carne de vaca.Esta festa iria contagiar uma outra a seguir: lembrar Samora Machel, na terra onde ele gostava de gozar as suas férias e, por essa ocasião, o festival da Capulana, que, não fosse a forma como o Conselho Municipal voluntariamente assumiu o evento, corria o risco de ser um fiasco.
Todos ouviam falar de 15.000 mulheres com capulanas a desfilar. Todos ouviam gratuitamente a palavra mundial ou internacional e todos ouviam que Pemba seria apenas hospedeira, e por aí participante privilegiada.Ninguém sabia que, para lá da publicidade, estava a verdade de que tudo poderia ser Pemba, desde os participantes até ao uso e abuso dos termos mundial e internacional. Ninguém chegou de fora das fronteiras, para desfilar no festival, nem de outras províncias para o mesmo fim.Como que a sonhar e habituados às manias de coisas pensadas e dirigidas a partir de Maputo, o município desconfiou em absoluto e organizou-se a ponto de assumir a totalidade do festival, entanto que festa.Por isso, preparou-se para que todos os bairros fossem ao festival, nem era necessário pedir que fossem de capulanas – sempre estão! Espontaneamente lá estiveram quantas capulanistasquanto os olhos não puderam mais! Por isso, as cerca de 7000 beldades no desfile.
Vimos capulanas feitas de tudo aquilo que a imaginação conseguiu, cobrindo as diferentes formas de ser bela, diferentes e exuberantes traseiras, vistosos e gingadores peitos, a elegância da mulher na sua mais íntima vaidade e estilos, tanto tradicionais, quanto modernos, outros ainda forçados a coabitarem com a era informática, a caminhar para a digital. Capulana!
Na verdade, a capulana é muita coisa: é beleza, é riqueza, é alegria, é traição, é tradição e de facto é cultura, para o que não foi necessário algum seminário com algumas apresentações empower point, para que ela aparecesse em cheio e enchesse todo o perímetro chamado Pemba, principalmente, a bela praia do Wimbe.
Acabou sendo a nossa festa, de tal ordem que da próxima contemos connosco mesmos. Samora foi celebrado da melhor maneira, que contagiou o dia seguinte, em que entrámos na terceira festa: apuramento do Ferroviário de Pemba para o Moçambola/2014, donde poderemos não voltar cedo, se a razão for a falta de um campo relvado, segundo garantem as autoridades.
É dos sucessos que, por causa dos quais, não merece elogios, a quem quer que seja, porque devia ser sempre assim… (P.Nacuo)

Boa nova: Tunduru vai ser reabilitado

O presidente do Município de Maputo, David Simango, disse hoje que a reabilitação do Jardim Tunduru, localizado na baixa da cidade, vai constituir mais uma fonte de receitas municipais, através da construção de edifícios novos.A reabilitação deste património terá a duração de um ano e está orçado em pouco mais de 165 milhões de meticais (o dólar norte-americano custa 30 meticais, no câmbio actual). O valor será co-financiado pelas empresas Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), Fundação Vale, Instituto Nacional do Turismo (INUTUR) e pelo Conselho Municipal de Maputo (CMM).Falando por ocasião do lançamento da 1/a pedra para a reestruturacao do património, Simango disse que a reabilitação do espaço é um marco importante não só para os munícipes de Maputo, como também para todos os moçambicanos. A reabilitação deste espaço visa, essencialmente, recuperar a beleza do maior e histórico jardim botânico do país e de referência a nível de África; melhorar as condições paisagísticas do local e da baixa da cidade e melhorar as condições ambientais e ornamentais do jardim, referiu o edil.Segundo ele, as obras serão executadas em três fases, nomeadamente a nível do próprio jardim, a nível dos edifícios já existentes e a nível de edifícios novos. Assim sendo, na primeira fase será feita a reabilitação do muro de vedação, arruamentos, estufa, lagos e pérgulas, construção do sistema de saneamento e montagem dos sistemas de rega e de iluminação pública.A segunda fase consistirá na reabilitação de todos os edifícios já existentes e na construção da segunda estufa. Na terceira e derradeira fase vai se construir um restaurante e um quiosque. Esta fase será precedida do lançamento de um concurso público para se encontrar parceiros no âmbito das parcerias público-privadas. Simango disse ainda que pretende-se que os edifícios funcionem como serviços de apoio aos utentes do jardim, de modo a criar um fundo para apoiar a sua manutenção.

