quarta-feira, dezembro 09, 2009

FLUFLU...FLAmorim

Pela primeira vez em 114 anos de história, o Flamengo elegeu uma mulher, a ex-nadadora olímpica Patrícia Amorim, para o cargo de presidente do clube, um dia após ganhar o Campeonato Brasileiro depois de 17 anos de jejum. A dirigente, que recolheu 792 votos, num universo de 2338, foi nadadora do clube.A nova presidente bateu Dumbrosck, que assumiu a presidência interinamente depois de o antigo presidente Márcio Braga deixar o cargo. Mas para que isso acontecesse, Patrícia Amorim diz que teve de ultrapassar várias barreiras: «Ser a primeira mulher presidente do Flamengo, o maior clube do Mundo, é melhor do que qualquer sonho que eu pudesse sonhar. Apostei na coerência e na crença de que ser ¿rubro-negro¿ é respeitar o outro. Passei por vários preconceitos. Por ser mulher e por ter vindo dos desportos olímpicos. Mas aprendi a vencer dentro do Flamengo.» O seu primeiro acto como presidente será renovar o contrato com o treinador, apontou: «O Andrade vai continuar. É só manter a base e trazer alguns reforços.» Vereadora do Rio, Patrícia assume o cargo por três anos a partir de Janeiro e já antecipou que pretende recuperar a sede do clube, praticamente abandonada, e dar força aos "esportes olímpicos" (ou seja, todas as modalidades, com excepção do futebol), adoptando um modelo de gestão moderno. O maior desafio é a dívida de aproximadamente R$ 350 milhões, segundo cálculos recentes do ex-presidente Márcio Braga, que se afastou da direcção há oito meses por problemas de saúde. Como atleta, Patrícia bateu 29 recordes sul-americanos, conquistou 28 títulos de campeã brasileira nos 200, 400, 800 e 1.500 metros livres entre 1983 e 1989 e participou dos Jogos Olímpicos de Seul em 1988.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Aquino de Bragança

Aquino de Bragança, goês, figura proeminente no cenário tri-continental, dedicou toda sua vida à libertação dos povos – primeiro indiano, e após a libertação desse, emprestou toda a sua capacidade para a libertação dos Povos Africanos, nomeadamente as Ex-colónias portuguesas: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo-Verde, S. Tomé e Príncipe e Timor.Participou na Luta contra o sistema colonial Português, mantendo-se ao lado dos Portugueses de Portugal, homens de boa-fé, alguns exilados na Argélia, que lutavam para se libertarem do fascismo que os subjugava ao longo de 40 anos.Viajou mundo e acompanhou a mente das pessoas onde o seu barco o encaminhou.Conheceu os homens através das suas próprias culturas e os respeitou, sabendo-se integrar nelas quando em vivências prolongadas. Viveu no exílio em Marrocos onde os seus dois filhos nasceram de 1958 a 1962 e de 1962 a 1974 na Argélia onde se empenhou nas lutas da Libertação e onde Marcelino dos Santos, ele, o Mário de Andrade e outras fundaram a CONCP.Embora, sempre virado para a linha da esquerda, estudou e acompanhou a evolução dos dois blocos imperativos, sempre se confrontando nos momentos vitais do percurso da libertação dos Povos oprimidos do mundo.

