sexta-feira, julho 20, 2018

Samora ,como independente?


Resultado de imagem para samora machel juniorSamora Machel Júnior está fora da corrida interna para ser candidato a cabeça de lista do partido Frelimo na cidade de Maputo. 
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Esta sexta-feira (20)Comité da Cidade submeteu à Comissão Política os nomes dos membros que vão disputar a eleição interna e não consta de Samora Machel Júnior, e este já pensa na possibilidade de concorrer ao município de Maputo apoiado por grupo de cidadãos.
Resultado de imagem para samoraO Comité da Cidade aprovou os nomes de Eneas Comiche, Fernando Sumbana e Razaque Manhique. A informação caiu como uma bomba na equipa que há já algum tempo vem preparando a candidatura de Samora Machel Júnior, que se alega ter apoio de bases do partido nomeadamente da OMM, OJM e Antigos Combatentes.
Resultado de imagem para samora machel juniorFontes próximas a Samora Machel Júnior indicam que o mesmo está indignado e está a ponderar mesmo assim avançar com uma candidatura apoiada por um Grupo de Cidadãos tal como está previsto na lei, caso a Comissão Política da Frelimo mantiver de fora o seu nome nas Eleições Internas, o que a acontecer será inédito na história do partido Frelimo.
Samora Machel Júnior terá recebido a informação do seu afastamento da corrida através do Primeiro Secretário do Comité da Cidade da Frelimo, Francisco Mabjaia, num encontro que teve lugar esta sexta-feira.

Durmam pouco!


Resultado de imagem para ataques em palmaDesde a eclosão dos ataques, em Outubro do ano passado, as autoridades governamentais têm procurado minimizar o impacto da actuação dos insurgentes. Uma das mais recentes aparições foi do governador da provínciade Cabo Delgado, Júlio Parruque que, numa entrevista ao “Dossiers e Factos” pintou um quadro “bonito” e “conveniente”,mas bastante distante da real situação que se vive no norte da província. Durante uma semana no terreno e, por isso, testemunhou a situação dramática que se vive nas aldeias dos distritos de Palma, Mocímboa da Praia, Macomia e Quissanga.
Imagem relacionadaImagem relacionadaPor exemplo, por todas as aldeias afectadas por que passamos, as comunidades queixam-se de fome porque já não podem ir às machambas por medo dos ataques, o que desmente a politicamente correcta versão do governador, que garantiu que em nenhum momento a população se queixou de falta de comida e que continuam a trabalhar e a produzir no seu dia-a-dia. Verdade, porém, é que, timidamente, os deslocados vão regressando às suas zonas de origem.Por exemplo, na Ilha do Ibo, para onde se tinha deslocado grande parte das comunidades afectadas. De acordo com os residentes da Ilha, no pico dos ataques chegavam por dia até cinco barcos com cerca de 50 deslocados, cada. Mas a maioria já não está no Ibo.
Imagem relacionada Ibrahimo é das poucas que continua por lá. Saiu de Naúnde, com mais de 10 membros da família, agora enclausurados numa minúscula casa de um familiar a trabalhar na ilha. “Saímos por causa da guerra. Queimaram a nossa casa e perdemos tudo. Aqui vivemos na base e apoios”, relata Anica, que amamenta um bebé de um ano e um mês. Semba Imedi, residente da Ilha do Ibo, tinha a casa transformada num verdadeiro centro de acolhimento de deslocados, quando chegou a receber no minúsculo quintal, 26 pessoas que fugiam dos ataques. Mas hoje só ficou com a sobrinha, Alina Macasaré, que fugiu de Naúnde, onde vivia com o esposo e duas crianças, todas menores de idade. Fugiram quando se aperceberam da agitação e a casa ficou a ser incendiada com todos os pertences.
O apelo do governador Parruque para que as comunidades mantivessem vigilância, mesmo que isso passasse por dormirem pouco, está em marcha no norte da província. A partir das 19h, grupos de jovens locais, empunhado armas brancas, sobretudo catanas, arcos e flechas, juntam-se aos militares para patrulhas nocturnas. Autêntica caça ao homem em defesa da vida.

