sexta-feira, julho 25, 2014

Avião da TAP com problemas

O voo da TAP que devia ter partido na quinta-feira à noite de Maputo(24) em direção a Lisboa foi adiado para domingo de manhã(27) devido a um problema informático."Foi detetado um problema técnico que obriga à deslocação de um mecânico de Lisboa, que reparará o problema e está já garantido que os passageiros embarcarão num novo voo no domingo às 7 da manhã", disse uma fonte oficial da transportadora citada pela agência Lusa, quanto confrontada com o facto de que o avião que devia ter partido de Maputo na quinta-feira à noite ter ficado em terra."Os passageiros estão já instalados em hotéis, o problema é leve, mas não há em Maputo meios locais para resolver o problema, daí ter de ser enviado um técnico em sistemas informáticos para solucionar o problema", acrescentou o porta-voz da TAP, em declarações à Lusa.
A TAP tem desde outubro 71 voos semanais para destinos africanos, em 10 países e 15 aeroportos, o que consolida a transportadora aérea portuguesa como "grande operador entre Europa e África", segundo o porta-voz da empresa."Completamos assim 10 países em África, 15 aeroportos diferentes - quatro deles em Cabo Verde - e 71 frequências semanais. Comparando com as companhias europeias, é seguramente uma das redes mais expressivas e que consolida a TAP como grande operador entre Europa e África", disse.De acordo com o site da TAP, a transportadora aumentou em abril do ano passado a sua oferta de voos para Maputo, tendo reforçado "para as quatro frequências semanais entre Lisboa e a cidade de Maputo como operação base ao longo de todo o período de Verão IATA, e atinge as cinco frequências na estação alta, entre junho e setembro".Os cinco voos entre Maputo e Lisboa começaram, desde o ano passado, a ser lançados em junho, e em 2013 a capacidade oferecida naquela linha foi reforçada em 33%.

quinta-feira, julho 24, 2014

Raptado desiste de acusar

José Moreira Alves, uma das vítimas dos quatro sequestradores em julgamento na cidade de Maputo desde terça-feira, comunicou ontem(23/07) ao tribunal a sua intenção de desistir do processo em fase de produção de provas por estar a receber chamadas telefónicas anónimas com teor ameaçador.Proprietário da Jomofi Construções, Alves foi raptado minutos após entrar na sua residência, no bairro da Costa do Sol, numa noite de Abril de 2012. Os bandidos haviam se introduzido instantes antes. Amarraram os guardas e substituíram-nos dos seus afazeres, o que concorreu para que a vítima caísse na armadilha.O requerimento apresentado ao tribunal não detalha o teor dos telefonemas mas deixa clara a existência de chamadas anónimas feitas para o celular do empresário, o que lhe moveu a desistir do processo.Entretanto, o juiz e a magistrada do Ministério Público explicaram que se tratando de crime público não há como recuar, devendo-se avançar com o julgamento até ao fim. Acordou-se que José Moreira Alves será ouvido através do seu advogado e representante legal junto da 7.ª Sessão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. A esta audição seguir-se-ão as alegações finais.Segundo consta no despacho de acusação, após o sequestro o construtor civil foi levado para um cativeiro algures no bairro de Magoanine, uma zona não muito distante da sua casa.Fora dos 28 mil dólares norte-americanos que levava na sua viatura Alves tinha consigo telefones celulares e outros bens de elevado valor. Os sequestradores exigiram à família como valor de resgate dois milhões de dólares norte-americanos.Tendo os familiares comunicado que dispunham de 300 mil dólares, o filho da vítima foi orientado a deixar o valor no Campus da Universidade Eduardo Mondlane e abandonar o local sem olhar para trás. O empresário foi solto três dias após o rapto.

