sexta-feira, abril 18, 2014

Falcatruas de funcionários públicos em todos os sectores

O atropelo feroz das leis e desrespeito por tudo quanto é senso comum move alguns políticos do nosso país. Compreende-se que não queiram perder o poder mas daí a enveredarem por uma via de destruição do que foi conseguido a muito custo não é razoável e é até de se recusar e denunciar.   Mesmo que a máquina de comunicação social pública não se atreva a contrariar a estratégia montada pelo partido no poder (Frelimo), não se pode dar descanso a quem não abandona a via do aniquilamento do edifício democrático nacional.  A fanfarra e vista grossa que as hostes do PR fazem a tudo o que é crítica à sua pré-campanha eleitoral de todo ilícita porque é feita com meios do Estado denota um estado de espírito preocupante. 
Denota que há um temor desmedido sobre a possibilidade de perderem o poder, o que até é compreensível. Estiveram todos estes últimos anos navegando numa onda falsa, semeando ou criando uma situação que os colocaria acima de todos. Não esperavam contrariedades nem capacidade por parte dos que se lhe opunham.   Tendo estendido o seu poder e influência a todas as esferas e controlando efectivamente os diferentes poderes democráticos, exibiam uma confiança à prova de qualquer golpe.  Só que a dinâmica política e social cedo começou a demonstrar que não era bem assim que as coisas estavam. Os moçambicanos não estavam domesticados ou anestesiados a ponto de abandonar as suas pretensões de viverem numa sociedade democrática, justa e de justiça.   Ideólogos ou estrategas do regime foram fazendo leituras medíocres da situação e interpretando as convulsões sociais como obra de mão-externa, reportando ao líder Guebuza que tudo estava bem. Repetidamente o PR foi a Assembleia da República dizer que o “Estado da Nação” era bom. Mentira esfarrapada como todos sabem.     Quando os velhos e idosos não tem tratamento condigno e vivem abandonados e à sua sorte, quando milhares de crianças são obrigadas a sentarem-se no chão nas escolas do país, quando centenas de escolas estão mal apetrechadas e as crianças estão condenadas a precariedade não se pode dizer que algo esteja bem, mas insistiam em dizer que “o estado da Nação é bom!”.    As falcatruas de funcionários públicos em todos os sectores, os desvios inúmeros de recursos públicos para alimentar circuitos sinuosos de corrupção, continuam mas fingia-se e finge-se que nada está a acontecer. Quem devia zelar pelo interesse público está entregue a múltiplas agendas criminosas.   Por parte das assessorias dos governantes montou-se um esquema de produção de relatórios falsos para agradar as chefias. Os chefes na verdade estão nos cargos e exercem suas funções apenas com a perspectiva de aproveitamento das possibilidades existentes e cultivadas para impulsionar seus negócios privados.  Isto tudo que digo são meras constatações da realidade.    É preciso ajudar os políticos a discernirem o que convém ao país tendo em conta os reais interesses nacionais. Temos de reconhecer que algumas das consequências nefastas de decisões tomadas pelo governo se devem a recusa deste escutar o que dizem os cidadãos comuns.     Outro aspecto é que muitos dos nossos políticos são medíocres e chegam a posições governamentais através de esquemas claros de recompensa por “trabalho sujo” feito. Quando se chega a governador de uma província ou a ministro por via de ser primeiro-secretário do partido não admira a qualidade do trabalho efectuado por estes dignitários.   Agora que o tempo aperta e se andou perdendo o mesmo engendrando esquemas visando a manutenção do poder perde-se até o descaramento e compostura característica de titulares de cargos públicos. É a atrapalhação que governa ou orienta as acções de quem se diz por que se julga político por excelência.    
Não é por acaso que a impressão geral é de que o governo é demasiado arrogante na sua actuação. Despreza os mais básicos requisitos e avança com suas agendas de maneira unilateral.    Agora que já experimentou o sabor da derrota em círculos eleitorais importantes, os “comissários políticos” procuram a todo o custo descobrir as causas. Mesmo com reuniões obrigatórias de funcionários do Estado, com orientação ameaçadora de que o voto deve ter só num único sentido as derrotas aconteceram e teme-se que o fenómeno se repita. Afinal de “comissários políticos” tinham o nome mas não a substância. São fracos em análise ou simplesmente distraídos pela miríade de interesses que tem.    Polida e impecavelmente vestidos, detentores de poder discricionário e senhores de consideráveis fortunas, pensavam que estava tudo feito e garantido. Que os outros eram uns maltrapilhos incomodando que nem moscas. Agora correm contra o relógio e a idade de reforma os deixa sentados, gozando de suas regalias.   Multiplicam-se em viagens ao serviço do partido numa tentativa de inverter a tendência de voto dos moçambicanos mas mesmo suas convicções já sofrem de esgotamento.    Gente que se desgastou num combate titânico por regalias ilícitas ainda aparece fazendo campanha política e promovendo o novo candidato a Presidente do partido no poder. Outros que já acumulam incontáveis derrotas eleitorais ainda rosnam e rugem como se nada tivesse acontecido.

Que será mesmo que se passa no campo ou partido a que pertencem estes senhores e senhoras? 
Será uma táctica de queima ou corrosão política de pessoas para que no fim os culpados sejam todos menos alguns?
Será que não há o senso de compreender de que equipa que perde troca-se? 
Será que as chicotadas psicológicas tão típicas no futebol não dizem nada a estes políticos?
Ou será tal o desespero que o suicídio político é o caminho escolhido?
O importante é os moçambicanos não se deixem enganar por políticos fossilizados e por outros que não passam de escroques…
Queremos recuperar a dignidade de quem teima em roubar.  Queremos ser cidadãos livres da indigência e de qualquer caridade… queremos exercer a nossa cidadania… só isso… quem já não tem argumentos que abandone o campo. (N.N.)