Tres anos sem cólera

 A Governadora de Manica, Ana Comoane, afirma que a sua província já está livre da cólera, uma doença endémica que constituía um dos principais problemas de saúde naquela província do centro de Moçambique.Falando na apresentação do informe do Governo Provincial por ocasião do início, domingo, da visita do Presidente da República, Armando Guebuza, a Manica, Comoane disse que a sua província não registou nenhum caso de cólera nos últimos três anos.“As chamadas doenças endémicas estão a reduzir e há mais de três anos que não temos cólera na província”, disse Comoane, falando em sessão extraordinária do governo realizada em Chitobe, vila sede do distrito de Machaze, onde Guebuza iniciou a sua Presidência Aberta e Inclusiva a província de Manica.Cólera é uma das doenças que fustigou Moçambique nos últimos anos, matando centenas de pessoas, mas dados indicam que a sua prevalência tende a reduzir. Recentemente, a província central de Sofala, em tempos umas das maiores vitimas, também declarou-se livre da doença.Reagindo a esta notícia, o Presidente da República enalteceu os esforços do Governo Provincial, justificando que “como sabem, cólera é uma doença que nos persegue há muito tempo”.“Cólera é uma doença que depois de entrar leva muito tempo a desaparecer. Esperamos que depois destes três anos não volte mais”, disse ele, dirigindo-se aos participantes desta sessão extraordinária do Governo Provincial. Contrariamente a cólera, outras doenças como a malária, HIV/SIDA, diarreias e meningite continuam a ceifar vidas em Manica.Por exemplo, em 2011, a província registou um total de 325.206 casos de malária, que foram responsáveis pela morte de 83 pessoas. Em 2012, o número de obtidos baixou para 52, mas voltou a aumentar este ano para 64 casos até ao terceiro trimestre.

Chico fininho , uuuuuuh uuuuuuh.

O Coconuts, em Maputo, tornou-se pequeno para o público que se fez presente em massa para assisitir aos dois shows do considerado pai do rock português, Rui Veloso, que actuou em grande no último fim-de-semana. Acompanhado pela sua banda, o cantor luso levou ao rubro as emoções com uma soberba actuação, tendo interpretado vários temas, novos e antigos, incluindo os de maior êxito da sua carreira com total de 14 álbuns editados, encantando o público com um show caracterizado pela fusão de diversos ritmos europeus e africanos, arrancando vezes sem conta fortes aplausos da plateia. Um dos momentos mais altos do concerto, cujas honras da casa ficaram a cargo do jovem músico moçambicano Sérgio Muiambo, foi a actuação da música “O prometido é devido”, que os espectadores fizeram questão de cantar em coro afinado.  A propósito, Zófimo Muiuane, representante da mcel, referiu que os espectáculos de Rui Veloso, “constituem mais uma realização da mcel, no que concerne ao diversificado programa do Verão Amarelo, que já é considerado uma marca constante desta grande empresa de telefonia móvel”.  “Temos estado a apostar anualmente em eventos ímpares, trazendo glamour e alegria aos nossos clientes e ao povo moçambicano em geral, para além de inovar com produtos, serviços, tarifas baixas e outras promoções que a operadora proporciona”, indicou Zófimo Muiuane.  Os espectadores, que acorreram ao Coconuts, aplaudiram o regresso da estrela portuguesa a Moçambique pela quinta vez e mostraram-se satisfeitos com os shows. Pedro Barreto louvou a iniciativa da mcel e da organização por ter escolhido um grande compositor português, Rui Veloso, para abrilhantar o público moçambicano. “Temos que relevar a importância deste espectáculo pela adesão do público”. Enquanto isso, Danilo Pascoal, também espectador, indicou ser a primeira vez que assiste a um espectáculo do género, em Maputo, de um cantor português de renome como Rui Veloso. “Foi um espectáculo muito interessante, pois ele é considerado o monstro da música portuguesa”. (FDS)

Imigração pode derrubar governos

Miguel Domingos Bembe ,investigador científico e especialista em segurança e informação, disse durante uma conferência realizada na União dos Escritores Angolanos(UEA), que o crónico problema migratório com que o país se vem confrontando há vários anos, é um dos
fenómenos que pode propiciar a invasão silenciosa de redes criminosas, contrabandistas e traficantes, por intermédio ou não de pessoas em busca de melhores oportunidades de vida, provocando a mudança de comportamento das populações, o que implica o reforço da troca de informações entre os órgãos que superintendem a política de gestão de Segurança Nacional do país. Durante a sua abordagem, o conferencista que esteve ladeado pelo secretário da UEA, esclareceu que o terrorismo resulta de vários fenómenos, entre os quais: desigualdades sociais, interesses económicos, culturais e constitui uma ameaça global nos dias de hoje. Na sua opinião, os países com fragilidade de segurança dificilmente são atacados, porque podem constituir-se como ponto de partida para atacar os seus alvos predilectos. Bembe disse ainda que o terrorismo criou um novo contra-poder na medida em que desenvolve poderes independentes no seio do próprio Estado, capazes de dialogar com o Estado e de lhe impôr determinadas decisões. E esta ameaça, segundo a fonte, funciona com base em critérios políticos, culturais, ideológicos, étnicos e religiosos, actua sempre na clandestinidade, e “subiu na hierarquia das preocupações dos estados”. Prosseguindo, o terrorismo procura atingir os pontos mais críticos de convergência entre a sociedade e o aparelho do Estado, estando mais vocacionado para desgastar o poder que desafiou e promover a sua rejeição do que o derrubar. Miguel Bembe acrescentou que a concretização da ameaça, para além de projectar uma significativa destruição material, visa abalar a confiança entre a sociedade civil, e os seus governos, bem como os próprios cidadãos. Este abalo, gera um estado psicológico de terror (medo, susto e sentimento de profunda insegurança) na capacidade das Forças de Defesa e Segurança e nos valores matriciais da sua cultura, dificultando assim o desenvolvimento político, económico e social. Ademais, o confronto entre civilizações é uma das oportunidades que o terrorismo encontra para se enraizar, de acordo ainda com o especialista.

sexta-feira, outubro 25, 2013

Sintamo-nos orgulhosos de sermos moçambicanos!!!