Aquino de Bragança (6.04.1924 – 19.10.1986)Curriculum vitae. Recolha feita por Sílvia Silveira, com o apoio de amigos do Aquino. 1924 Nasce em Badem, Goa.
1940 Termina o Curso Secundário no Liceu Nacional de Afonso de Albuquerque, em Panjim, Goa.
1945 Curso de Engenharia Química
em Darwar, Índia
1947 Desloca-se a Moçambique, com a intenção de aí arranjar emprego. Aba
ndona a ideia, desiludido com as atitudes racistas da governação fascista. 1948 Parte de Lourenço Marques para Portugal onde se encontra com Orlando da Costa (Escritor).
Em Lisboa conhece, também, o medico Arménio Ferreira, na casa dos Estudantes do Império.
1951 Fixa-se em Grenoble, onde faz estudos superiores. Convive com Roger Garaudy e outros intelectuais da esquerda. Inicia as suas actividades antifascista
s, e começa a colaborar nos movimentos de libertação dos países colonizados, da Africa e da Ásia.Em Grenoble. Encontra-se com Marcelino dos Santos (no dia 15 de Out). Faz amizade com Pierre Burg, Presidente da Associação de Estudantes de Grenoble, e através deste com Franz Fanon. Encontra-se pela primeira vez com Guy Penne, Presidente da Associação Nacional dos Estudantes de França, hoje senador vitalício.Dinamiza as actividades de formação política dos estudantes das colónias. 1954 Fixa-se em Paris. Reside durante algum tempo na Casa do Marrocos, na Cidade Universitária. Conhece Mário de Andrade, e inicia-se uma amizade e uma colaboração mútua na luta dos movimentos nacionalistas africanos, que duraria até ao fim da sua vida. Conhece também o filho do Rei do Marrocos, Hassan, que era estudante em Paris nessa altura.Tem um papel activo nas manifestações anticolonialistas dos estudantes das colónias, e na sua formação doutrinária e política.Insere-se nos meios intelectuais, e relaciona-se com Nicolas Guilhaum (Historiador); Castro Soromenho (escritor e Professor de Sociologia Africana da Universidade de São Paulo); Pierre Jorge (Historiador de Ciências Políticas); Henri Lefebre (Historiador do Instituto de Ciência Políticas), Jean Paul-Sartre, e outros.Conhece Ben Barka em Paris, e torna-se seu grande amigo. Conhece também Ben Bella (?). 1957 Fixa-se em Marrocos, com a permissão do Rei Mahomed V, e desempenha as funções de Secretário de Redacção do jornal sindicalista marroquino “ Al Istiklal”.Exerce, também, as funções de secretário particular de Mhody Ben Barka (dirigente nacionalista marroquino, com quem fizera amizade em Paris). 1958 Casa-se com Mariana Bragança (em Marrocos ), de quem tem dois filhos: Radek e Maya. 1959 Nasce o primeiro filho Radek, em Setat, a 30 de Novembro.Vive em Marrocos de 1957 a 1962. Nasce a sua filha Maya em Rabat a 1 de Março de 1962. 1961 Participa na fundação da CONCP, (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas), de 18 a 20 de Abril, em Casablanca, como representante do partido do Povo de Goa juntamente com George Vaz. É eleito secretário da Organização; e Marcelino dos Santos, Secretário-Geral; Mário de Andrade, Presidente do Conselho Consultivo; João Cabral, Secretário Administrativo e Aristides Pereira, Secretário para a Tesouraria.Acompanha Amilcar Cabral em várias missões delicadas. Participa no assim designado “contrabando de armas do PAIGC em Marrocos”.Encontra-se com Nelson Mandela, em Marrocos, em1962 de quem se torna amigo e admirador. 1962 Fixa-se na Argélia, onde é co-fundador do semanário “ Revolution Africaine” e colabora no jornal diário “El-Moudjahid”. Vive na Argélia de 1962 a 1974.É objecto de um mandato de captura emitido pela PIDE, com a data de 14 de Março de 1962. Toda a sua actividade passa a ser objecto de vigilância e relatórios periódicos, da PIDE. 1965 Participa na 2ª Conferência da CONCP, em Dar-es-Salaam, presidida por Agostinho Neto e secretariada por Mário de Andrade, Aquino Bragança e Amália de Fonseca. É autor, e co-autor com Pascoal Mocumbi e Edmundo Rocha, de alguns documentos presentes nessa Conferência ( ”A situação Política em Portugal; Luta da Libertação das Colónias Portuguesas”, etc) 1969 Torna-se comentador habitual do AFRICASIA, mais tarde Africa-Asie, dos assuntos das colónias Portuguesas, a convite de Simon Malley.Escreve, com Immanuel Wallerstein, a obra “Quem é o inimigo?”.
De 1962 a 1974, na Argélia.Torna-se o porta-voz das lutas de libertação das colónias portuguesas, e teori-zador da emancipação das colónias da Africa. Toma iniciativas, e participa activamente em todas as actividades destinadas a colocar o problema das colónias, na ordem do dia dos temas internacionais.
Obtem apoios internacionais para essas lutas.