Foi também ouvido Jainudin Norudini Dali, proprietário da Padaria Lafões, raptado pelo bando a 18 de Dezembro à entrada de sua casa, na Avenida Kim Il-Sung, numa das zonas nobres da capital.Ao que relatou, após tomarem a sua viatura, os bandidos vendaram-lhe os olhos com um goro e conduziram por cerca de meia hora. Ao tomarem conhecimento de que o carro tinha dispositivo de localização por satélite abandonaram-na para uma outra que lhes levou até ao cativeiro.Jainudin Norudini Dali passou oito dias nas mãos dos sequestradores sob ameaças de morte caso a família não pagasse um milhão de dólares norte-americanos que exigiam. Foi libertado nas imediações das bombas de combustível de Xinkanhanine, no Hulene, perto da Praça da Juventude e orientado a ficar à espera do seu filho no local. Ao que posteriormente soube, a família pagou 600 mil meticais e 200 mil dólares norte-americanos.

quarta-feira, julho 23, 2014

Renamo "parece"abandonar paridade aritimética

“Entendo que o Governo de Moçambique, pelas políticas já iniciadas, é capaz de encontrar uma solução duradoura, que já encontraram há muitos anos, para o que se está a passar em Moçambique”, disse em conferência de imprensa José Luís Guterres. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste falava esta terça-feira em Díli no final da XIX reunião ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “É uma questão apenas de tempo. Há uma vontade política já expressa pelo candidato da oposição de participar nas eleições presidenciais, o que significa que o processo democrático está no bom caminho”, sublinhou.

O cenário de entendimento entre o Governo e a Renamo ganhou maior solidez nos últimos dias, ambiente também evidenciado pelas declarações públicas dos líderes das duas delegações.Analistas habilitados acreditam que entre os factores que em maior escala terão contribuído para esse cenário são considerados os seguintes:

a) A Renamo moderou as suas exigências no que toca ao estabelecimento de uma
paridade aritmética na direcção das Forças de Defesa e Segurança (FDS), contentando- se com a aplicação do princípio de “despartidarização” das mesmas – há quem entenda isto como uma repetição quase exacta de um alegado “erro” que Dhlakama cometeu durante as conversações de Roma que conduziram ao fim dos 16 anos de guerra civil em Moçambique (1976/1992).

b) O Governo estará, ainda, disposto a proclamar, oficial e publicamente, e aplicar uma amnistia ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e seus seguidores, incluindo a retirada das acusações imputadas ao brigadeiro Jerónimo Malagueta (ora em liberdade condicional depois de nove meses de detenção) e ao porta-voz dolíder da “perdiz”, António Muchanga, detido na Cadeia de Máxima Segurança (vulgo BO) em Maputo, há sensivelmente três semanas, sob acusação de incitação à violência.

c) A fé dos mesmos observadores, o Executivo de Maputo estaria, ainda, disposto a reforçar a segurança de Afonso Dhlakama quando este descer das montanhas e retornar à actividade política plena, tendo como enfoque imediato a campanha eleitoral com vista às eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo. Consta estar a ser redigido um pacto formal a ser celebrado pelas duas partes, apesar de tanto os representantes do Governo como os da Renamo, na mesa negocial no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, declinarem confimar ou desmentir tal esforço.


Os mesmas analistas entendem que os sinais de aproximação dos pontos de vista das duas delegações são ainda consubstanciados pela interrupção efectiva dos confrontos entre as forças beligerantes do Governo e da Renamo nas últimas três semanas, a “reacção contida” de Dhlakama face à detenção de Muchanga, a resolução do dossier Certidão de Registo Criminal do líder da “perdiz”, bem como a moderação da linguagem das duas partes, salvo raríssimas excepções, de intervenientes tidos como “descontrolados”.