A Primeira-Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, garantiu hoje aos populares residentes no distrito da Manhiça, província sulista de Maputo, que o pais esta em paz e vai continuar em paz.Discursando num encontro popular que orientou nesta parcela do pais, onde se encontra desde hoje em visita de trabalho de dois dias a província de Maputo, Maria da Luz disse que os moçambicanos querem a paz para continuarem a produzir para desenvolver o pais sem receio.A Esposa do Presidente da Republica apelou ao povo para se manter vigilante e denunciar qualquer acto que atenta contra o ambiente de paz que se vive no pais, vincando que a manutenção da paz depende de todos os moçambicanos e não apenas das forcas de defesa e seguranca.“Durante a guerra de desestabilização, Manhica ficou sem a sua população. Não queremos perturbacoes, queremos trabalhar normalmente e lutar contra a pobreza. A paz deve reinar na mente de cada mocambicano”, disse Maria da Luz Guebuza.A Primeira Dama alertou aos presentes a estarem atentos aqueles que aparecem a procurar casas para alugar porque alguns deles aparecerão com o propósito de encontrarem um albergue a partir do qual vão praticar atrocidades.
“Não basta ganharmos dinheiro, temos que procurar saber de onde vem essas pessoas e o que querem ou pretendem fazer e denunciar a policia qualquer acto estranho”, vincou.
Na ocasião, Maria da Luz Guebuza insistiu na necessidade de os moçambicanos orgulharem-se de o serem, destacando que quando se pronuncia o nome Moçambique temos que nos preocupar em saber o que se passa com o nosso pais porque Moçambique e' o nosso orgulho..“Somos moçambicanos por causa da nossa cultura,
ela e' que nos identifica e nos diferencia dos cidadãos de outros países. Sintamo-nos orgulhosos de sermos moçambicanos. Esta e' a nossa Patria”, explicou a Primeira Dama.
Na Manhiça, Maria da Luz Guebuza insistiu na necessidade de as famílias aderirem em massa as campanhas de vacinação, fazendo lembrar que há uma semana este distrito acolheu a cerimonia preparatoria para a introdução no próximo ano da vacina contra o cancro do colo do útero.'Vamos garantir a vacinação das nossas meninas contra o cancro do colo do utero', apelou a esposa do Presidente Guebuza, alertando que vão aparecer pessoas de ma-fé a quererem desinformar.Dirigindo-se especificamente aos jovens, Maria da Luz Guebuza referiu que a descoberta de recursos e' uma oportunidade para esta camada social se formar para trabalhar em prol do desenvolvimento na qualidade de mão de obra, como na produção para alimentar os mega-projectos.'Manhica,tem terra fértil pelo que não faz sentido que esta parcela do pais continue a importar produtos como batata e cebola da África do Sul', disse a Primeira Dama, apelando a todos a empenharem-se cada vez mais na producao alimentar.No encontro os populares do distrito da Manhica enalteceram os feitos do Governo em prol do bem estar da população residente e pediram que o fundo dos sete milhões fosse aumentado para poder ajudar muito mais pessoas, em particular a mulher a libertar-se da pobreza.Na Manhica, Maria da Luz Guebuza, depois de ter orientado um encontro popular, visitou o Centro de Acolhimento Menino Jesus – Orfanato da Manhica, que alberga actualmente 35 crianças (meninas) orfas e vulneráveis com idades entre os cinco e 16 anos, para depois deslocar-se a Associacao de Produtores de Banana de Munguiguine.Esta associação, com apoio do Gabinete da Primeira Dama , em 2012 recebeu apoio para a construção de duas comportas nas três valas principais de irrigação, a partir das quais as águas das chuvas provocavam inundacoes e destruíam as culturas alagando as machambas.

HIV indetectável....