Senhor Simango: a sua cidade está um caos

Daviz Simango, presidente do Conselho Municipal da Beira -CMB, é, pela segunda vez, proposto pelo seu partido, o Movimento Democrático de Moçambique -MDM, do qual também é o presidente, a candidato presidencial às eleições gerais de 15 de Outubro próximo, depois de anunciadas as candidaturas de Filipe Nyussi, da Frelimo, Afonso Dhlakama, da Renamo, e Ya-qub Sibindy, do PIMO.
Sem querer retirar mérito ao gestor municipal do Chiveve, o que esperar agora no desempenho das suas responsabilidades sabido das tantas e quantas vezes em que os munícipes se viram órfãos pelas suas constantes ausências devido ao envolvimento nas respostas ás solicitações do seu partido e, quando parece, uma tendência crónica, os funcionários e vereadores municipais aparecerem fazendo sempre algo a reboque do presidente?
A disciplina urbana navega sem autoridade. O lixo e a sua deficiente recolha; as estradas retalhadas; as vias terciárias desaparecendo engolidas pelo capim; o desaparecimento dos espaços verdes; a cumplicidade municipal na instalação de barracas e bancas nas estradas e passeios onde “construções” habitacionais e comercias precárias inconcebíveis se juntam à inexistência no vocabulário do ordenamento urbano e transformam a Beira em uma urbe rural. Uma anarquia total.
Quem se nega a reconhecer que à problemas nesta cidade não está sendo realista. São aspectos gritantes que os munícipes lamentam, vindas de quem iniciou de forma exemplar na gestão municipal, onde os aplausos se faziam sentir pela chegada do “salvador”.
Não nos sentimos constrangidos nesta crítica aberta na medida em que andando pelas ruas vemos um sentimento de frustração da população e um avolumar de críticas já a nível nacional. E, essa insatisfação pelo desempenho actual do edil da Beira serve, é usado como cavalo de batalha uma vez que este, como candidato presidencial e a-tendendo ao crescimento, expansão me-teórica do seu partido, ameaça os alicerces políticos do país tendo em vista as Gerais de Outubro próximo.
A particular situação geográfica e história política conjugam-se para tornar mais complicado o momento difícil que a Beira vive desde sua existência.
O pântano sempre presente, requer investimentos em tecnologias e recursos acima da média. E uma dotação orçamental manifestamente insuficiente pode continuar a prender as iniciativas municipais que seriam desejáveis para resolver os graves e fundamentais problemas em vários sectores.
Não é fácil resolver os problemas e da noite para o dia as coisas cada vez mais vão se tornando ruins. Não admitimos que o fraco desempenho do edil da Beira possa ser atribuído à sua inexperiência para ocupar o cargo.
Os funcionários e vereadores municipais poderiam muito e bem fazer as intervenções de emergência. Para tapar um buraco não é necessário que o senhor presidente se faça ao terreno. Existe a necessidade destes fazerem um trabalho de fiscalização dos acontecimentos diários. Impõe-se a profissionalização do CMB nos seus diversos sectores para ter respostas no atendimento e resolução aos problemas da cidade.
Por mais que louvemos a existência de projectos em carteira em prol do desenvolvimento da urbe como o Plano Director - Mastarplan, a implantar pelo município até 2035 para reestruturar a cidade desde o sistema de esgotos e drenagem (reabertura do canal Chiveve), habitação, espaços verdes, sistema de transporte entre outros, nada justifica o mau trato de que a urbe padece e literalmente abandonada.
Os citadinos, obrigados, viraram malabaristas. Fica cada vez mais complicado fazer-se aos passeios e estradas da cidade. Embora estejamos convictos, acreditemos, aceitemos que os munícipes se vejam obrigados a abraçar todo o tipo de esquemas e actividades para sobreviverem, isso não deve concorrer para que não haja uma acção tendente a garantir que quem mesmo sob crassa imundice confecciona alimentação ao ar livre e a comercializa carregando consigo inimagináveis atentados à saúde pública, não cumpra com a postura camarária. Há que por um travão a procedimentos completamente contrários ao que as posturas municipais rezam. Aqui, não deixaremos de frisar que a falta de boas práticas por parte dos munícipes ajuda, e em grande medida, para o actual descalabro. Para tal, cabe ao município articular o necessário para realizar acções, mostrando exemplos de como utilizar e estar, complementando e aprimorando a gestão municipal com o envolvimento das igrejas, das escolas e mais que tais.
Por outro lado, não se deve deixar de lado o fluxo migratório de pessoas decorrente da guerra civil e da economia do mercado no país que aumentou sobremaneira o número de cidadãos sem que isso fosse acompanhado por um crescimento de infraestruturas públicas e sociais, não conseguindo assim a urbe suportar a pressão.