segunda-feira, julho 21, 2014

Israel: prossegue o genocídio, por etapas *


A estratégia sionista para apresentar suas políticas brutais como resposta ad hoc a uma ou outra ação dos palestinos é tão velha quanto a presença maléfica de israelenses na Palestina. Sempre foi usada, repetidamente, como justificativa para impor a visão sionista de uma Palestina futura, onde haveria bem poucos, se algum, palestinos nativos.Os meios para alcançar esse objetivo mudaram ao longo dos anos, mas a fórmula permaneceu a mesma: seja qual for a visão sionista de um Estado Judeu, só se poderá materializar sem número significativo de palestinos sobre a face da Terra. 
E hoje, a visão sionista é uma Israel que cubra quase toda a Palestina histórica, onde ainda vivem milhões de palestinos.A onda genocida em curso hoje tem, como todas as anteriores sempre tiveram, algum contexto imediato. Dessa vez, teve a ver com o projeto de fazer gorar a decisão dos palestinos de constituir um governo de unidade, contra o qual nem os EUA teriam objeções.O colapso da desesperada iniciativa “de paz” do secretário de Estado dos EUA John Kerry legitimou o apelo palestino a organizações internacionais para que interviessem e pusessem fim à ocupação. 
Ao mesmo tempo, os palestinos ganharam amplo reconhecimento internacional e apoio para a cautelosa tentativa, pelo governo de unidade, de construir política coordenada entre os vários grupos políticos e respectivas agendas.
Desde junho de 1967, Israel procura um meio para manter os territórios que ocupou naquele ano, sem incorporar a população palestina indígena e dar aos palestinos os mesmos direitos de cidadania que têm os israelenses. E todo o tempo os israelenses mantêm a farsa de algum “processo de paz”, para encobrir o movimento pelo qual vão ganhando tempo para implantar suas políticas unilaterais de colonização.Ao longo das décadas, Israel passou a diferenciar entre áreas que queria controlar completa e diretamente, e áreas que controlaria indiretamente, com o objetivo de, no longo prazo, reduzir ao mínimo a população de palestinos, usando, dentre outros meios, campanhas de limpeza étnica e estrangulamento econômico e geográfico.A localização geopolítica da Cisjordânia cria a impressão em Israel, pelo menos, de que é possível conseguir tal objetivo sem provocar uma terceira Intifada nem excessiva condenação internacional.

A Faixa de Gaza, dada sua especialíssima localização geográfica, não se presta muito facilmente a tal estratégica. Sempre desde 1994, ainda mais depois que Ariel Sharon chegou ao poder como primeiro-ministro nos primeiros anos 2000s, a estratégia é cercar Gaza num gueto, e pôr-se à espera de que todo o povo que ali vive – hoje, 1,8 milhão de pessoas – morra e caia no esquecimento eterno.Mas o Gueto mostrou-se rebelde, sem nenhuma disposição para se deixar ficar em condições subumanas, de estrangulamento, isolamento, fome, colapso econômico. Então, para que Israel consiga enviá-los para o esquecimento eterno, voltou a ser indispensável retomar as políticas de genocídio.

*ILAN PAPPÉ,Historiador judeu israelense, professor de História na Universidade de Exeter, no Reino Unido. Foi docente em Ciências Políticas em sua cidade natal, na Universidade de Haifa (1984-2007). Pappé faz uma análise profunda sobre os acontecimentos de 1948 (criação do Estado de Israel) e seus antecedentes. Em particular, ele defende em seu livro mais importante, Ethnic Cleansing in Palestine [A limpeza étnica na Palestina], que houve uma limpeza étnica, ou seja, a expulsão deliberada da população civil árabe da Palestina - operada pela Haganah, pelo Irgun e outras milícias sionistas, que formariam a base do Tzahal - segundo um plano elaborado bem antes de 1948. Pappé considera a criação de Israel como a principal razão para a instabilidade e a impossibilidade de paz no Oriente Médio.
Segundo ele, o sionismo tem sido historicamente mais perigoso do que o islamismo extremista. Ao longo dos anos 2000, Ilan Pappé notabilizou-se por várias polêmicas, notadamente a controvérsia do massacre de Tantura, e por seu apelo ao boicote internacional às universidades israelenses, o que o levou a entrar em conflito com seus colegas da Universidade de Haifa, particularmente com Yoav Gelber. Ilan Pappé e Benny Morris, um outro historiador, divergiram frontalmente quanto à análise dos eventos de 1948 e quanto à atribuição de responsabilidades no conflito israelo-palestino 

sexta-feira, julho 18, 2014

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"Moçambique está na moda, é o País com quem se quer falar'