A quantidade de VIH “adormecidos” — mas em perfeito estado de funcionamento se forem “acordados” — que se esconde no organismo de uma pessoa infectada pelo vírus do Sida é muitíssimo maior do que os peritos imaginavam até aqui, revela um estudo experimental que durou três anos e cujos resultados são publicados esta quinta-feira, na revista Cell, por uma equipa de cientistas norte-americanos. As actuais terapias antirretrovirais conseguem travar a replicação do VIH, reduzindo a chamada quantidade de vírus em circulação para níveis quase indetectáveis. Mas sabe-se que subsistem sempre redutos de vírus latentes, inactivos, dentro das células imunitárias humanas, inacessíveis ao tratamento e que é por isso que a infecção pode reacender-se se o tratamento for interrompido. Esses vírus latentes são essencialmente genomas do VIH inseridos dentro do ADN dos linfócitos T, as células imunitárias que constituem o alvo preferencial do vírus do sida, diz o estudo citado pelo diário 'Público'.
Até aqui, os especialistas pensavam, por um lado, que a maioria desses vírus inactivos tinha mutações genéticas que os tornavam incapazes de formar vírus infectantes; e, por outro, que seria possível obrigar esses vírus inactivos, através de uma espécie de “tratamento de choque”, a sair dos seus “esconderijos” para serem por sua vez eliminados até ao último.Porém, resultados recentes já sugeriam que, quando este tipo de tratamento de choque experimental é aplicado a células imunitárias humanas in vitro, menos de 1% dos vírus inactivos são de facto induzidos a abandonar o seu esconderijo.Foram estas dúvidas quanto à eficácia desta potencial abordagem terapêutica, considerada promissora para extirpar definitivamente o VIH do organismo humano, que levou a equipa de Robert Siliciano, da Universidade Johns Hopkins, a analisar mais finamente as características dessa esmagadora maioria de vírus dormentes. Diga-se de passagem que Siliciano foi o primeiro a demonstrar, em 1995, a existência de reservatórios virais latentes nas células do sistema imunitário humano.Para realizar o estudo, os cientistas sequenciaram na íntegra os genomas de 213 vírus inactivos provenientes de oito pessoas infectadas pelo VIH. E descobriram que 25 desses genomas (ou seja, 12% do total) ainda eram perfeitamente funcionais — ou seja, capazes de replicar o seu material genético e de formar novas partículas virais susceptíveis de atacar outras células imunitárias, perpetuando a infecção.
“Os nossos resultados sugerem que há uma quantidade muito maior de vírus inactivos que merecem a nossa preocupação do que pensávamos”, diz Siliciano em comunicado. “E é claro que mostram que encontrar uma cura do VIH vai ser muito mais difícil do que pensávamos e esperávamos. Mas isso não significa que não exista uma solução; significa que precisamos de ter uma ideia ainda mais precisa da dimensão do problema.” E a dimensão do problema é grande: os autores pensam que o reservatório viral “escondido” poderá ser até 60 vezes maior do que anteriormente estimado. Ainda não sabem o que poderá levar à reactivacção dos vírus dormentes, mas essa será, afirmam, uma das próximas etapas do seu trabalho.Embora esta notícia seja desalentadora, pode ter um lado positivo, dizem os autores, porque vai obrigar os especialistas a melhorar os seus métodos de detecção dos vírus inactivos — um dos aspectos mais problemáticos de qualquer ensaio clínico destinado a testar a eficácia de uma estratégia de erradicação do VIH.
“Gostaríamos de utilizar estes resultados para desenvolver maneiras mais precisas de medir o reservatório de vírus latentes nos participantes em futuros ensaios clínicos de potenciais estratégias curativas”, frisa Siliciano. “Pensamos que a nossa análise pode contribuir para os esforços de erradicação do VIH.”E não apenas para estimular o desenvolvimento de uma nova geração de medicamentos anti-HIV realmente capazes de erradicar o vírus, mas também para relançar a procura de abordagens de erradicação alternativas, tais como vacinas terapêuticas, capazes de fazer com que o próprio sistema imunitário das pessoas infectadas consiga atacar e eliminar definitivamente o vírus.

Há problema aceitar a paridade na CNE?

Sem qualquer tipo de exagero, o País está à beira de entrar numa nova Guerra Civil cuja responsabilidade só se poderá vir a imputar ao ainda chefe de Estado, Armando Guebuza, que já nem os seus próprios camaradas consegue ouvir e respeitar.Por mais discursos que se possam elaborar, estamos claramente a entrar para um estado de guerra e se nada for feito para parar o actual cenário de irresponsabilidade política que se resume a um indivíduo, Moçambique voltará a fazer manchetes internacionais como um País falhado, sendo por isso urgente que ninguém se deixe intimidar e ao mesmo tempo não se deixe levar por excessos de quem já não é capaz de evidenciar a mínima sensatez.
O ataque e consequente assalto à residência do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e à base das suas forças de segurança em Sadjundjira, por Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) que se deveriam abster de se envolverem em conflitos internos mas estão a ser empurradas para fora dos seus limites constitucionais, são a prova inequívoca de que em nenhum momento o Governo do senhor Guebuza esteve interessado em dialogar com a Renamo provando, mais uma vez, ser useiro e vezeiro em deturpações da Constituição da República e com tendência compulsiva para a partidarização do Estado, chegando, agora, ao cúmulo de envolver, também, nas suas obsessões bélicas, instituições que nunca deveriam ter saído dos quartéis para missões contra um partido com representação parlamentar e que por sinal ainda é o maior partido da oposição.
As sucessivas rondas negociais que teimaram em produzir mais desentendimentos do que concórdia são outra prova que atesta uma tremenda inaptidão para dirigir um Estado com tantas oportunidades que não podem ser desperdiçadas, mas têm sido frustradas por um homem com “h” pequeno, com tão pouco sentido patriótico que já não consegue viver sem se tornar exaustivo em slogans maníaco-depressivos. É totalmente inadmissível que no País possa haver quem o queira colocar à beira de sacrificar vidas inocentes, pôr em risco infra-estruturas e adiar o futuro, por causa, por exemplo, de uma tal paridade a nível dos órgãos eleitorais, que afinal nos parece matéria tão simples que só quem queira viciar a vontade popular ou impedir os cidadãos de votar, pode ter algo em contrário a isso.  Se a Renamo tem nessa matéria o seu principal ponto de negociação, é difícil perceber a razão da intransigência do Governo.
Se de facto as eleições não têm vindo a ser decididas a nível dos órgãos eleitorais, qual é o problema do senhor PR aceitar a paridade na CNE?
Até hoje, o senhor Guebuza e a bancada da Frelimo na AR ainda não apresentaram nenhum argumento capaz de sustentar a intenção de ter mais membros do que outros, na Comissão Nacional de Eleições (CNE) e no Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE). E qualquer pessoa minimamente avisada não tem outra hipótese senão suspeitar que com tal intransigência, de facto, só se pode pretender alicerçar quem teme a paridade por saber que nessas condições não ficam salvaguardados resultados eleitorais de gabinete, diferentes dos das urnas fruto da vontade popular, em caso de necessidade como em 1999, com Chissano. Já vimos o Governo do partido Frelimo em várias eleições usar forças paramilitares fortemente armadas para assustar o eleitorado. Vimos a CNE cúmplice. Já se viu isso suceder na Beira, em Quelimane e em Inhambane e em muitas outras partes do País. Está visto que um partido que se diz popular, como a Frelimo, ao ter medo da paridade só pode estar com medo do Povo.
A insistência da Renamo poderá vir a não ser satisfeita, mas os cidadãos sabem