Portanto, são várias as razões que transformam a Beira em desenvolvimento para o seu actual estado rural. Sim, a urbe continua a desenvolver-se e disso ninguém tenha dúvidas. Mas o estar melhor que ontem não significa que não existam problemas. O município está mergulhado num mar de dificuldades reais e sem manutenção de rotina e com qualidade não à infraestruturas que tenham durabilidade.
Urge ao CMB introduzir a participação social e empresarial em suas administrações. Recuperar e promover a participação destes através de mecanismos que garantam o seu envolvimento na formulação, execução e fiscalização das políticas públicas municipais. Qual-quer projecto participativo será mais ou menos êxitoso se existir uma sociedade organizada e esta for nela incorporada. -Por que não a criação de um “movimento comunitário”?
Cabe aos governantes desenharem cenários e estratégias que sirvam os objectivos do desenvolvimento pro-posto. Quando os problemas surgem, são ocasiões a serem tomados como desafios e não base para novos problemas ou origem de conflitos entre os interlocutores. Que seja respeitada a lógica de coabitação em que os ideias políticos ou cores partidárias promovam a facilitação.
Temos o caso das estradas que sofreram uma acentuada degradação. Não acreditamos que o município por si só reúna recursos suficientes para lançar-se num programa de reabilitação de raiz como se mostra necessário. Se torna urgente trazer ao de cima e rever o tipo de relações existentes entre o CMB, o Governo provincial, o empresariado privado e as empresas públicas operando na cidade, como forma de contribuírem para a conjugação de meios e recursos no sentido de atacar o que a todos atormenta.
Quem está se beneficiando do porto da Beira deveria colaborar com a melhoria dos acessos a esta porta de entrada e saída de produtos. Quem opera a partir da Beira, empresas de médio e grande porte, deveria desenhar seus programas de responsabilidade social e corporativa tendo em conta o que a cidade necessita. Os grandes armazéns sedia-dos na cidade, alguns dos quais com a dimensão de portos secos, têm de reconhecer que sua intervenção se mostra necessária no capitulo de estradas.
No fim, olhando comparativamente para o actual estágio em que a urbe se apresenta, chama-nos à atenção as diferenças em relação às mostras já dadas pelo Edil da Beira.

No actual contexto se torna imperioso o Engº Daviz Simango recuperar a confiança e repor a legitimidade, continuando a sua primeira gestão municipal mesmo com o seu grau de envolvimento no processo eleitoral que se avizinha. Se se afigura pertinente atender de forma imediata aos apelos da comunidade, respondendo as várias questões da população e assim consolidar a sua popularidade.

Cabeçadas

Helicópteros zimbabweanos estão desde quarta-feira (16) a desembarcar tropas no cruzamento de Machanga. Desconhecem-se as razões mas cidadãos na preferia da zona julgam que está a ser preparado um ataque a uma base da Renamo em Mangomanhe. Se concrectizar-se será a  segunda tentativa depois de militares do exêrcito nacional, envolvendo o ramo boinas vermelhas não terem resistido a resposta da guerrilha . Estrategicamente as autoridades estão a impedir  a concentracao de grandes unidades da Renamo que poderão criar pânico na   a região sul do país. Entretanto uma  viatura militar das FADM, que transportava um poletão, capotou na noite de quinta-feira, (17), por volta da uma hora de madrugada, na zona de Nhapérua, 10 km do cruzamento de Piro e a menos de 50 km da serra de Gorongosa, do lado do distrito de Maringué. No sinistro, 7 militares morreram e outros 11 ficaram gravemente feridos e tiveram os primeiros socorros em Gorongosa. A viatura dirigia-se em direcção  a localidade de  Gravata. Aventa-se o excesso de velocidade como sendo a causa do acidente numa via háde pouca circulação e piso instável. (UC/facebbok) 

quinta-feira, abril 17, 2014

BRITALAR é incompetente

Prolongamento-da-Av.jn
Alguns utentes da Avenida Julius Nyerere, mostraram-se aborrecidos com a empresa portuguesa Britalar que está a reabilitar a via, pelo facto das fissuras estarem a aumentarem de número e tamanho a cada dia que passa, mesmo antes da via ser entregue ao conselho municipal da cidade de Maputo. Estes consideram que esta empresa não é séria e não tem qualidade para prosseguir com a obra, pedindo ao governo para contratar outro empreiteiro para dar continuidade a reabilitação da estrada.No ano passado quando o problema começou, foram recolhidas várias amostras nas crateras que estão a surgir e que seriam submetidas a um laboratório especializado para se apurar as reais causas da degradação precoce. Foram contratados três laboratórios independentes e a previsão, era que os resultados, fossem divulgados em 15 dias, mas até hoje nem água vai e nem água vem.

Anonimato: 
“O que eu percebi é que o asfalto está por cima da terra e aqui só tem uma camada mínima de asfalto, quando chove logo de imediato vê-se a terra, não tem uma camada consistente para aguentar o asfalto. Eu prefiro que se contrate uma outra empresa para prosseguir com a reabilitação, porque esta já apresentou um mau trabalho, acredito que uma outra empresa faria um trabalho melhor”.
Rosa Tembe: 
“ Essa empresa não tem qualidade na execução de obras de género, porque não se justifica uma estrada em menos de pouco tempo já está totalmente esburacada”.
Hamilton António: 
“ O material não é adequado pelo tempo que foi feito o trabalho, esta empresa tem que procurar meios para resolver esta situação, adquirindo material de qualidade para continuar com as obras porque assim não vale a pena. Na minha opinião o Governo devia contratar uma outra construtora para prosseguir com o trabalho.
Edy Nelson: 
“Acho que é falta de seriedade por parte do empreiteiro das obras, porque não faz sentido o que está a verificar-se nessa via, uma estrada que ainda não está entregue ainda em reabilitação já se apresenta nesse estado. Também a falta de seriedade por parte do Governo ao aprovar algumas empresas está claro que não há seriedade”. (F.de Maputo)