Desempenha um papel importante no apoio logístico aos movimentos de liber-tação.
Nesta actividade entra, obviamente, em contacto com os líderes dos movi-mentos, de quem se torna amigo, e muitas vezes conselheiro. Assim acontece com Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Ben Bella. Também conhece alguns anti-fascistas portugueses: Piteira Santos, Manuel Alegre, e outros.É co-fundador da Escola de Jornalismo na Argélia, onde ensinava Sociologia do Jornalismo.
1974 Na sequência da Revolução de 25 de Abril, opta por colaborar na construção do país independente, Moçambique.Em Maio (1974) é enviado a Lisboa, em missão especial, por Samora Machel, para identificar as individualidades com quem se devia negociar a Indepen-dência.Contacta com o jornalista do Expresso, Augusto Carvalho, que o põe em contacto com Melo Antunes. (Cria laços de grande amizade com os d
ois). Através de Melo Antunes conhece os principais elementos do MFA, e estabelece contacto com outros políticos relevantes, entre os quais Mário Soares, com quem já havia estabelecido relações estreitas em Paris.Ainda em Maio (1974) é recebido em audiência pelo Ministro da Comuni-cação Interterritorial, Dr. Almeida Santos. Foi o primeiro encontro de um membro do governo democrático português com um porta-voz dos movimentos de libertação.
Nesse mesmo ano, ele e Joaquim Chissano, começam a trabalhar activamente com Vítor Crespo, em Moçambique, na preparação do Governo de Transição.
Participa nos acordos de Lusaka, (Setembro de 1974), onde desempenha um papel preponderante na negociação com os políticos de Lisboa.Com a intermediação de Augusto Carva
lho, contribui para o desanuviamento das relações entre o presidente Samora Machel e o General Ramalho Eanes, o que facilitou as negociações.Estabelece relações de amizade com o General António Ramalho Eanes durante o primeiro Governo, e participa nas negociações entre Portugal e Moçambique, fazendo várias deslocações a Lisboa para preparar a primeira visita do Presi-dente Ramalho Eanes a Moçambique e posteriormente do Presidente Samora Machel a Portugal em 1983.Passa a ser Conselheiro de Samora Machel, na sequência da sua decisão de não ocupar qualquer pasta ministerial, no Governo de Moçambique . Relaciona-se com Dr. Sá Machado, então Ministro de Negócios Estrangeiros. 1975 Cria o Centro de Estudos Africanos em Moçambique onde desenvolve trabalho de pesquisa sobre a questão Rodesiana, e sobre o nacionalismo no Zimbabwe.
1976 É nomeado Director dos C.E.A.
1978 Participa na reunião de Bissau, em Junho, com Ramalho Eanes, Agostinho Neto e Luís Cabral. 1979 Morre a 23 de Maio a sua primeira esposa, Mariana. 1982 É gravemente ferido num atentado, por encomenda armadilhada, quando trabalhava no CEA, com a Dra Ruth First, que foi vítima mortal. 1983 Encontra-se com Silvia do Rosário da Silveira em Lisboa, a 8 de Outubro. 1984 Casam-se, pelo Registo Cívil, em 22 de Setembro de 1984. Em 23 de Dezembro desse mesmo ano, realiza-se o seu casamento religioso.

Morre em 19 de Outubro de 1986, no acidente de aviação, ocorrido em Mbuzini, Montes Libombos, na África do Sul., que vitimou quase toda a comitiva do Presidente Samora Machel, quando regressava de um encontro com o Presidente da Zâmbia.Nessa altura Aquino preparava uma reunião com o Presidente da Africa do Sul, Peter Botha, para retomar as negociações da Paz entre Moçambique e África do Sul.O ano 2006 foi o marco histórico dos 20 anos do desastre de Mbuzini onde perderam a vida o Presidente Samora Machel e mais 34 companheiros. Aquino encontrava-se nessa fatídica viagem. E, infelizmente nada se sabe de concreto como morreram essas 35 pessoas nesse fatal dia.(fonte:
aquinobraganca.wordpress.com/)

Curioso...