Os meninos da bola na europa


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O moçambicano Gildo Lourenço e Bruno Langa são os novos reforços do Amoras FC para a presente temporada futebolística. Recentemente, o Renildo Mandava também assinou pelo Belenenses de Portugal. Soou um alarme de uma provável saída de Zainadine Júnior do Marítimo, mas ficamos a saber que o mesmo vai permanecer no respectivo clube, onde foi considerado o melhor defesa do ano.
Depois da geração de ouro que jogou em Portugal, como Eusebio, Coluna, Matateu e nao so, uma nova geracao de jogadores mocambicanos vai chegando a Europa, concretamente em Portugal, epicentro das novas contratacoes de jogadores mocambicanos. Praticamente, os clubes, da primeira e segunda divosoes, ja abriram as oficinas rumos aos seus objectivos tracados.
Esta confirmado, que ate, entao, tres jogadores assinaram recentemente com clubes portugueses, com maior destaque para Amoras FC e Belenenses de Portugal. O internacional Gildo Lourenco, que teve passagem no Braga de Portugal, e a par de Bruno Langa do Maxaquene, vao jogar no Amoras FC. Segundo fontes seguras, Bruno tera que estar em Portugal ate ao dia 22 do presente mes. Sabe-se que uma delegacao da Black Bulls, efectua uma visita de trabalho a Amoras FC, onde esta marcado um jogo treino com o respectivo clube. De salientar que os sócios do Amora FC aprovaram a entrada de investidores mocambicanos no futebol portugues. Trata-se de Junaide Lalgy e a Familia Sidat. O agente de Bruno, Jonas Nhaca, confirmou a ida de Bruno a Lisboa. Tendo dito que “e um facto. Ele, deve estar em Portugal ate ao dia 22 de Julho, tudo esta acautelado para a sua deslocacao. Na primeira fase, ele vai ficar no Amoras FC, com possibilidade de rumar para outros clubes que o cobicarem”.
Resultado de imagem para zainadine maritimoEntretanto, o Belenenses anunciou, recentemente, a contratacao do jovem mocambicano, Renildo Mandava. O lateral-esquerdo, de 24 anos, que esteve emprestado pelo Benfica ao Covilha na epoca transata, assinou contrato valido ate 2022 e chega para colmatar a saida de Florent, confirmado como reforco do Guimaraes. A outra grande novidade e o internacional mocambicano, Zainadine Junior,(na foto) que foi autorizado a apresentar-se mais tarde. O central moçambicano tem sido alvo de cobica. De acordo com a Bola, para já o futuro e no Maritimo .

Gente experiente brincando com a Lei


Resultado de imagem para teodato hunguanaEm contacto, Teodato Hunguana começou por corroborar com as afirmacoes do doutrinario Teodoro Waty, que disse que a decisao da Comissao Nacional de Eleicoes so peca por ser tardia, abortando a ‘decolagem com o aviao quase no fim da pista’.
“Eu vou mais longe ainda”, asseverou Teodato Hunguana, sublinhando que o calendário eleitoral so deveria comecar a ser posto em marcha depois da aprovação de toda a legislacao a reger o processo, porque “a propria alteracao do quadro legal, depois da marcação da data de eleicoes, viola o principio da legalidade”.
Sobre o principio da legalidade, o numero 3 do artigo 2 da Constituicao estabelece que “o Estado subordina- se a Constituicao e funda-se na legalidade”. Assim, por maioria de logica, so depois da aprovação de todo pacote legislativo o Governo deveria convocar as eleicoes. Com base no entendimento expresso  por Teodado Hunguana, “nao podem o c o r r e r a l ateracoes do quadro legal que governa as eleicoes no periodo entre a marcacao da respectiva data e a sua realizacao, sob pena de se impor o reajustamento desta data”.
Para Hunguana, “no nosso Pais ainda nao se assumiu plenamente o principio da supremacia absoluta da Constituicao, antes esta-se numa fase de recorrente e perigosa relativizacao”, razão pela qual, “so se pode esperar que a presente indecisao, ou suspensao, não se prolongue indefinidamente”.
Nesta ideia-base, Hunguana ainda acredita que “a marcacao da nova data para a realizacao das eleicoes tera de ser feita de acordo com os prazos legais que a marcacao obedece”. E entendimento do trilhado em direito que depois de se alterar a constituicao, qualquer hesitacao em implementar essa alteracao, acaba por constituir uma flagrante inconstitucionalidade, por omissao de conformação legal com a mesma constituicao. O interlocutor  se referia, sem sombra de duvida ao facto de a Assembleia da Republica (AR) nao ter realizado a sessão que apreciaria e aprovaria a legislacao ordinaria para conformar o pacote eleitoral a alteracao constitucional operada em funcao do acordo entre o Presidente da Republica, Filipe Nyusi e o antigo lider da Renamo Afonso Dhlakama. Em relacao ao posicionamento da bancada parlamentar da Frelimo, a maioria no orgao legislativo-mor, nao poderia ter sido menos incisivo e disparou: “arrepia-me a ideia de que a conformação com a Constituicao possa constituir moeda de troca em qualquer negociacao”. Contra o que pode parecer bipolarizacao de negociação do modelo de descentralização e desconcentracao, envolvendo a Renamo e Governo dirigido pela Frelimo, Hunguana sublinhou que “a descentralização nao e interesse ou programa de um determinado partido” mas sim “interesse e programa de consolidacao do Estado mocambicano, que por varias circunstancia sofreu paragens e retrocessos”, mas que nem por isso deixou de ser, cedo ou tarde “o caminho incontornável para a consolidacao do nosso Estado nas condicoes de hoje”. “Por isso, nao e estranho que haja consensos para se introduzir alteracoes a Constituicao com esse ob-jectivo. O que e estranho e que depois nao haja consensos para se implementar as alteracoes”desanuviou.(ZB)

Chico-espertismo?