IMG_8551A comunidade moçambicana em Portugal considera que a paz e a segurança são dois pilares sem os quais 'não é possível alavancar o desenvolvimento, o progresso social e o bem-estar do povo'.Em mensagens de saudação ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, que acaba de terminar uma visita de Estado de três dias a Portugal, a comunidade moçambicana exprime sua preocupação pelos acontecimentos que têm ocorrido no centro do país, particularmente no distrito da Gorongosa, provincia central de Sofala, e que tem resultado em morte de civis e militares e na destruição de bens públicos e privados, numa referência aos ataques dos homens armados da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.'Estamos convictos de que o diálogo e a negociação deve ser a via privilegiada para a resolução pacífica do diferendo que opõe o Governo e a Renamo', diz a mensagem da comunidade moçambicana radicada em Portugal apresentada esta terça-feira, em Lisboa, no encontro com o Presidente Armando Guebuza.
IMG_8773Armando Guebuza reuniu-se com a diáspora para dar a conhecer os resultados da visita a Portugal e ouvir as múltiplas preocupações que a comunidade moçambicana enfrenta no seu quotidiano nas terras lusas.
A mesma preocupação também vem espelhada na mensagem da Associação de Estudantes Moçambicanos em Portugal, na qual os estudantes sublinham que têm recebido com muita preocupação, informação sobre a tensão politico-militar que se vive no centro do país, 'pois a mesma constitui um retrocesso à consolidação dos ganhos que o país acumulou ao longo dos últimos anos'. 'Esta situação poderá retrair os investimentos tanto internos, como estrangeiros, atraidos pelo ambiente de estabilidade política e de negócios que de forma exemplar Moçambique representou nos últimos 20 anos. Apelamos por isso que não poupem esforços na manutenção da Paz e da Unidade Nacional, tendo em vista a consolidação do progresso e crescimento da nossa bela nação', refere a mensagem.
IMG_8728Em Lisboa, tanto o Chefe de Estado português, Aníbal Cavaco Silva, como o Governo de coligação PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Passos Coelho, condenaram o uso de armas por parte da Renamo para fins políticos. É nesse contexto que se enquadra a reacção do vice Primeiro-ministro português, Paulo Portas, quando diz que a palavra ou seja diálogo e o voto são as únicas armas aceitáveis em democracia, para além de serem o que mais interessa aos moçambicanos, bem como a consolidação da paz.
IMG_8408Paulo Portas falava num jantar por ocasião da visita presidencial, oferecido pelo Grupo Impresa, dono do jornal 'Espresso', revista 'Visão', os canais de Televisão SIC, entre outras publicações, condenando assim os ataques da Renamo.Na ocasião, Portas, líder do CDS-PP, avançou que 'é preciso compreender que a palavra e o voto são as únicas armas usadas em democracia cujo recurso deve respeitar as leis democráticas vigentes no país'.Com estas reacções a Renamo vai ficando cada vez mais isolada, segundo sublinham alguns académicos em Portugal.Nas duas mensagens, a comunidade moçambicana em Portugal enaltece igualmente os esforços empreendidos pelo povo moçambicano na luta contra a pobreza, na manutenção da unidade nacional, bem como nos feitos do Governo, principalmente nos últimos dez anos de liderança de Armando Guebuza. 'São visíveis as profundas transformações que o nosso belo país, ao longo dos últimos 10 anos sofreu, a nível do desenvolvimento social e económico. Hoje, Moçambique está na moda, é o País de que se fala e com quem se quer falar', referem as missivas.Enaltecemos as visitas abertas (Presidências Abertas) que tanto permitiram conhecer “in loco” a vida das populações, os seus anseios, seus sucessos, bem como acompanhar o pulsar do desenvolvimento do país no seu todo. Essas visitas tiveram ainda o condão de conferir a merecida dignidade às populações e reafirmar a soberania do Estado moçambicano.
IMG_8303Foi através dessa metodologia de trabalho, inserida 'na Vossa estratégia de governação, o empenho de Vosso magnífico Governo e o trabalho árduo dos moçambicanos no geral que, determinou que o País conhecesse o actual estágio sócioeconómico, do qual pudemos destacar o incremento de infraestruturas como hospitais, pontes, instituições de ensino, alargamento da rede de energia eléctrica, empreendimentos turísticos, intensa actividade empresarial e o desejado aumento do nível de desenvolvimento humano, constituindo estes factos, a alavanca necessária para o desenvolvimento de Moçambique'.São destacados nas mensagens a reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para Moçambique (HCB), referenciada como um 'marco histórico no exercício da nossa soberania'; o impacto da atribuição do Fundo de Desenvolvimento do Distrito, vulgo 7 milhões de Meticais, que galvanizaram o desenvolvimento dos distritos na produção de alimentos e geração de emprego; a intensa actividade em torno da construção da Circular de Maputo e os tantos edifícios na grande capital, Maputo, descrita como o corolário do pulsar da 'nossa economia'.