“O irregular e promíscuo funcionamento dos poderes públicos é a causa primeira de todas as outras desordens que assolam o país. Independentemente do valor dos homens e das suas intenções, os partidos, as facções e os grupos políticos supõem ser, por direito, os representantes da democracia. Exercendo de facto a soberania nacional, simultaneamente conspiram e criam entre si estranhas alianças de que apenas os beneficiários são os seus militantes mais activos. A Presidência da Republica não tem força nem estabilidade.O Parlamento oferece constantemente o espectáculo do desacordo, do tumulto, da incapacidade legislativa ou do obstrucionismo, escandalizando o país com o seu rocedimento e, a inferior qualidade do seu trabalho.Aos Ministérios falta coesão, autoridade e uma linha de rumo, não podendo assim governar, mesmo que alguns mais bem intencionados o pretendam fazer.A Administração pública, incluindo as autarquias, em vez de representar a unidade, a acção progressiva do estado e a vontade popular é um símbolo vivo da falta de colaboração geral, da irregularidade, da desorganização e do despesismo que gera, até nos melhores espíritos o cepticismo, a indiferença e o pessimismo.Directamente ligada a esta desordem instalada, a desordem financeira e económica agrava a desordem Política, num ciclo vicioso de males nacionais. Ambas as situações somadas conduziram fatalmente à corrupção generalizada que se instalou…”

O que acabaram de ler não é cópia de nenhum artigo de jornal ou de qualquer revista.
Trat
a-se de parte do primeiro capítulo de um livro agora posto à venda em Portugal e, que data de 1936 de autoria de OLIVEIRA SALAZAR – “ Como se levanta um Estado”. Naquele ano , uma editora francesa negociou com António de Oliveira Salazar a publicação de um livro que, resumindo as opções políticas e a acção governativa do Estado Novo, constituísse o “cartão de visita” do pavilhão de Portugal na exposição internacional de Paris, a realizar em 1937. Este livro praticamente desconhecido durante décadas está já a venda em Lisboa, na sua primeira grande edição em língua Portuguesa.
António de Oliveira Salazar, nasceu em 1889 em Santa Com
ba Dão, uma aldeia de Vimieiro. Era filho de um feitor humilde.Em 1900, depois de completar os seus estudos na escola primária, António Salazar entrou no seminário de Viseu. Em 1908, o seu último ano lectivo no Seminário, tomou finalmente contacto com toda a agitação que reinava em Viseu. Licenciado em Direito, foi nesta mesma faculdade que lhe e concebido o grau de Doutor, na qual viria a ser professor catedrático. Era conhecido por um homem sério, introspectivo, austero, católico e conservador. Foi também António de Oliveira Salazar, que fundou o centro católico português, em 1917. Iniciou o seu cargo como ministro das Finanças em 1928, depois de uma revolução, permanecendo neste até 1932. Foi o político que entre 1932 e 1968 dirigiu os destinos de Portugal, com o cargo de primeiro-ministro. Foi fundador e chefe da União Nacional a partir de 1931. Ele também foi o fundador e principal mentor do Estado Novo, substituindo a Ditadura MIlitar. Também exerceu o cargo de Presidente interino da República, mas somente no ano de 1951.Em 1968, depois de uma vida dedicada a Portugal, Salazar começou a doenças do foro neurológico, e um dia acabou por cair de uma cadeira causando-lhe hematomas cerebrais que se foram agravando ao longo do tempo, acabando por falecer em 27 de Julho de 1970 em Lisboa.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

São Todos Obrigados a Parar (STOP)