Depende de quem encurralar o "inimigo"

A Renamo exigiu, esta segunda-feira, como condição para o seu desarmamento, a nomeação de seus generais para ocupar os cargos de chefe do Estado-maior General, comandante-geral da Polícia, da Força de intervenção Rápida e os escalões de chefia a todos os níveis.
Que mensagem a Renamo quer transmitir ao governo com estas novas exigências?
Esta exigência é muito antiga, vem há mais de vinte anos, sempre foi parte da luta que a Renamo travou no sentido do seu discurso em relação à partidarização do aparelho do estado e estava na agenda do processo de negociações. A despartidarização do Estado sempre foi a grande batalha dos partidos da oposição em Moçambique e eu sabia, de antemão, que quando chegasse a vez de discutir a questão da desmilitarização da Renamo, não seria possível sem discutir a composição das Forças Armadas de Moçambique, do sistema de segurança do país e do Ministério do Interior. Tudo isso passaria desse processo negocial, porque a Renamo não tem confiança nestas instituições.
Acha justas essas exigências por parte da Renamo?
É muito difícil dizer se é ou não justo. Eu acho que o mais importante é ver como é que o governo vai dar garantias necessárias para que a Renamo se sinta confortável, em participar no processo democrático, sem que essas mesmas instituições sirvam de instrumento de perseguição das forças da oposição.

Até que ponto essas exigências podem quebrar o actual ritmo das negociações?
Essa é uma das questões fulcrais para a estabilização do país e ainda vai alastrar-se por algumas semanas, porque não acredito que tanto a Renamo como a Frelimo vão fazer cedências em relação a este aspecto Não estou a incentivar a violência, mas acho que a cedência vai partir da capacidade de resistência de ambas as forças, no sentido de ver quem tem maior capacidade de encurralar o seu “inimigo”. Se o governo tiver a capacidade de encurralar a guerrilha da Renamo numa situação em que está em causa a vida ou a morte de Dhlakama, se calhar o processo negocial será mais rápido. Mas se a Renamo tiver a mesma capacidade e fazer acções mais consistentes e que tragam grandes impactos no país, se calhar, também terá maior capacidade negocial. (entrevista ao politólogo João Pereira/O País)

Nyusi exaltado


Mais de duas mil pessoas, entre adultos, crianças e jovens, de diversos bairros da capital do país juntaram-se num concerto musical de exaltação ao Filipe Jacinto Nyusi, candidato do partido Frelimo à eleição presidencial de 15 de Outubro próximo. Tratou-se de uma iniciativa de diversos jovens residentes nos bairros de Maxaquene, Polana-Caniço, FPLM, Mavalane, Hulene, Ferroviário e Laulane que, tendo à cabeça os deputados Henrique Mandava e Roberto Chitsondzo, reafirmaram e pontificaram o nome do “puto Nyusi” como candidato da juventude. Cremildo Cossa, da coordenação do evento, os jovens daqueles bairros quiseram, com o gesto, dar a sua contribuição ao processo político eleitoral que se avizinha, apoiando o candidato do partido Frelimo. 

“Quisemos, sobretudo, reafirmar o nosso compromisso com a paz, democracia, unidade nacional, estabilidade política e desenvolvimentosócio-económico do país.  Um aspecto inédito é que o evento, realizado no domingo da semana passada, juntou jovens de todas as facetas. Realizamos um espectáculo na rua Primeiro de Maio, no bairro de Maxaquene, onde actuaram diversos artistas de renome na praça, tais como Roberto Chitsondzo, Xidiminguana, Ta Basile, Mc Dallas, AG Rappers, Magnata, entre outros”, disse. Cremildo Cossa afirmou que Filipe Nyusi, como candidato do partido Frelimo, tem maior sensibilidade sobre questões que apoquentam a juventude, nomeadamente emprego, educação, habitação, financiamento aos projectos para esta camada social, entre outros. 

De acordo com a fonte, na ocasião, os jovens gritaram em uníssono e de viva voz que a vitória de Filipe Nyusi é um dado adquirido e estão dispostos para a “longa caminhada” rumo à consagração da mesma. “Facto curioso e interessante é que o bairro de Maxaquene é tido como um antro da criminalidade, mas contrariamente a esse ponto de vista, mostramos e provamos que é um bairro onde se podem juntar, num mesmo 

espaço e momento, muitas pessoas, para confraternizar, cantar, dançar e reflectir sobre o futuro”, disse, acrescentando que os jovens prometem muito mais iniciativas em apoio ao candidato do partido Frelimo.
(Imagens: 1 Montepuez/casa dos pais,2 com docentes da Unilúrio,3 com camaradas do Partido em Nampula,4 aeroporto de Nampula)

"Há condições para eleições, basta haver vontade”