IMG_7964IMG_8264Também é referenciada a expansão do mercado de emprego desde o Sul ao Norte de Moçambique, decorrente dos grandes investimentos em todo o país que impulsionam a eliminação das diferenças de desenvolvimento entre os dois pólos.'O equilíbrio do género nos diversos postos de governação. Hoje, é um facto que a mulher moçambicana está mais valorizada; a passada presidência da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e a actual da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) revelam o quão Moçambique está sempre empenhado em dar o seu contributo nas Organizações Internacionais com vista ao desenvolvimento nacional e regional', avançam as mensagens.Gostaríamos também de enaltecer os esforços que o Governo moçambicano tem vindo a empreender para que no dia 15 de Outubro de 2014 todos os moçambicanos na diáspora possam cumprir o seu direito de voto nas eleições gerais (legislativas, presidenciais e das Assembleias Provinciais). Respondendo aos apelos para a necessidade de se por cobro a tensão político-militar, Armando Guebuza lamentou o facto de alguns moçambicanos não concordarem com o desejo da maioria que quer ver consolidada a democracia por via das eleições.Depois de recordar a tragédia provocada pela sangrenta guerra dos 16 anos (terminada em 1992 com a assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma, a capital italia) e que provocou mais de um milhão de mortes, milhares de refugiados nos países vizinhos e deslocados internos, o Presidente moçambicano reafirmou a necessidade do diálogo social para vencer as diferenças. Armando Guebuza chefiou a delegação do Governo às negociações com a Renamo, em Roma. 'Continuaremos a trabalhar para garantir a unidade dos moçambicanos, a paz e a segurança', referiu o Chefe de Estado, demonstrando mais uma vez a sua humildade.

Mambas,OYEEEEEEE..........

As ausências de jogadores considerados fundamentais em todo o desenho defensivo e ofensivo dos “Mambas” levaram a que João Chissano testasse várias opções para colmatar as lacunas deixadas por Mexer, no centro da defesa, Simão, no meio campo e Sonito, a ponta de lança. Pelo que foi dado a observar parece que os substitutos de Mexer e Simão estão encontrados: Zainadine Júnior (Nacional da Madeira) deve fazer par no centro com Dário Khan (Costa do Sol), enquanto Momed Hagi, titular indiscutível na Liga Muçulmana, deve substituir Simão; são duas opções válidas com qualidade para fazer esquecer as referidas baixas.Quanto ao avançado que deverá render Sonito ainda persistem dúvidas. Hélder Pelembe (Orlando Pirates), Reginaldo (Nacional da Madeira) e Isac (Maxaquene), foram testados, sendo que o primeiro nome é o potencial candidato a ser a referência do ataque. João Chissano vai assim, procurando amenizar, a falta de jogadores que constavam da convocatória, e que por motivos de vária ordem não podem estar presentes. Telinho (Nacional da Madeira), Gelicio Banze (Dynamo de Dresden), Boné-Mário Uaferro (AC Fortuna Colónia), e Jeffrey Constantino (BSV Shawarz-Weir Rehden) ficaram também de fora; o primeiro por lesão e os três últimos sem aval por estarem em período de pré-época.
É com este quadro que a Selecção Nacional de Moçambique vai defrontar este domingo em terras tanzanianas o conjunto local.A partida conta para a primeira mão da segunda e última eliminatória de acesso a fase de grupos de apuramento ao CAN 2015 (Marrocos).A selecção Moçambicana viajou num voo charter com escala técnica na cidade de Nampula.