agora perfeitamente que Guebuza está com medo que o seu partido se afunde nas mãos dele.
Que medo terá Guebuza de eleições que sejam de facto decididas por via do voto popular?
Tem medo que o Povo moçambicano passe um certificado de inutilidade e de incompetência à obra que ele deixou na Frelimo e no País?
Simular negociações em que claramente a intenção deste Governo é alcançar a falta de consenso, quando movimentações militares paralelas provam que Guebuza não está comprometido com a estabilidade do País e com a Paz, não será comportamento cínico típico da mais refinada espécie de charlatães? Quer o PR que o Povo o julgue um charlatão?
Já tínhamos alertado que a movimentação de tanques de guerra para a província de Sofala não tinha outra finalidade que não fosse a de bombardear Sadjundjira/Gorongosa. Hoje a máscara do senhor Guebuza caiu.  Ficou provado com o assalto à casa do presidente da Renamo que é Guebuza a permanente fonte de instabilidade em Moçambique.  Num país mergulhado na pobreza, onde há famílias que pernoitam sem ter tido uma única refeição, onde mulheres grávidas morrem à procura de um posto de saúde para darem à luz, onde pessoas consomem água imprópria, em que nas cidades os cidadãos são transportados como se de gado se trate, o Governo deste mesmo País importar material bélico de pesado calibre para pôr compatriotas a matarem-se uns aos outros, é sensato? Não há dinheiro para pagar salários dignos aos Polícias, Professores, aos Médicos; não há dinheiro para se construir habitação condigna para os mais necessitados, mas há dinheiro para armas que se pretendem usar a matar moçambicanos?
Isso só pode realmente acontecer num Estado gerido pelo crime organizado e delinquentes de provas dadas. Não com um Governo sério. Armando Guebuza, comandante em chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, foi quem ordenou o ataque a Sadjundjira e até prova em contrário visava assassinar Afonso Dhlakama.
Anunciar que quer dialogar com alguém e pelas costas organizar o assassinato da pessoa com quem diz querer resolver os problemas não é próprio de gente séria. Esse comportamento é típico de alguém sem escrúpulos. É típico de quem se está nas tintas para as consequências dos seus actos.
A postura bélica de Armando Guebuza não é nova.
Quando o senhor Dhlakama foi viver para a rua das Flores em Nampula, este mesmo senhor Guebuza mobilizou tanques de guerra e contingente policial para atacar a sua sede. Dhlakama agora foi viver para Sadjundjira e o mesmo Guebuza ordenou que a sua casa fosse atacada. De novo o mandou cercar.
Efectivamente, o senhor Armando Guebuza quer a Paz ou quer lançar os moçambicanos numa guerra fratricida?
Será que o senhor Guebuza terá noção que a sua infantilidade pode abrir um ciclo de violência sem precedentes?
Em nenhum momento Dhlakama e suas forças de segurança constituíram perigo para a população, quer em Nampula, quer em Gorongosa.  O desespero toma conta da população só quando o senhor Guebuza manda tanques de guerra para esses locais.
Quem é afinal o desestabilizador?
Quem afinal tem saudades dos horrores da guerra?
O senhor Armando Guebuza ao guindar-se ao segundo mandato prometia acabar com a Renamo e com o senhor Dhlakama. Não resultou a sua campanha de ridicularização e antes porém tem sido o próprio senhor Guebuza a sair ridicularizado disto tudo. Agora tem como estratégia assassinar um cidadão que é tão moçambicano como ele. Num país normal, na Alemanha da senhora Merkel ou nos EUA do presidente Obama se um chefe de governo insinuasse que desejava matar um cidadão era logo preso. Aqui ainda se pretende arranjar paliativos para um psicopata?
Moçambique não pode continuar a ser um País onde as Forças Armadas e as outras forças de defesa e segurança permitam que as usem para satisfazer caprichos infantis de uma pessoa.
Assumamos que o senhor Armando Guebuza consiga assassinar o líder da Renamo. O que fará com outros membros da Renamo? Vai incinerá-los? E com os restantes partidos da oposição? Vai prendê-los? E com os jornais? Vai mandá-los fechar? E acha que se fica a rir?
Quem pensa o cidadão Armando Guebuza que é mais do que os outros moçambicanos?
Não sabe que estamos a viver num País democrático?
Não sabe que a Democracia tem regras que não dependem do mau humor de um cidadão?
Se o senhor Guebuza não se contenta com a democracia, é livre de abandonar o País e nos deixar em paz. Sobre o “exército” da Renamo insiste-se que um Estado não pode ter dois exércitos. Mas a questão é que o senhor Guebuza transformou as Forças Armadas num exército da Frelimo e o problema é que o Estado acabou sem exército nenhum.
Um exército único livre de tribalismo, partidarismo, e maquinações não é do tipo que o senhor Guebuza pensa. Precisamos de facto de um exército único, de cultura de Estado, mas seguramente os apetites singulares pelo poder eterno do senhor Guebuza dizem-nos que ele não serve para garantir isso aos moçambicanos.Moçambique tem todas as condições para ser um grande País, mas seguramente o senhor Guebuza e as suas escolhas não são os mais apropriados para que este nosso País atinja um patamar elevado.Lutemos todos pela Paz. Unamo-nos contra esta autêntica má sorte que nos saiu na rifa!!!! (CANALMOZ)