O porta-voz do presidente da Renamo, António Muchanga, decidiu responder ao coro de críticas que têm sido feitas por certos sectores de opinião, por aquele partido defender nos últimos dias a nomeação de quadros da Renamo para cargos de chefia a nível das Forças de Defesa e Segurança. Muchanga diz não é verdade que a Renamo não esteja interessada nas eleições. Segundo o porta-voz de Dhlakama o que a Renamo está neste momento a exigir já havia sido proposto há muito tempo, mas a Renamo estava à espera que assunto fosse debatido no quando nas conversações/negociações se entrasse no capítulo da Defesa e Segurança. Muchanga lembra que as instituições da Defesa e Segurança representam efectivamente o Estado, e o Estado é de todos. “Nós precisamos de estar dentro do exército à escala nacional, regional, provincial, distrital e local. Nós poupámos esta questão porque esperávamos que ia ser discutida quando discutíssemos as questões de Defesa e Segurança onde deveríamos revisitar os Acordos de Roma Geral de Paz e recordar a Guebuza o acordo que ele negociou uma questão previa que ele não fez”.A Renamo, segundo o porta-voz da Afonso Dhlakama, está cansada de descriminação e marginalização. Quer estar na Polícia e nas Forças de Defesa e Segurança desde o topo até à base. “Só dessa maneira é que teremos tranquilidade no país. A paz não pode ser feita sacrificando a Renamo. Pacientámos 21 anos, a sermos marginalizados e descriminados”, disse António Muchanga.Sobre o recenseamento do líder da Renamo que começa a ficar seriamente comprometido em função dos prazos, o porta voz de Afonso Dhlakama diz que ainda há tempo para o líder do maior partido de oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama se recensear, bastando para tal, que haja vontade do Governo.“Hoje (terça-feira) estamos no dia 16 de Abril. Ainda há tempo para o presidente se recensear. Acredito que o recenseamento pode não terminar no dia 29 de Abril porque a maior parte da população também ainda não foi recenseada. Na província da Zambézia ainda não atingiu 40 porcento, Em Nampula, ainda não atingiu. Mesmo aqui na cidade (Maputo), há zonas em que tentam empolar os dados. É preciso dar oportunidade para as pessoas se recensearem. Podemos prorrogar por mais um mês. Isso não vai prejudicar”, disse Muchanga. Muchanga insistiu várias vezes dizendo que “haverá eleições, bastando haver vontade, o impasse que prevalece pode-se resolver em pouco tempo”. “Se o governo aceitar aqueles princípios, convidarmos os observadores internacionais. Chegam ao país e resolvemos aquela questão. Os observadores internacionais não só vão supervisionar o Acordo Geral de Paz. Nas fases subsequentes que são aquelas que se seguem ao cessar-fogo contamos com apoio deles, também”. Muchanga acrescentou: “Não podemos ser comandados por prazos. Podem ser alterados porque foram feitos por homens. Há condições para eleições, basta haver vontade”.António Muchanga também mandou recados aos analistas mais achegados ao regime. Disse que os comentadores que pensam que a Renamo não está interessada na realização de eleições “são preguiçosos mentais”. “Os analistas devem ser especialistas. As previsões de um analista dificilmente falham. Eles falharam em tudo. Se fossem médicos teriam matado muita gente. Se fossem professores era um resultado desastroso. Se fossem montadores de viaturas, as mesmas teriam matado muita gente”, ironizou o porta-voz do presidente da Renamo. Segundo o porta-voz do líder da Renamo, as pessoas devem recordar-se quando é que a Renamo escreveu a sua primeira carta de pedido de audiência. Já nessa altura a Renamo tinha em vista a resolução destes problemas. “Foi antes das eleições autárquicas”. (C.Saúte)


quarta-feira, abril 16, 2014

Gás e mais gás

A produção de gás natural liquefeito (GNL) vai atingir 20 milhões de toneladas a partir dos próximos três anos ou seja em 2018.A ministra dos Recursos Minerais Esperança Bias que avançou este facto referiu que, para concretização desta meta, decorrem neste momento, actividades de pesquisa de hidrocarbonetos, em dez áreas de concessão e actividades de produção de gás natural nos jazigos de Pande eTemane.Segundo a ministra dos Recursos Minerais, trata-se de actividades visando a descoberta de mais áreas com gás natural em quantidades comerciáveis.Para além de Pande e Temane também estão em cursos actividades de pesquisa e avaliação de hidrocarbonetos nas Bacias Sedimentares de Moçambique e Rovuma, com destaque para as actividades de levantamento sísasmico e avaliação.E foi nesse âmbito que, as actividades de avaliação na Bacia Sedimentar de Moçambique, já culminaram com a apresentação da “declaração de comercialidade” dos hidrocarbonetos líquidos (petróleo leve) descobertos em Inhassoro, que permitirão a produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL).Na sequência das descobertas de gás natural na Bacia Sedimentar do Rovuma, foram até aqui avaliadas reservas na ordem de 180 triliões de pés cúbicos (TCF) de gás natural, estando em processo a elaboração do plano para instalação de módulos para a produção de 20 milhões de toneladas de Gás Natural Liquefeito (GNL) por ano, a partir de 2018. (R.Moiana)

Em Moçambique


A “General Electric”, empresa multinacional americana de serviços e tecnologias, assinou, através da sua subsidiária “GE Oil & Gas”, acordos de parceria com empresas de sectores estratégicos da economia de Moçambique, para ajudar a promover o desenvolvimento do país baseado em recursos humanos locais. Estas iniciativas surgem na sequência da participação, em Fevereiro, da Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, na “Conferência Anual da GE Oil & Gas”, em Florença, Itália. No maior e mais importante evento do ano para a GE na área do Petróleo e do Gás, onde estiveram presentes mais de 900 representantes da indústria de Petróleo, Gás e Energia, a Bias proferiu um discurso subordinado ao tema “Desafios para Um Produtor Emergente do Gás”.A General Electric, multinacional norte-americana, é a empresa que forneceu nos princípios do ano em curso, 10 novas locomotivas avaliadas em cerca de 41 milhões de dólares americanos.As locomotivas, destinadas a tracção de comboios de carga e passageiros, reforçam a frota operacional anterior, que era composta por 12 locomotivas contra 30 necessárias, para fazer face ao transporte ferroviários nesta região do país.Segundo a GE, trata-se de locomotivas dotadas de tecnologia de última geração, com elevados padrões de eficiência, segurança e fiabilidade, proporcionando baixo consumo de combustível e, consequentemente, uma redução, significativa, dos níveis de poluição.