Há armas que SÓ podem estar nas mãos de ESTADOS

Um avião da Malaysia Airlines que levava 295 pessoas caiu na Ucrânia. Segundo órgãos de inteligência dos EUA, ele foi abatido com um míssil disparado próximo à fronteira com a Rússia. O governo da Ucrânia e os separatistas lutando no país negam a responsabilidade. Enquanto esse mistério não é resolvido, os aviões estão a fazer o mais lógico: evitando sobrevoar o país.
malaysia plane ukraine ucraniaPode acompanhar no FlightRadar24 os mais de mil aviões sobrevoando a Europa, mas tenha paciência: o site está instável devido à alta demanda. Só alguns aviões bastante corajosos estão no espaço aéreo ucraniano: alguns deles voam rumo a Kiev; a maioria segue a rota para a Rússia.Segundo a Associated Press, antes do acidente, agências de aviação em diversos países já haviam alertado as empresas aéreas para  não sobrevoarem partes da Ucrânia. Em questão de horas, gigantes como Lufthansa, Delta e KLM confirmaram seguir a orientação.
malaysia plane ukraine ucrania (1)O Boeing 777 que caiu na vila de Hrabove estavaO no voo MH17, viajando de Amsterdão para Kuala Lumpur, Malásia. Ele teria-se desintegrado  antes de atingir o solo; os destroços  espalharam-se por uma área de 15 Km e.Anton Gerashenko, conselheiro de um ministro ucraniano, disse no Facebook que o avião voava a uma altitude de 10.000 m quando foi atingido por um míssil do sistema Buk-M1, desenvolvido pela Rússia, que pode chegar a 22.000 m de altitude. Ele foi criado para interceptar mísseis de cruzeiro, bombas inteligentes e aeronaves.
buk m1A Rússia é acusada de fornecer armamento aos separatistas na Ucrânia, e já foi ameaçada pelos EUA caso realize uma intervenção militar no país – que está dividido entre pessoas pró-União Europeia e pró-Rússia.Na noite de quarta-feira(16), um caça ucraniano foi derrubado por um míssil ar-ar disparado por um avião russo. E na segunda-feira, um avião militar foi derrubado por um míssil disparado em território russo.O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, diz que as forças armadas do país não dispararam o míssil. [Associated Press, Russia Today]

terça-feira, julho 15, 2014

Que militantes e dirigentes da Renamo possam ler...

Embora não tenha solicitado a permissão do meu então mestre, Mia Couto, que neste caso foi quem diagnosticou a minha veia jornalística e me meteu no mundo jornalístico, achei por bem que deveria fazer mais eco a sua crónica intitulada “Uma Não-Carta para Afonso”, que a Revista-Encaixe do Semanário Sol do Índico publicou na sua edição de 11 deste mês, porque ele consegue expor, a meu ver, como mais ninguém, quão criminoso é o líder da perdiz e os que como ele pensam e agem, ao voltarem a matar os seus próprios compatriotas.Para não diluir ou enfraquecer esta Não-Carta de Mia a Afonso, prefiro transcrever com a devida vénia, alguns parágrafos da mesma, como se segue: É pena que uma força política que poderia ajudar a criar um clima pluripartidário mais vivo e dinâmico não seja capaz de se libertar desse passado de movimento armado. É pena que a palavra de construção que esta Nação tanto necessita seja substituída pelo discurso de quem vai “partir” e “incendiar” o País. …Recordo-me das palavras de José Saramago: a democracia é um regime tão extraordinário que aceita mesmo os partidos e as práticas mais antidemocráticas.
“A Renamo pode ter desistido das práticas democráticas mas os moçambicanos insistem no diálogo e na tolerância. A democracia moçambicana, por mais jovem que seja, alberga um partido que, em qualquer outro lugar do Mundo, seria considerado ilegal. Em que outra democracia se poderia aceitar um partido que recusa entregar as armas? Um partido que faz política com uma mão e faz Guerra com a outra mão? Que outra nação toleraria um partido que reclama pela despartidarização do Estado e do Exército, e depois quer partidarizar a dois em negociações políticas nas costas da vontade do povo? Até quando a gente da Renamo, que é patriótica e amante da Paz, tolera isso que é intolerável em Moçambique ou em qualquer outra parte do Mundo?”
Gostaria de não mais continuar e terminar aqui estas citações do meu mestre Mia com a frase predilecta do Emílio Manhique Mais Palavras Para Quê, mas não resisto a citar mais alguns trechos desta Não-Carta para o benefício dos que ainda não a leram, como estes:”…O Presidente da RENAMO poderia ficar na História de Moçambique como alguém que ajudou a consolidar o processo de pacificação e o reencontro dos moçambicanos consigo mesmos. As suas declarações, contudo, deitam a perder essa possibilidade. Nenhum político se pode orgulhar de usar o medo como uma forma de fazer valer as suas intenções. A nação moçambicana não pode ficar refém do retorno à violência. Ninguém que ame Moçambique e respeite o seu povo quererá reviver a tragédia da guerra”.
Mia conclui que Afonso Dhlakama opta por colocar a sua ambição pelo poder acima do clamor pela Paz dos moçambicanos e do desenvolvimento do seu País, e o condena por isso e a todos os que apoiam esta sua agenda belicista, porque, com isso, “significa que mais moçambicanos continuarão a ser mortos num clima de Guerra oculta ou declarada”.
“E é pena porque um dos partidos políticos de Moçambique (Renamo neste caso), com assento no Parlamento, está a dizer aos moçambicanos que aceita a Constituição mas que a agride de forma frontal quando proclama que vai, por via da violência, “dividir o País ao meio”.
Ele dá como ponto mais alto deste seu grito ou apelo a Dhlakama, as seguintes perguntas: Quantas vezes mais teremos que apelar? Quantas cartas teríamos que fazer para que o dirigente da Renamo abdicasse do recurso às armas? Pode alguém esperar que os fazedores de Guerra parem para escutar?

