quarta-feira, outubro 31, 2018

Fazer o quê mesmo?

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Agora que a LAM está dar ares animadores, a companhia precisa de uma clara proteção do Governo e de todos os atores relevantes do Estado. A vinda da Ethiopian, com operações a iniciarem a 1 de Dezembro, pode ser boa para o utente mas não deve ser perniciosa para a LAM.  Sobretudo agora que se começa a provar que, quando bem gerida, ela pode ser mais eficiente e pontual. Mas a Ethiopian está a beneficiar da falta de pensamento estratégico do nosso Estado. Isso de pensar estratégico podia ser desencadeado por um IGEPE que, em vez de incursões na gestão operacional das empresas públicas, se posicionasse como motora de reformas conducentes à melhoria do ambiente de negócios especifico de casa empresa em dificuldades, se esse ambiente for agora desfavorável para a sua recuperação. O que se passa com a LAM é justamente isso. Quando ela está a dar mostras de que pode recuperar, o ambiente à sua volta é cada vez mais desafiante, favorecendo uma companhia de bandeira estrangeira. 
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A coisa mais grave tem a ver com o time slot atribuído a Ethiopian Airlines Mozambique nos voos domésticos a partir de Maputo. Seu horário tem uma diferença de apenas 10 minutos com o da LAM. Se um voo da LAM para Pemba parte as 7.00 horas, o da Ethiopian Airlines Mozambique parte as 7.10 horas. Isso é demasiado apertado. Assim, a LAM perde passageiros na certa. E essa é a estratégia da Ethiopia: sugar no máximo o tráfego da LAM. Para isso ser evitado, o espaçamento devia ser maior, o que também daria mais opções de horário aos utentes (nos voos para Johanesburgo a partir de Maputo, o espaçamento é de 30 minutos mas mesmo assim continua apertado).Por outro lado, essa proximidade dos voos da LAM com a Ethiopian foi pensada sem se olhar para as condições concretas do equipamento disponível em determinados aeroportos locais. 
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Na Beira, o aeroporto só tem duas escadas para as portas traseira e frontal. Os passageiros do avião que chegar em segundo plano vão ter de esperar. Importar escadas para avião não é de um dia para o outro (e têm de vir da América do Norte, da Europa ou da Ásia).
Imagem relacionadaE em Nampula, a sala de embarque é tão minúscula que os passageiros vão se sentir como se estivessem num “my love”. São coisas para rever. Mas a Ethiopian parece que caiu nas graças de nossas autoridades. Ela devia ter escritórios em Maputo como Ethiopian Airlines Mozambique, como manda a lei, mas já está a vender bilhetes nos balcões da Ethiopian Airlines.  E nas vendas online, como no site Expedia, quem comprar um bilhete vai se confrontar com um facto falso e estranho: que o voo Maputo-Pemba, por exemplo, é da “Ethiopian Airlines operated by Malawian Airlines”. 
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Há muitas coisas que não batem certo.  Por último, a entrada da Ethiopian foi propagandeada como uma forma de se começar a viabilizar o Aeroporto de Nacala. No booking online, a Ethiopian não mostra ter voos para Nacala, apenas para “Nampula, near Nacala”. De resto, sem um hospital geral, Nacala não pode ainda comportar voos internacionais, como mandam as regras. A LAM, o Instituto Nacional de Aviação Civil e a empresa Aeroportos de Moçambique podiam pensar estrategicamente em conjunto como entidades do Estado, sob facilitação do IGEPE, e encontrar formas de proteger a companhia de bandeira sem matar a concorrência. Isso não está a acontecer.

(M.M.)

terça-feira, outubro 30, 2018

Avaria dos instrumentos de velocidade?

Resultado de imagem para boeing 737 max 8 LIONA agência de busca e resgate da Indonésia não acredita que haja sobreviventes após a queda do avião da Lion Air no mar ao norte da ilha de Java. A aeronave, com 189 pessoas a bordo, perdeu contato 13 minutos depois da
decolagem do Aeroporto de Jacarta, na manhã desta segunda-feira (29, horário local).
"Precisamos encontrar os principais destroços. Eu prevejo que não haja sobreviventes, com base em partes do corpo encontradas até agora", disse Bambang Suryo, diretor operacional da agência, segundo a Reuters.O avião da companhia é um Boeing 737 Max 8, um modelo relativamente recente. De acordo com o site FlightRadar24, a aeronave foi entregue à Lion Air em agosto deste ano.O voo, de prefixo JT-610, faria a rota Jacarta - Pangkal Pinang, que duraria pouco mais de uma hora. Segundo o funcionário da companhia aérea Nur Andi, citado pela BBC, ele decolou às 6h20 e o último contato aconteceu às 6h33 (13 minutos depois).A última posição da aeronave foi registrada a 15 km ao norte da costa da Indonésia, de acordo com uma referência do Google Maps e também coordenadas relatadas pelo Flightradar24.Os dados preliminares de rastreamento de vôo do Flightradar24 mostram que a aeronave subiu para cerca de 5.000 pés (1.524 m), chegou a perder altitude, mas a recuperou, antes de finalmente cair no mar.O acidente é o primeiro que envolve o Boeing 737 MAX, uma versão atualizada e mais eficiente da aeronave. Os primeiros jatos Boeing 737 MAX entraram em serviço em 2017. A subsidiária malaia da Lion Air, Malindo Air, recebeu a primeira entrega global.Na foto , o relatório do avião Boeing acidentado onde é possível verificar que a tripulação do voo antecedente reportara problemas com os indicadores da velocidade.

segunda-feira, outubro 29, 2018

E o PT criou Bolsonaro agora Presidente !

O recado da sociedade é inequívoco: em busca do novo, tentando enterrar a política do compadrio, da corrupção e da mentira disseminada pelo lulopetismo, o BRASIL elegeu como presidente Jair Bolsonaro, antagonista que o próprio Lula gerou.
Foi durante um pesadelo que a escritora inglesa Mary Shelley buscou a inspiração para, aos 19 anos, escrever a obra prima da literatura de horror. No livro, o médico Viktor Frankenstein ousa brincar de Deus recriando a vida a partir de uma criatura que constroi a partir de partes de corpos humanos. Logo, porém, o médico percebe que o ser que julgava ter criado era na verdade uma criatura que, logo no primeiro momento após a vida, se voltaria contra seu criador. Há um parentesco óbvio entre a obra de Mary Shelley e o desenlace da disputa presidencial.
Em boa parte, foi o PT quem engrossou o caldo de cultura responsável pela  eleição de Jair Bolsonaro, candidato do PSL. O ex-presidente Lula, que já se comparou a Jesus Cristo, fez de tudo para transformar o pleito numa eleição polarizada. Acabou gerando sua própria antítese, que se revelou nas urnas um líder de massas, como ele. Inicialmente, Lula imaginava que o eleitorado brasileiro iria ungí-lo novamente. Sabendo que não poderia ser candidato, com base na Lei da Ficha Limpa, sancionada por ele mesmo quando presidente, considerou que conseguiria transferir sua popularidade para um preposto, como fez com Dilma Rousseff em 2010 e Haddad em 2018. Posaria de vítima, reafirmando que sua prisão era política. Ao final, apostava que essa narrativa seria consagrada nas urnas. Era a eleição plebiscitária com que sonhava. Ao contrário da Justiça, que o condenava, as urnas, acreditava, o absolveria. De roldão, viriam juntos absolvidos todos os demais petistas condenados e denunciados.