terça-feira, abril 15, 2014

"Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a si"

As negociações entre o Governo e a Renamo, voltaram a encalhar, na segunda-feira, 14 de Abril, ao nāo terem, mais uma vez, alcançado entendimento em torno das principais tarefas da missão de observação do cessar-fogo. Tudo isto porque o Governo exige que uma das tarefas da missão dos observadores, para além de fiscalizar o cessar-fogo, seja a de acompanhar o desarmamento e reintegração dos homens da Renamo, considerando que os “observadores não podem vir aqui para brincar”. A Renamo diz que aceita entregar os seus homens e o respectivo armamento, mas propõe o estabelecimento de bases fundamentais de confiança, através da aceitação e respeito de alguns princípios que constam numa proposta que colocou em cima da mesa, ainda nesta segunda-feira, em resposta ao pedido formulado pelo Governo para saber como pensa a Renamo no que diz respeito a este processo. Uma das referidas propostas é a composição equilibrada das Forças Armadas, em que militares das fileiras da Renamo ocupem posições de destaque. O Governo já deixou claro, face às exigências da Renamo, que não vai “entregar nada de bandeja”, argumentando que tem mandato do povo para conduzir os destinos do país.  O chefe da delegação do Governo e ministro da Agricultura, José Pacheco, disse aos jornalistas, no final da 54ª ronda, que encravaram “na definição da missão dos observadores internacionais ao fim das hostilidades militares”. O Governo colocou em cima da mesa a questão do desarmamento da Renamo, e este partido trouxe a sua proposta, em resposta ao pedido do Executivo sobre qual seria o procedimento. Segundo Pacheco, a Renamo disse, nas negociações, que não pretende ser desmilitarizada sem que sejam constituídas as Forças de Defesa e Segurança numa base de paridade. “Aqui, voltámos de novo a ouvir a questão da paridade”, declarou o chefe da delegação governamental. O Governo, ainda segundo José Pacheco, entende que a Constituição da República e demais legislação estabelecem que o Estado, ou a Administração Pública, não se organiza num fundamento partidário, enquanto a Renamo – no Ponto Três que está em debate nestas negociações – propõe a despartidarização do aparelho de Estado. O Governo, na pessoa do chefe da sua delegação, acusa a Renamo de ter vontade de querer continuar a criar desordem e insegurança. Apesar de manifestar abertura para continuarem a se “consciencializarem e a dialogar”, o Executivo diz que não vai ceder de bandeja, pois considera que fez muitas concessões. “Nós não podemos entregar de bandeja. O povo confiou-nos os destinos do pais”, afirmou. José Pacheco lembrou que o Governo fez todas as concessões para que se tivesse uma legislação eleitoral de consenso, de modo a dar conforto à Renamo, aceitou a presença de observadores nacionais e internacionais para a cessação das hostilidades, a desmilitarização e integração dos homens da Renamo, para além de ter adoptado os termos de referência. Renamo quer que a Defesa e Segurança sejam do Estado. Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo, o deputado da Assembleia da República Saimone Macuiana, disse que, na sequência do pedido sistemático do Governo para que o país não tivesse militares ou guardas da Renamo armados, a Renamo apresentou a proposta. 
Segundo Macuiana, a Renamo propõe que, ao nível das FADM, seja respeitado o princípio de equilíbrio e de paridade.Esclarece que, nestes termos, pretende que, tendo em conta que nos últimos vinte anos o chefe do Estado-Maior General da FADM foi proveniente das extintas FAM/FPLM (Forças Armadas de Moçambique / Forças Populares de Libertação de Mocambique), seria sensato que, a partir de agora em diante, este fosse proveniente da Renamo, e o seu adjunto fosse proveniente das ex-FPLM. Quanto aos outros departamentos do Estado-Maior General, metade seria dirigida pelos brigadeiros oriundos da Renamo, e a outra metade pelos provenientes das ex-FPLM.A Renamo propõe que a mesma lógica e o mesmo princípio deviam ser extensivos aos outros ramos das FADM, nomeadamente o Exército, a Marinha, a Força Aérea, assim como também aos diferentes escalões: os comandos regionais norte, centro e sul, os batalhões, as companhias, os pelotões e as secções. Por outro lado, ainda segundo Saimone Macuiana, ao nível da Polícia, o princípio seria o mesmo, tendo em conta que, nos últimos vinte anos, o comandante-geral proveio das ex-FPLM. Daqui em diante, seria levada em consideração a nomeação de um comandante-geral oriundo da Renamo, enquanto o seu adjunto seria oriundo das ex-FPLM. O mesmo seria aplicado ao nível dos departamentos centrais, comandos provinciais, comandos distritais, e em todos os outros níveis. “Ressalvamos que, ao nível da FIR, o efectivo deve ser de 50% proveniente da Renamo e 50% do Governo, e o mesmo em relação à Força de Protecção de Altas Entidades do Estado. A Renamo diz, na sua proposta, que também pretende equilíbrio e paridade nas escolas superiores e nas escolas práticas tanto das Forças Armadas como da Polícia. Em relação ao SISE (Serviços de Informação e Segurança do Estado), a Renamo entende que, devido à sua complexidade, deve obedecer às regras aceites internacionalmente, de forma republicana, dando informações úteis ao chefe do Estado, e nunca deverá ser usado para interesses partidários ou de qualquer grupelho. Por isso deixou ao critério para decisão ao mais alto nível sobre como deve funcionar esta entidade. “Nós, a Renamo, dissemos que, uma vez aceites e respeitados pelo Governo esses princípios, como base fundamental de confiança, a Renamo e o seu presidente aceitam plenamente e sem problemas a entrega de todas suas armas e homens”, declarou Saimone Macuiana, afirmando que deixam “ao critério do Governo, ao mais alto nível, a análise da proposta, que é negociável”. 
Ainda sobre as FADM, a Renamo diz que não tem novos homens para integrar, mas sim os mesmos que estavam lá desde 1992 e que agora foram reformados compulsivamente, outros foram transformados em assessores e em adjuntos, enquanto outros estão simplesmente a aguardar pela idade da reforma. Lembrou que, dos 1 200 oficiais e generais promovidos nas FADM após o Acordo Geral de Paz, apenas 15 são provenientes da Renamo.“Que fique claro que o que criou esta situação que vivemos hoje é o Governo ter excluído ou passado à reforma compulsiva os oficiais oriundos da Renamo”, concluiu Macuiana, sublinhando: “Os homens que queremos integrar no Exército ou nas FADM estão lá, apenas queremos que tenham melhor enquadramento, promoções e funções executivas como os outros, oriundos das FPLM”. As partes voltam a encontrar-se na quarta-feira, para mais uma ronda negocial. (B.Álvaro)

