segunda-feira, junho 29, 2020

"MAX" jogando na sorte


Boeing 737 MAX 8 proibido de voar no espaço aéreo europeu - W360.PTDepois de vários acidentes fatais em 2019, a Boeing recebeu a aprovação da Administração Federal de Aviação (AFA) dos Estados Unidos para iniciar testes do controverso modelo 737 Max, para demonstrar que pode voar em segurança com o novo 'software' de controlo de voo.
Os voos de teste do 737 MAX, que podem começar já esta segunda-feira, de acordo com a imprensa americana, são decisivos para que a empresa garanta que os seus aviões mais vendidos possam voar novamente. O modelo 737 MAX deixou de voar em março de 2019, depois de acidentes fatais, na Indonésia e na Etiópia, que vitimaram um total de 346 pessoas. A crise custou vários mil milhões de dólares à Boeing, incluindo as compensações a pagar às vítimas e às companhias aéreas. O caso que também levou à demissão do diretor executivo da empresa, levantou dúvidas sobre a solvência da empresa e suspeitas em relação à supervisão relacionadas com a velocidade com que foi aprovado o MAX.
Boeing reconhece defeitos no software do simulador de voo do 737 ...Os voos de certificação, realizados por pilotos da FAA, devem provavelmente ocorrer na área de Seattle, onde o avião tem vindo a sofrer alterações. Um dos principais pilotos de teste da Boeing também vai integrar os voos.
"Espera-se que os testes levem vários dias e vão incluir uma ampla gama de manobras de voo e procedimentos de emergência para permitir que se avalie se as mudanças atendem aos padrões de certificação da FAA", disse a agência num email enviado domingo à comissão de supervisão do Senado e da Câmara dos Representantes. Se os voos forem bem-sucedidos, ainda poderá levar meses para que as aeronaves voltem aos céus, até porque se a FAA identificar mais problemas, a Boeing pode ainda precisar de fazer alterações adicionais.

terça-feira, junho 23, 2020

Dia Internacional da Função Pública


Presidente da República diz que conta com a criatividade de todos para superar os desafios actuais.

O Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, fez este pronunciamento através de uma publicação na sua página oficial do Facebook, por ocasião da celebração hoje, 23 de Junho, do Dia Internacional da Função Pública, sob o lema “Acção Hoje, Impacto Amanhã: Inovando e Transformando as Instituições e os Serviços Públicos para o Alcance dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável”.
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Na referida publicação, o PR apresentou como principais desafios os efeitos do coronavírus, dos ciclones IDAI e Kennedth, bem como os ataques armados que têm sido registados à norte de Cabo Delgado e no Centro do país. "A nossa situação socioeconómico, que já era grave por causa do impacto dos ciclones IDAI e KENNETH, defronta-se com actos bárbaros dos terroristas na província de Cabo Delgado e ataques armados na zona centro do país" afirmou o PR , que diz acreditar que o empenho de todos será determinante para ultrapassar os desafios.

"O Governo conta com a criatividade, dedicação e a capacidade técnica de todos para a superação destes desafios, bem como para o sucesso do processo de descentralização em cursos na nossa Administração Pública", declarou Nyusi.

Intimado a usar máscara


A Justiça Federal publicou hoje uma decisão que obriga o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a usar máscara quando estiver em locais públicos do Distrito Federal. Caso o presidente descumpra a regra, será multado em R$ 2 mil.
No Distrito Federal o uso de máscaras é obrigatório desde 30 de abril. O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, por exemplo, foi multado em R$ 2 mil por desrespeitar a regra. No entanto, o presidente nunca havia sido punido por desrespeitar a regra.


A decisão foi tomada após uma ação civil pública movida por um advogado.
Além de Bolsonaro, colaboradores do governo também deverão usar máscara enquanto estiverem trabalhando. Em caso de descumprimento, a multa diária será de R$ 20 mil. A fiscalização será de responsabilidade do Distrito Federal. A justificativa da ação é de que a União e o próprio Distrito Federal tem conduta omissiva diante da “conduta irresponsável do presidente” e a falta de punição tende a “esvaziar em boa parte as medidas de prevenção adotadas, fazendo com que o Distrito Federal, que tem um dos mais baixos números de mortos, passe a assistir um incremento desde infausto indicativo”.

Jair Bolsonaro já foi visto circulando sem máscara pelo Distrito Federal em diversas ocasiões, como por exemplo quando compareceu a manifestações em favor do presidente em frente ao Palácio do Planalto.


fazer demorar

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Naquele sossego, a única coisa que apetece é fazer demorar o tempo.

Mia Couto



Precisa-se resposta eficaz


As forças de defesa e segurança moçambicanas continuam a conter uma crescente insurgência na zona norte do país, onde a violência matou centenas de civis e forçou milhares a fugir de suas casas.
Especialistas dizem que insurgentes islâmicos exploraram queixas sociais e económicas da população local numa região rica em recursos naturais.
JOSÉ MATEUS MUÁRIA KATUPHA, Ph“Os insurgentes parecem crescer em áreas onde a população com menos oportunidades  , particularmente jovens, que em alguns casos venderam o pouco que tinham e foram juntar-se aos grupos (armados)”, disse José Mateus M. Katupha, professor adjunto na Universidade Eduardo Mondlane, em Pemba, capital da província de Cabo Delgado, durante um seminário on-line realizado pela Chatham House, um think tank com sede em Londres.
Katupha disse que militantes islâmicos foram capazes de estabelecer “uma rede eficiente de logística e recolha de informações formada por jovens inseridos na comunidade.”Ele acrescentou que essas redes fornecem informações críticas sobre o movimento das forças de segurança do governo na região.

