A companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou em Maputo, que tenciona lançar uma nova companhia designada por “LAM Internacional”, em parceria com o Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), que terá a missão de fazer ligações intercontinentais. Segundo a directora financeira da LAM, Marlene Manave, a nova companhia terá um capital inicial de 10 milhões de dólares, dos quais 30 por cento desembolsados pela própria LAM, 21 por cento por empresas ou instituições estatais, sendo os restantes 49 por cento de investidores privados.Assim, a LAM vai continuar a operar os seus voos domésticos e regionais, enquanto que a nova companhia terá a missão de realizar voos intercontinentais para Lisboa e, a partir de 2013, para a cidade brasileira de São Paulo.Para o efeito, a LAM contratou empresas de consultoria para conduzir uma pesquisa de mercado e estudar a viabilidade de várias rotas, incluindo as ligações entre a capital moçambicana e Lisboa, São Paulo, Dubai e Beijing.Prevê-se que durante os dois primeiros anos de actividade, a LAM Internacional registe perdas consideráveis, devendo atingir o equilíbrio no terceiro ano.Para a materialização do projecto, Manave prevê um investimento inicial no valor de 8,6 milhões de dólares. A maioria deste investimento, ou seja 7,13 milhões de dólares, será dispendido no aluguer de um avião de longo curso da companhia área Air Seychelles, por um período de 24 meses e que fará a ligação para Lisboa. Findo este tempo, a LAM Internacional deverá estar em condições de adquirir a sua própria aeronave.Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da LAM, José Viegas, advertiu que a LAM Internacional apenas será viável se continuar a fazer parte do Grupo LAM, integrada com os voos domésticos e regionais da própria LAM e da sua subsidiária, a MEX. Outras empresas do grupo incluem a companhia MAHS, a catering SMS, a de LAM Tours e as Holdings da LAM nos hotéis Cardoso e Turismo.Prevê-se que a LAM Internacional seja lançada formalmente em Julho do corrente ano. Entretanto, a rota Maputo-Lisboa será operada pela própria LAM, partir de 1 de Abril usando uma aeronave do tipo Boeing 767-300ER, da Air Seychelles.Esta aeronave será alugada em sistema de ACMI-lease, o que significa que a Air Seychelles terá a responsabilidade de disponibilizar a própria aeronave e tripulação, bem como garantir a sua manutenção e seguro.O avião possui uma capacidade para acomodar 214 passageiros, dos quais 190 na classe económica e 24 na classe executiva.Prosseguindo, Macaba disse que durante os primeiros três meses a LAM vai oferecer uma tarifa promocional no valor de 19.000 meticais (cerca de 610 dólares), um valor muito mais acessível comparativamente as tarifas praticadas pela companhia aérea portuguesa TAP.Actualmente, segundo o portal da TAP na Internet, uma passagem de ida e volta entre as duas capitais custa 925 euros (cerca de 1.280 dólares).Durante as décadas 80 e 90 a LAM operava voos para Lisboa, Paris, Copenhaga, Berlim e Sófia, tendo também voado por um período curto para Dubai.Contudo, durante a última década a LAM deixou de fazer voos intercontinentais.Nesse período, a LAM dispunha de lugares nos voos da TAP que faziam a ligação Maputo-Lisboa ao brigo de um acordo “code-sharing”. Refira-se que a partir de Junho do corrente ano, a TAP vai deixar de voar para Johanesburgo. Assim, todos os passageiros que queiram voar para Lisboa, a partir de Johanesburgo, serão transportados pela LAM na rota Maputo-Johanesburgo.
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