EUA,Portugal e outros, não são sérios!!!

É tema incontornável, nos tempos que correm, a reposição da ordem, segurança e tranquilidade públicas, na região de Santunjira (ou Sandjujira...) pelas forças de defesa e segurança, num exercício normal de controlo da soberania do Estado. Porém, o que soa a anormal é o coro de críticas vindas dos habituais séquitos da desgraça, para quem o certo se confunde com o que vai egoisticamente nas suas mentes. Não me parece defensável este titânico, mas inglório exercício de apelo à amnésia colectiva, como se de uma cooperativa de raciocíniose tratasse, à imagem dos seus defensores.
É imperioso, portanto, fazer uma resenha cronológica dos acontecimentos vividos na região centro do país, para perceber que as críticas de hoje são a prova inequívoca de se usar um peso, duas medidas. Após a humilhante derrota que Afonso Dhlakama teve em 2009, reconhecendo a sua insignificância no cenário político nacional, o homem preferiu refugiar-se em Nampula, sem nunca deixar de proferir impropérios contra as instituições legitimamente constituídas, de premeio, com ameaças de destabilizar o país, supostamente por não reconhecer o Governo. Assistimos, a seguir, a concentrações militares dos soldados da Renamo, num claro desafio à autoridade do Estado e, não tendo logrado os seus intentos, Dhlakama preferiu (?) ser sequestrado em Santunjira, donde foi aumentando o tom das suas ameaças.  Pensou Afonso Dhlakama que este exercício condicionaria o funcionamento normal do Estado, olvidando que o povo moçambicano tem uma agenda claríssima. Eis que o nosso homem passou para a materialização de ataques contra alvos civis e militares, perante tamanha paciência demonstrada pelo Comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança.  Lembro que o primeiro acto concreto de banditismo foi anunciado por Manuel Bissopo, seguindo-se a ajuntamentos e demonstrações militares e, para finalizar, Gerónimo Malagueta, através de um comunicado anunciava o bloqueio da N1, entre Muxúngue e Rio Save, “apelando” aos moçambicanos a evitarem aquele troço.
Efectivamente:
  • No dia 4 de Abril de 2013 a Renamo atacou o Posto policial de Muxúngue, tendo morto 5 polícias.
  • No dia 7 de Abril a Renamo voltou a incendiar viaturas de civis, na Estrada Nacional nº 1.
  • Para não variar, a Renamo atacou o paiol de Savane, em 19 de Julho, matando 7 militares.
  • Não satisfeita com o desenvolvimento do país, o partido de Afonso Dhlakama assaltou posições das FADM em Samacuze, ferindo militares destas, em 27 de Setembro.
  • Em 4 de Outubro – talvez não satisfeita com a paz – a Renamo atacou as FADM em Muxúngue
  • Em 21 de Outubro, respondendo a mais um ataque da Renamo, as FADM tomam o controlo da Base/Academia/Residência Oficial do líder da Renamo, da qual Afonso Dhlakama saiu em debandada.
Para a surpresa colectiva, veio a Embaixada dos Estados Unidos, de Portugal e algumas organizações que sempre se arrogaram de exclusivamente personificar a sociedade civil, vieram condenar a suposta violência protagonizada pelas Forças de Defesa e Segurança, como se estivessem a agir fora do que se deve esperar da parte delas. É estranho que para as entidades acima citadas a crítica à violência só faça sentido quando forças com poder legitimado repõem a ordem, segurança e tranquilidade públicas. Será que o sangue derramado por forças estranhas ao nosso processo de desenvolvimento é menos valioso que a antiga base de Dhlakama? Espanta-me que este choro colectivo venha em defesa de quem não quer conformar-se com o quadro legalmente instituído e use a força e a selva como meios de sobrevivência política. Mesmo quando actos de banditismo puro da Renamo recomendavam tratamento mais incisivo, o Presidente Armando Guebuza soube manter a calma e se mostrou disponível para ouvir as preocupações de Afonso Dhlakama e remeter aos órgãos competentes. Mas numa atitude de pura arrogância e prepotência, o líder da Renamo sempre pensou que era mais forte que o Estado, preferindo lançar impropérios contra a nossa paciência. Entretanto, hoje muitos saem a condenar e a pressionar o Chefe de Estado para que haja diálogo.
Onde é que estavam essas entidades quando civis e inocentes morreram ao longo da Estrada Nacional nº 1? Onde è que estavam quando bens privados e públicos foram pilhados? Estas entidades perderam tempo e acobertando o discurso e actos sanguinários da Renamo e Afonso Dhlakama e hoje aparecem a dizer há guerra porque a base da RENAMO foi tomada?
Até podem ter razão, mas estão largamente atrasados. A RENAMO violou os direitos humanos, pilhou bens, hoje o que está a acontecer é exactamente aquilo que nãoquiseram evitar. Todos os que hoje choram o assalto a Santunjira ignoraram, num passado recente, a morte de civis inocentes. Se estão comprometidos com a paz que sejam coerentes e não usem um peso, duas medidas.
Quosque tandem Renamo abutere patientia nostra? (Até quando a Renamo continuará a abusar a nossa paciência?)
Até breve.
Alexandre Chivale (advogado)