活動内容 | ACTIVITIESAlguns especialistas argumentam que desde o início da insurgência em Cabo Delgado, o governo de Moçambique não conseguiu identificar as causas profundas da radicalização naquela parte do país.
“O governo não deve impedir o trabalho de jornalistas, pesquisadores e grupos da sociedade civil para coletar a história completa de ambos os lados do conflito, a fim de entender as causas do problema", disse Liazzat Bonate, professora da Universidade West Indies em Trinidad e Tobago. Bonate alegou que as autoridades moçambicanas procurarm ajuda incluindo de empresas privadas de segurança e mercenários, “em vez de se envolverem com seus próprios cidadãos. Se a situação piorou nos últimos três anos, isso indica que provavelmente as estratégias do governo estavam erradas ”, disse Bonate.

Outros especialistas salientam que as forças armadas moçambicanas tiveram dificuldades em fornecer segurança adequada no norte de Moçambique. Quando os militantes atacaram os distritos de Mocimboa da Praia e Quissanga no final de março, os militares moçambicanos não puderam defender as áreas, onde os insurgentes assumiram brevemente o controle dos edifícios do governo.
Attorney General has the hardest job in Mozambique – Alex Vines ... Vines, diretor do programa da África na Chatham House, disse que a atual crise de segurança exige que o governo desenvolva estratégias de curto, médio e longo prazo. “Após uma série de contratempos em abril, o governo adiou a insurgência. E há sinais de alguma melhoria tanto internamente, como também de obter ajuda dos vizinhos, e particularmente da Tanzânia, para os esforços de contra-insurgência ”, disse ele. A Tanzânia, que faz fronteira com Cabo Delgado ao norte, enviou tropas recentemente para a área de fronteira para impedir o alastramento da violência na província norte de Moçambique. Alguns dos militantes que lutam em Moçambique são cidadãos da Tanzânia. Segundo informações, Moçambique também esteve em conversações com a vizinha África do Sul para possível apoio no combate aos militantes.
CIMEIRA DE INVESTIMENTO REINO UNIDO-ÁFRICA: Novas rotas para ...Durante a Cimeira Reino Unido - África, em janeiro, o presidente moçambicano Filipe Nyusi pediu assistência estrangeira para combater a insurgência. Este mês, ele solicitou novamente apoio regional. A longo prazo, "o governo precisará melhorar as unidades militares implantadas e concentrar-se no desenvolvimento da comunidade", disse Vines, acrescentando que Moçambique pode aprender com conflitos semelhantes em outras regiões, como o Sahel, os Grandes Lagos e o Médio Oriente .
"Obviamente, há uma necessidade a curto prazo de uma resposta militar eficaz à insurgência, mas a longo prazo, isso precisa ser apoiado por uma estratégia eficaz de desenvolvimento que reduza a pobreza, forneça empregos e mostre que o estado oferece bens públicos", ele disse.


Pedro Esteves, do Africa Monitor em Lisboa, tem opiniões semelhantes.
“Primeiro, temos que resolver o problema militarmente. Mas, então, precisamos de abordagens políticas e humanitárias ”, afirmou ele durante o webinar. Esteves acrescentou que é necessário apoio regional, "mas há muitos fatores domésticos e internos que influenciam o que está a acontecer em Cabo Delgado. Portanto, a solução deve ser interna” frisou.

Ele, Tony Blair...

Não é a “lobystas” como Tony Blair, pagos a preço de ouro por grupos económicos com interesses em África, que se desloca pelo mundo em jacto privado (no meio de tanta pobreza), promovendo suas agendas obscuras, que Moçambique deve ouvir quando se trata de discutir como resolver o problema de Cabo Delgado. Tony Blair não representa mais do que interesses empresariais e qualquer sugestão que ele faça terá esse cunho empresarial e uma perpectiva de ganhos económicos. Uma questão interessante era saber mesmo quem lhe pagou para sugerir a “militarização regional” de Cabo Delgado. Polvilhar a zona do gás do Rovuma com tropas estrangeiras numa escalada militar implica, da parte dos investidores, proteger severamente Afungi, abrindo caminho à criação de um gigantesco “compound” inacessível ao cidadão. Será este o caminho?

[Já em Dezembro, a Total mandou vir um antigo general do exército francês, Frédéric Marbot, para liderar sua força de segurança (um investimento que, esperamos, não venha fazer parte dos "custos recuperáveis" do projecto que a gigante francesa lidera em Palma). Este, é aliás, um prisma alternativo para compreender a toda movimentação militarizante à volta do gás do Rovuma.]
Voltando a Tony Blair, é completamente estranho como ele volta a imiscuir-se em matérias onde sua intervenção foi desastrosa no passado. Em 2003, quando era Primeiro Ministro britânico, Blair (apoiando George W. Bush) usou das falsas alegações das armas de destruição em massa para promover uma trágica invasão ao Iraque, com toda a vergonha de pilhagem de recursos que se seguiu a isso.

Entre 2001 e 2007, ele apoiou ferverosamente Muamar Kaddafi, na Líbia, buscando suporte na luta contra “militantes islámicos” em África e no Afeganistão. Iraque, Líbia e Afeganistão continuam em guerra até hoje.

Ele, Tony Blair, tem sido um bom sinónimo do mau agoiro. Mas não se demove.
Na sua empreitada para intervir sobre Cabo Delgado, através do seu Instituto Blair, Tony goza de uma logística altamente onerosa. Vem a Moçambique sempre que lhe apetece, secretamente. A última vez foi a 1 de Dezembro. O PR Filipe Nysi estava em Nampula. Ele tratou de voar para a capital do Norte, no seu jacto, para uns “dedos” de conversa com Nyusi. Ele não promove a transparência. Virou um “lobysta” a favor capitalismo britânico, com enorme ambição de encaixar nos negócios das extractivas em Moçambique. A quem é que ele representa?