segunda-feira, abril 14, 2014

Os "dedos" do T.A.

O relatório do Tribunal Administrativo sobre a Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2012 detectou, no capitulo das irregularidades, o desvio de aplicação de  21 viaturas adquiridas com fundos do Orçamento do Estado, no âmbito do projecto “Aquisição de veículos multi-uso para o transporte rural”, concebido para implantar e desenvolver o sistema de transporte específico para a zona rural. As viaturas foram maioritariamente distribuídas ao nível do Governo central, designadamente 14 da marca Nissan Hardbody, duas da marca Eicher, duas são Hyundai, duas são Toyota Hilux e uma é da marca Nissan Pathfinder, avaliadas em 21 986 938,21MT. As restantes viaturas, segundo o relatório e parecer do TA, na página VI-35, foram distribuídas para os gabinetes do ministro e vice-ministro, para a Inspecção-Geral do Ministério, a direcção de Economia e Investimento, o departamento de Relações Internacionais, a Unidade Gestora e Executora das Aquisições, o Fundo dos Transportes e Comunicações, o departamento jurídico do ministério, o gabinete do secretário permanente e a repartição de administração e património do ministério. Receberam também viaturas a direcção nacional dos Transportes e Logística, a direcção nacional dos Transportes de Superfície e o departamento dos Recursos Humanos do ministério. Foram ainda incluídas as direcções provinciais dos Transportes e Comunicações de Tete, Niassa, Cabo Delgado e Sofala.Segundo o TA, a atitude configura violação das normas sobre a “elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos”, em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 93 da lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente ao regime relativo à “organização, funcionamento e processo da 3.ª Secção do Tribunal Administrativo.” (A.Mulungo)

Incidente com Q 400

C9-AUY after landingUm avião, Bombardier Q400, das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tocou, durante a aterragem, com a cauda numa das pistas do Aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Johannesburg, na África do Sul, na passada segunda-feira (07) originando o encerramento da pista durante mais de uma hora. A Aeronave de fabrico canadiano tem a matrícula C9-AUY e é operado pela Moçambique Express (MEX), uma subsidiária das LAM, e na altura do acidente fazia o voo TM 311, entre as cidades da Beira e de Johannesburg. Segundo uma testemunha no aeroporto o acidente aconteceu cerca das 10 horas de segunda-feira (07), hora prevista para a chegado do avião das LAM. "Embateu com a cauda quando aterrava e o aeroporto esteve encerrado mais de uma hora." O TM 311 terá partido as 8 horas do Aeroporto Internacional da Beira e não há registo de mau tempo ao longo do percurso nem na cidade de Johannesburg. Um fonte da aviação moçambicana esclareceu que na altura do incidente, que ao que tudo indica não causou vítimas, o Q400 era pilotado por um comandante de nacionalidade polaca acompanhado por um piloto moçambicano em instrução. 
Houve danos estruturais na aeronave Bombardier Q400 das Linhas Aéreas de Moçambique que não tornaram público este acidente e, questionados pela nossa reportagem, não o confirmaram. Entretanto, o site The Aviation Herald, escreve que o acidente do voo TM 311, operado pela Moçambique Express (MEX), na segunda-feira (07) aconteceu as 10h24 e confirma a interrupção do tráfego aéreo no Aeroporto Internacional OR Tambo durante cerca de uma hora. Segundo esta publicação especializada em aviação mundial o Bombardier Q400, das Linhas Aéreas de Moçambique, ainda está a ser analisado e não pôde realizar o voo de retorno a Moçambique. 

quarta-feira, abril 09, 2014

Presidente Guebuza despede-se e agradece apoio do povo

O candidato do Partido FRELIMO ás eleições  presidenciais de Outubro próximo,Filipe Nyusse, apresentado pelo Chefe de Estado Moçambicano