quinta-feira, outubro 24, 2013

Máquina americana substituída por uma russa (soviética)

A viagem do Presidente Samora Machel à Zâmbia em 19 de Outubro de 1986 era para ser efectuada num Boeing-737 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), o C9-BAA. Mas dois dias antes da viagem, o Comandante Sá Marques, que era quem iria pilotar o avião, foi notificado de que entretanto havia sido escalado para o voo de carreira, Maputo-Beira-Maputo. A viagem presidencial passaria a ser feita no Tupolev 134-A. Não obstante o cancelamento do voo das LAM, o Comandante Sá Marques, que pilotava o Boeing juntamente com Baptista Honwana, ficaria para sempre ligado ao acidente que envolveu o Tupolev presidencial (C9-CAA) no voo de regresso da Zâmbia para Maputo. Cerca de um quarto de hora depois do Tupolev ter-se despenhado em Mbuzini, o Comandante Sá Marques entrou em comunicação com a Torre de Controlo do Aeródromo de Maputo a informar que se encontrava sobre o Limpopo, prevendo aterrar na capital moçambicana dentro de aproximadamente 30 minutos. Sá Marques pediu à Torre de Controlo que lhe fornecesse o boletim meteorológico actualizado no âmbito dos preparativos para uma aproximação final à pista de Maputo. Em vez disso, a
Torre de Controlo pediu a Sá Marques que tentasse comunicar com o Tupolev presidencial dado que havia "perdido contacto com ele". Várias foram as tentativas do comandante das LAM para entrar em contacto com o Tupolev presidencial, mas sem sucesso. Posteriormente, recebeu instruções para regressar à Beira. Nas investigações que se seguiram para determinar a causa do acidente de Mbuzini, a parte soviética orientou-as no sentido de demonstrar a existência de um radiofarol (VOR) falso. O voo das LAM, Beira-Maputo, seria a prova crucial. O facto do Boeing- 737 ter estabelecido contacto com a Torre de Controlo quando se encontrava a cerca de 190 milhas náuticas de Maputo era, na opinião dos investigadores soviéticos, a indicação da presença de um VOR falso pois, segundo alegavam, o raio de acção da estação VOR de Maputo não tinha esse alcance. Em declarações aos investigadores soviéticos, o Comandante Sá Marques disse ter a certeza de que estava em sintonia com a estação VOR de Maputo, facto confirmado ainda pelo emissor de onda média (737 MHz) da Rádio Moçambique instalado na Matola, ao qual também havia recorrido para tornar a verificar se a rota que seguia era a correcta. E acrescentou que quando recebeu instruções para regressar à Beira, continuou a ter indicações nos instrumentos de bordo de que o avião estava em sintonia com a estação VOR do Aeródromo de Maputo. Perante a incredulidade dos investigadores soviéticos, o Comandante Sá Marques sugeriu que se retirassem as caixas negras do Boeing-737 para uma reconstituição da trajectória seguida pelo avião e assim se determinar se tinha havido, ou não, um desvio de rota. Numa subsequente entrevista com o comandante das LAM, os investigadores soviéticos apresentaram a Sá Marques "um mapa exibindo o seguimento da minha rota por um radar militar situado no Limpopo. Inclusive, perguntaram-me se tínhamos comunicação com essa base militar e qual a possibilidade desta dar informações sobre a rota. O esquema mostrava um seguimento de rota correcto, com espaçamentos de 5 minutos até ao Limpopo, onde reduzi a velocidade do avião. E no troço seguinte, nos mesmos 5 minutos, a distância correspondia a uma velocidade superior a 1500 km/hora, com a particularidade de o trajecto passar a ser ligeiramente curvilíneo". Sá Marques fez ver aos investigadores soviéticos que "era de todo impossível um Boeing -737 voar a mais de 1 500 km/hora", sensivelmente o dobro da velocidade cruzeiro de um avião desse tipo. "A não ser", ironizou, que "o meu avião estivesse equipado com um afterburner". O «afterburner» é um dispositivo normalmente utilizado em