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Se a situação no Movimento Democrático de Moçambique (MDM) já era difícil, não ficou melhor. Com a saída de Venâncio Mondlane para a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) já se falava num partido em crise. Agora, Manuel de Araújo anunciou que já não será cabeça de lista pelo partido no município de Quelimane. Segundo a imprensa local, o político prepara-se para ingressar na RENAMO.
O jornalista e analista político moçambicano Fernando Lima, que concorda que este é um "golpe duro para o MDM". Para o analista, o principal problema é que a saída de altos quadros do MDM para a RENAMO põem em causa possíveis coligações para derrotar a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) nas eleições. Contudo, Fernando Lima defende que os partidos não podem depender de pessoas de importância, e que o MDM ainda tem uma forte base de apoiantes com que ainda pode contar.

WD - O que se passa o MDM?
Resultado de imagem para manuel araujo na renamoFernando Lima (FL): O que se passa é que tem havido uma grande deserção de pessoas conhecidas, de pessoas colunáveis, mas também de militantes de base. E o último nome a ser conhecido é o de Manuel de Araújo. Penso que é um duro golpe para o MDM, porque perde pessoas notáveis, com grande capacidade, num momento particularmente complicado, porque estamos à beira das eleições autárquicas. Mas, tal como disse recentemente o líder do MDM [Daviz Simango], os partidos não se podem formar na base de pessoas colunáveis, têm de ser formados por militantes, pessoas que fazem o trabalho do partido, que se devotam a uma causa partidária, que acreditam nas diretivas e ideologia do partido. É isso que o MDM tem de fazer.

WD - Qual o futuro do MDM? O que se pode esperar do partido?
FL: É um teste muito duro que o MDM vai ter de enfrentar. O MDM poderia ter feito uma coligação com grande potencial com a RENAMO, uma coligação entre os dois principais partidos da oposição. Penso que, neste momento, com estas deserções e com o facto de a grande maioria das deserções ter apenas um único destino, a RENAMO, duvido que esta possível coligação ainda possa acontecer, mesmo, nos casos pontuais em que se chegar à conclusão que, num determinado município, deveria haver uma coligação para enfrentar o candidato do partido FRELIMO. É um golpe muito, muito duro para o MDM.

WD - Sem essa possibilidade de coligação, o cenário para as eleições autárquicas é mesmo negativo?
Resultado de imagem para manuel araujo na renamoFL: Eu diria que é difícil, mas também diria que o MDM tem de aprender das suas lições de luta política, ou seja, compreender que a política não se faz apenas de pessoas que chegam diretamente para ocupar cadeiras disponíveis em termos de poder, em termos de Parlamento, em termos de autarquia, mas que devem corresponder a um outro tipo de luta e de militância mais profundo, o que não é o caso destas pessoas que abandonaram o MDM, porque são pessoas de militância e de adesão recente ao MDM.


WD África- Tem alguma ideia das motivações que levam estas pessoas, como Manuel de Araújo, a sair do MDM para a RENAMO?
FL: De acordo com essas pessoas, todos eles falam em falta de democracia interna no MDM. Há, claramente, um problema interno no MDM em termos do debate de ideias, do próprio funcionamento das estruturas, o que terá levado ao descontentamento destes indivíduos. O MDM, também pela natureza dos próprios estatutos, é muito centrado na figura de Daviz Simango, o atual edil da cidade da Beira. Este é outro desconforto para estas pessoas que gostariam de sentir mais democracia interna no MDM. Mas, a questão de fundo, claramente, são problemas ligados com a própria natureza das personalidades que abandonaram o partido.
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WD -  Acha que Daviz Simango está a ficar isolado na liderança do partido?
FL: Não, não penso que ele esteja isolado. Não confundo o partido com o facto de meia dúzia de figuras sonantes terem abandonado o partido. São golpes políticos significativos no MDM, mas o MDM tem centenas de milhares de pessoas que votam MDM e não me parece que a existência de tantos milhares de apoiantes do MDM torne o engenheiro Daviz Simango solitário na liderança.