Sem esperar pela resposta, Mia dá ele próprio a resposta, da seguinte maneira: Não creio que tenhamos ainda alma para escrever a Afonso Dhlakama. Para que o voltássemos a fazer, teria que haver fé que o líder do partido (ou será do exército?) da Renamo colocasse os assuntos da Paz acima das suas ambições de Poder. O que é mais grave ainda, é que a Renamo não é o único partido que tem gente que é pela guerra de novo.  No MDM, que é um produto de dissidências apolíticas de interesses egoísticas na Renamo, está cheio deles também, se bem que os que o proclamam à viva-voz, são poucos. Um deles é o Edil de Quelimane, Manuel de Araújo, que faz apologia a esta mais uma tentativa de Dhlakama de reactivar a guerra, ao mesmo tempo que faz outra apologia à dos 16 anos que este mesmo Afonso moveu ao serviço do apartheid, e que matou mais de um milhão de moçambicanos. Araújo revelou esta sua apologia através duma longa entrevista que deu ao Savana, publicada na sua edição de 5 de Maio passado. Mesmo o próprio líder do MDM, Daviz Simango, deixa claro que é favorável a belicismo do seu antigo líder, porque diz ser contra a compra de armas pelo Governo para o exército moçambicano, o que é o mesmo que dizer “deixem a minha antiga Renamo matar”, tudo na vã esperança de que as matanças serão o feitiço que levará o povo a ver no MDM como o seu único salvador. Ele recorre a uma linguagem dissimulada de meter a Renamo e o Governo no mesmo saco, ou seja, de culpar ambos, o que é uma velha táctica que visa apresentar o seu MDM como o único que não se mete em guerras. (G.Mavie)

segunda-feira, julho 14, 2014

Simango com promessas

O candidato do Movimento Democrático de Mocambique esteve no final de semana (10 de Julho) no Planalto de Mueda. Simango trabalhou na localidade de Nastenje e no povoado de Namatili onde orientou um comicio popular, tendo dito que o cidadadão mostra-se desgastado face as
promessas que nunca são cumpridas. Pediu aos presentes
para se juntarem a do MDM para que o país possa conhecer novos rumos de desenvolvimento e de integração social. Disse ainda não fazer sentido que as crianças  se dediquem a venda de amendoim depois da 12ª classe por falta de emprego. Igualmente o candidato do MDM dirigiu um
comicio popular concorrido na vila sede de Mueda onde acusou o governo de promover uma guerra injusta entre os moçambicanos. Disse que o dinheiro que se gasta na compra de armamento poderia ser aplicado na construção de infra-
estruturas económicas e sociais, nomeadamente, estabeleçer a rede comercial, fabricas de processamento de castanha de cajú, construir estradas, resolver o

problema de abastecimento de água, escolas e centros de saúde. Disse mas que todos os moçambicanos são chamados a dizer, a 15 de Outubro próximo,basta a corrupção. Na aldeia de Chitunde(Cabo Delgado)a caravana do Presidente do MDM foi obrigada a parar depois de ter sido apedrejada por desconhecidos.