aviões militares, que lhes confere um maior impulso, permitindo descolagens de pistas curtas, como a de um porta-aviões. Não é usado em aviões comerciais pelo facto de aumentar acentuadamente o consumo de combustível . "A reacção do investigador soviético", disse Sá Marques, foi "amachucar o mapa, atirando-o para o cesto dos papéis". Bernard Craiger, um dos três peritos designados pela ICAO para ajudar a parte moçambicana nas investigações do acidente de Mbuzini, foi o responsável pela reconstituição da trajectória seguida pelo Boeing-737 das LAM no voo Beira-Maputo-Beira. No relatório que elaborou, e que foi apresentado à Comissão de Inquérito nomeada pelo Estado de Ocorrência do acidente - a África do Sul - , Craiger referiu que a trajectória do Boeing-737 havia sido rectilínea. Não obstante os factos, no parecer enviado à Comissão de
Inquérito sul-africana, a parte soviética insistiu que o Boeing-737 pilotado por Sá Marques e Baptista Honwana havia entrado em sintonia com a estação VOR de Maputo"mais cedo do que o habitual, a uma distância de 190 milhas náuticas (320 km) de Maputo", acrescentando que: "Para o equipamento de bordo poder funcionar em sintonia com o equipamento de terra àquela distância seria necessário um transmissor VOR com uma potência que excedesse os 200 W. No entanto, a potência do transmissor VOR de Maputo não vai além dos 50 W. Por conseguinte, o equipamento de bordo do Boeing 737-200 das LAM, com a matrícula C9-BAA, estava em sintonia com o radiofarol falso, a transmitir na frequência dos 112.7 MHz, mas de potência superior à do VOR de Maputo." Um outro comandante das LAM, Franklin Bastos, em entrevista a Álvaro Belo Marques, autor do livro “Quem Matou Samora Machel?”, declarou que o radiofarol VOR de Maputo podia ser captado a 200 milhas náuticas. A posição do Comandante Franklin Bastos é corroborada por Armando Cró Braz, um antigo piloto-comandante e instrutor que efectuou diversos voos com o Presidente Samora Machel. De acordo com o Comandante Cró Braz, “era comum apanhar o VOR de Maputo a mais de 200 milhas náuticas. Aliás, ao VOR está ligado um equipamento que indica a distância certa em milhas náuticas e era normal apanhar o VOR a 230 milhas náuticas do Maputo. Uma milha náutica são 1,852 metros ou seja 1,8 Km, pelo que em quilómetros era normal apanhar o VOR naquele sentido a mais de 400 Km de distância”. 

Americano canta bairro de Eusébio

O bairro de Mafalala, arredores da cidade de Maputo, inspirou o saxofonista norte-americano, Najee, que no seu mais recente trabalho discográfico intitulou uma das faixas musicais com o nome daquele bairro emblemático de Moçambique.Trata-se do álbum “The Morning After - A Musical Love Journey”, produzido por Demonte Posey e que conta com as participações especiais da cantora Meli'sa Morgan e do baixista de jazz, Brian Bromberg.Dá conta que para além de ser um disco no qual Najee compartilha suas experiências com seus fãs, “The Morning After, A Musical Love Journey”, é um tributo e reconhecimento ao bairro da Mafalala.A música “Mafalala” é resultado da inspiração que o músico teve em Maputo, durante a sua vinda em 2012 para a primeira edição do More Jazz Series.“O Bairro da Mafalala é muito pobre, e algumas casas não têm água corrente nem electricidade. As condições de vida são difíceis se considerarmos os padrões ocidentais. Entretanto, os rostos das pessoas reflectem um espírito de brilho e orgulho de não desanimarem da vida. E isso deixou uma grande impressão em mim e, por isso, decidi compor e nomear esta canção Mafalala. É um tributo às pessoas corajosas e fortes que vivem na Mafalala”, afirma Najee.No bairro de Mafalala nasceram, entre outras personalidades, José Craveirinha, expoente máximo da poesia moçambicana, Eusébio da Silva Ferreira, que actuou no Benfica de Portugal bem como na selecção de Portuguesa.