O Presidente Armando Guebuza  numa conversa amena com o edil de Quelimane, eleito nas eleições autarquicas de Novembro passado pelo Partido MDM

Modelo de avião em que normalmente se desloca o Chefe de Estado de Moçambique.No aeroporto de Quelimane , terceira paragem do périplo da última presidencia aberta iniciada na província do Niassa com passagem por Cabo Delgado.

domingo, abril 06, 2014

O líder não teme perder o seu lugar

"Uma das últimas cadeiras da igreja é ocupada pelo Papa. É o que se vê na foto. Ele está a celebrar uma Missa muito peculiar: os convidados são os jardineiros e o pessoal de limpeza do Vaticano. Num momento da celebração o Papa pede a todos que orem em silêncio, cada um pelo que o seu coração deseja.
Nesse instante, ele levanta-se da sua cadeira presidencial que está na frente e vai sentar-se numa das últimas cadeiras para fazer a sua própria oração. Dá a impressão de que este chefe preferiu que todos se centrem em ver de frente a verdadeira razão da sua existência, esse Cristo crucificado que está ali presente e não em que o vejam a ele, o seu chefe, que não é mais que um homem que falhou e continuará a falhar, e a quem hoje todos chamamos o Papa Francisco.
A famosa diferença entre chefe e líder é absoluta nesta foto. O chefe sempre se emproa, pondo-se à frente para que todos o vejam e lhe obedeçam, enquanto que o líder sabe quando se deve sentar atrás, não incomoda, acompanha, facilita o caminho para que os outros consigam os seus propósitos; o líder é capaz de desaparecer no momento oportuno, para que os seus companheiros cresçam e se centrem no que é verdadeiramente importante. O líder não teme perder o seu lugar, porque sabe que, muito para além do “seu lugar”, trata-se de ajudar aqueles que se encontrem no seu caminho.
Na foto, o admirável Francisco está de costas. Ele sabe que muitos o queriam ver de frente, mas neste instante tão íntimo, ele prefere ficar de costas para os fotógrafos e dar a cara a esse Deus de todos, Amor para o jardineiro e Amor para o Papa, esse Deus que não diferencia o abraço nem dá mais por um ou por outro, ambos são pecadores e ambos precisam d’Ele.
Quantos chefes terão a capacidade de ir sentar-se naquela cadeira de trás? Quando é que mães e pais terão que “celebrar” essa cerimônia chamada vida com os nossos filhos, e num momento oportuno sermos capazes de nos sentarmos atrás, para que eles fiquem de frente para a sua missão? Quantos poderemos voltar as costas aos aplausos, à barafunda dos “clicks”, aos elogios, para dar a cara, num momento íntimo, a essa oração profunda que torna o nosso coração despido de orgulho, a um Deus que deseja com fervor escutar-nos?
O Papa ficou-me gravado nesta foto, e eu espero que hoje esta imagem, sirva para me situar no resto da minha vida."



7 Abril, Dia da mulher Moçambicana

sexta-feira, abril 04, 2014

43% de crianças sofrem de desnutrição,mas o Sector da........

................. saúde, em Moçambique, afirma ter reduzido de mil para 408, o número de mulheres que morrem durante o parto em cada cem mil nados vivos, o que corresponde a cerca de 40,8 por cento, porém, sendo ainda elevado, o sector considera haver ainda grandes desafios para reduzir esta cifra.Segundo o director nacional de saúde pública, Francisco Mbofana, em 1997, a taxa de mortalidade materna era de mil, em cada cem mil nados vivos.Mbofana falava,  à imprensa, à margem da conferência internacional sobre troca de experiências em matéria de saúde, um evento de dois dias, que decorre sob o lema “qualidade de saúde sexual e reprodutiva, nutrição e HIV/SIDA na monitoria e advocacia da governação”.“Reduzimos para 408, em 2011. Mas, claramente, 408 é um número ainda elevado, daí que continuamos a ter desafios”, reconheceu a fonte.Mbofana disse, ainda, haver registos satisfatórios na redução da mortalidade infantil em menores de cinco anos, o que faz perceber que o país está num bom caminho para alcançar o objectivo do desenvolvimento do milénio nesta área.No que tange à nutrição, o director disse que cerca de 43 por cento das crianças com menos de cinco anos de idade padecem de desnutrição crónica. Entretanto, para responder à esta questão, o Governo moçambicano elaborou, em 2010, um plano multissectorial para a redução deste mal.“Nesse plano, todos os intervenientes (Governo, parceiros e sociedade civil) são chamados para dar a sua contribuição, de modo a inverter o cenário que actualmente persiste”, sublinhou.Em relação à Saúde Sexual Reprodutiva (SSR), afirmou que o Ministério da Saúde (MISAU) reconhece ser necessário que as mulheres em idade reprodutiva, adolescentes e jovens tenham acesso aos serviços de “alta qualidade” que permitam uma boa planificação da gravidez, parto e do período pós parto.“Uma criança mal nutrida tem implicações negativas no futuro. O custo que o Governo vai ter, dentro de 10 ou 15 anos, se não combater o problema em Moçambique, é maior”.Para a fonte, cerca de 15 por cento das receitas do Estado deviam ir para a saúde, facto que não está a acontecer. “Então, temos que mobilizar as forças vivas da sociedade para poder fazer advocacia, no sentido de pressionar o governo a cumprir”.