100 milhões de meticais

Uma semana depois do assalto a uma viatura da empresa de segurança privada “Delta Segurança”, que provocou a morte de quatro agentes e resultou no roubo de mais de 100 milhões de meticais, na província de Tete, a Polícia da República de Moçambique continua sem pistas para neutralizar os ladrões.Um funcionário superior do departamento financeiro da “Mozambique Leaf Tobacco”, que falou na condição de anonimato, disse que houve premeditação com o intuito de roubar o dinheiro, mas não aponta nomes.“Sempre que necessitamos de elevados valores em dinheiro para levar aos centros de produção, a fim de comprarmos tabaco dos nossos agricultores, contratamos uma empresa de segurança, que transporta os valores” explicou a  fonte. A mesma fonte disse que, para o transporte de valores, a empresa tem assinado um contrato de prestação de serviços.“Só após esse contrato é que passamos os cheques e entregamos aos nossos funcionários, para procederem ao levantamento do dinheiro, acompanhados por guardas duma empresa de segurança”, disse.A fonte, que pediu o anonimato, disse que, normalmente, depois do levantamento do dinheiro, as pastas ficam sempre seladas, o que não aconteceu no dia em que ocorreu o assalto.“Não foram observados esses passos todos. Apenas se entregou o cheque à ‘Delta Segurança’, para proceder ao levantamento dos valores”, explicou, acrescentando que, “estranhamente, as chefias do departamento financeiro deixaram tudo a cargo da ‘Delta Segurança’, mesmo sabendo quais são as regras”.
Dados obtidos depois do levantamento feito na noite do dia em que ocorreu o assalto indicam que a viatura que transportou os valores devia pernoitar no recinto da MLT depois do levantamento do dinheiro, para no dia seguinte, quarta-feira seguir viagem, o que não aconteceu.“Na MLT, trabalham, em cada turno, mais de 600 vigilantes da segurança privada e da PRM. A pergunta que fica sem resposta é porquê os funcionários da MLT violaram as regras”, disse a nossa fonte.
A PRM em Tete, embora se limite a dizer que está em curso o trabalho investigação, acredita que o roubo do dinheiro resultou dum esquema montado entre os funcionários da MLT e da empresa de segurança privada.“Nós já reunimos com as empresas de segurança em diversas ocasiões, em que participaram os gerentes dos bancos existentes aqui na província, e ficou estabelecido que, para o transporte de valores acima de 100 mil meticais, tanto por pessoas singulares como por empresas, deve ser comunicado à Polícia, para o devido policiamento e acompanhamento gratuito”, disse Luís Nudias, porta-voz da PRM em Tete.Nudias acusa o delegado da “Delta Segurança” em Tete, Armando Chico António, de ter ignorado uma série de questões de segurança. A Polícia informa que dentro da viatura foram encontrados apenas 25.030,50 MT (vinte e cinco mil, trinta meticais e cinquenta centavos) em moedas.“Nunca dormimos aqui na delegação com um montante igual. Não sabemos o que motivou essa decisão. Pensamos que deve haver esclarecimentos”, disseram, por sua vez, os trabalhadores da “Delta Segurança” abordados pela nossa reportagem e que acreditam ter havido um esquema dos seus chefes para roubarem o dinheiro.
Uma fonte da PIC informou ao Canalmoz em Tete que o caso já tem um processo com o número 446-2014. A mesma fonte disse também que o director financeiro da MLT e outros três funcionários da empresa poderão ser chamados mais vezes à PIC, por recaírem sobre eles fortes suspeitas de envolvimento no esquema que facilitou o assalto e consequente roubo.“Já foi submetido ao juiz o pedido de mandato de captura contra estes colaboradores da MLT”, disse uma fonte da PIC, tendo sido confirmada pelo porta-voz da PRM, que afirmou ter conhecimento de que “os colaboradores da MLT vão recolher às celas”, sem no entanto divulgar os nomes.Em relação ao mesmo caso, foi preso na tarde da passada segunda-feira, o comandante da força da “Delta Segurança” que acompanhava a viatura assaltada, Roberto Silvério, que se junta ao seu delegado, Armando Chico António, detido na semana passada, logo depois da ocorrência do crime. Os indiciados estão detidos na 1a esquadra da PRM.
Devido ao roubo dos 100 milhões de meticais que estavam destinados para a compra do tabaco aos agricultores em vários distritos da província de Tete, a comercialização do tabaco está comprometida, devendo a paragem demorar, o que começa a preocupar os produtores.Fonte do distrito de Macanga disse que existem agricultores que haviam pesado e entregue o tabaco à MLT e estavam à espera do pagamento.“Aqui em Macanga, existem agricultores que já pesaram o tabaco, entregaram à MLT, receberam recibos e estão à espera da chegada do dinheiro para o pagamento. Com o que aconteceu, esses produtores estão desesperados”, disse a fonte.

Enquanto isso, um funcionário duma empresa de seguros disse que, geralmente, as empresas de seguros não aceitam cobrir este tipo de acidentes, afirmando que o risco de assaltos, em muitos casos, é grande. (J.Pantie)