Uma comunidade localizada no povoado de Capitine, no posto administrativo de Mapulanguene, no distrito de Magude, na província de Maputo, recusa-se a habitar em casas melhoradas destinadas ao reassentamento de famílias que vivem, na área próxima do Kruger Park, junto á fronteira com a vizinha África do Sul.Actualmente, o grupo constituído por 28 famílias está a viver numa zona que frequentemente é atacada por animais bravios idos daquele parque, com destaque particular para elefantes, leões, leopardos, entre outros considerados perigosos. Como forma de reduzir os ataques por animais bravios, o governo decidiu ceder, a um total de sete operadores turísticos, esta área com cerca de 1.500 hectares ao longo da fronteira, num percurso de 82 quilómetros para o estabelecimento de fazendas bravias.A condição imposta depois de consultadas as comunidades foi a de que os operadores turísticos deviam construir casas melhoradas numa outra zona para reassentar as populações que residem dentro da circunscrição territorial e cercar a área com uma rede electrificada para que os bichos não consigam atravessar.No quadro dos contratos estabelecidos com o Governo, segundo escreve o “Diário de Moçambique”, o grupo de operadores turísticos teve que reassentar as 28 famílias que residiam no local, urbanizar e construir casas melhoradas de tipo três, furos de água, uma escola e um posto de saúde. A outra porção da área foi cedida à Açucareira de Xinavane para o desenvolvimento de um projecto turístico denominado Masitonto Ecoturismo.Fonte da Açucareira de Xinavane disse que ao longo das conversações a população acolheu com agrado a ideia, tendo na altura a empresa dado 10 mil meticais para que cada família se organizasse melhor antes da conclusão das casas de reassentamento.Agora, segundo a fonte, chegada a hora da mudança este grupo de 28 famílias recusa-se a sair o que leva a acreditar que terão sido agitados por algumas pessoas que têm interesse na zona.Sobre o assunto, a Governadora da província de Maputo, Maria Jonas, que visitou a comunidade explicou que essa recusa da população em viver de forma organizada resulta de desinformação protagonizada por moçambicanos residentes na vizinha República da África do Sul com interesses no local.Segundo ela, a solução para resolver o problemas é conversando, tendo anunciado para breve o envio de brigadas para a região que vão conversar para convencer a comunidade a viver junta e não separadamente como pretendem.A governadora explicou que os projectos de ecoturimo que estão a ser instalados no local estão já a criar infra-estruturas e postos de trabalhão que vão impulsionar o desenvolvimento local.
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