Os acidentes de viação decorrem do nosso dia-a-dia, mas parte da responsabilidade desta tragédia que se verifica nos últimos meses nas estradas do país, tem que ser repartida pelos diferentes actores.Porque é que toda a gente tem obrigatoriamente de ter carta de condução? É um direito ou deverá ser um privilégio para os mais capazes?O licenciamento de um negócio è mais complexo do que obter uma carta de condução.Porque é que um indivíduo que comete uma falta grave ou muito grave, há-de continuar a ter carta de condução?Dependendo da gravidade porque não deixá-lo um tempo sem conduzir e depois obrigar a novo exame ,mas a sério. Acredito que o panorama mudava logo.Aliás, quando conduzimos no estrangeiro , a postura ao volante muda logo.São muitos os automobilistas que já fizeram mais de 500 mil kilometros nas estradas moçambicanas e nunca tiveram um acidente. condutores que não não têm a mais pequena noção do que é um carro, acham que ligar o pisca e virar para outra faixa é o correcto. São os mesmos que vem nos espelhos retrovisores como enfeites do carro, a caixa de velocidade só para aumenta-la, e depois pé no travão até bater e nem percebem porque.Se para pilotar aviões é necessário uma serie de testes psico técnicos e motores porque é que para guiar carros não sucede o mesmo?
Seja como for, há a necessidade de pôr um ponto final a este drama.Ora quanto às medidas aplicar, elas existem se bem que só farão efeito se forem tomadas a sério .A educação cívica que todo o condutor deveria ter, só numa escola séria de condução.Analisadas as causas da sinistralidade rodoviária das ultimas semanas apontam para factores que estão dependentes do comportamento dos condutores.É verdade que, se temos um almoço, uma festa em família ou de amigos, a coisa mais natural seja acompanhar a refeição com vinho e que depois venham digestivos ou licores para acompanhar o café, por aí.Não haverá ninguém suficientemente sóbrio para chamar a atenção para as consequências mais trágicas?
Uma coisa é certa; se conduzíssemos dentro das regras e limites exigidos pelo código das estradas, os acidentes seriam isso mesmo, acidentes, situações que acontecem, apesar de termos ou não consciência deles e de tudo termos feito para evitar o pior.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Esteve lá

Os New Jersey Nets voltaram a perder na última madrugada, desta feita diante dos Los Angeles Lakers. Foi a 17.ª derrota em outros tantos jogos na Liga norte-americana de basquetebol profissional (NBA), igualando os registos protagonizados por Los Angeles Clippers em 1999 e pelos Miami Heat em 1988.Mesmo com a mudança de técnico - Lawrence Frank foi demitido na manhã de domingo e já não orientou a equipa diante dos Lakers -, os Nets prosseguiram a série de derrotas. O adversário também não era o ideal para operar qualquer reacção e os Lakers venceram por 106-87.Kobe Bryant (30 pontos, oito ressaltos e sete assistências) e Paul Gasol (20 pontos e nove ressaltos) foram novamente os artífices da equipa de Los Angeles, que, por sua vez, somaram a sexta vitória consecutiva.

terça-feira, novembro 24, 2009

Aprender a fazer

Quando um país tem um novo governante, de imediato passa a viver uma outra era . Moçambique durante a sua história de nação nunca abertamente foi questionado o que seria a governação de um Presidente com a estatura do Dr. Eduardo Mondlane . Na estrutura dos libertadores da pátria o lugar de um liberal erudito entraram auto didactas moldados pelas dificuldades da vida e conhecimento do mundo. O posto ocupado pelo professor universitário passou para as mãos do funcionário público sem muito estudo, legitimado pela decisão da população. Se Moçambique fosse uma empresa, e a contratação do Presidente estivesse nas suas mãos, contrataria?Não é uma questão polémica e nem de actualidade a qualificação das figuras que têm vindo a assumir a presidência do país. Por ser carismático, bom orador, coerente, ter uma vida ilibada, dedicada à causa do povo , e ser grande conhecedor de Moçambique e dos seus problemas, Samora, Chissano parece terem sido homens certos, no momento certo. Mas e a questão da formação académica? Como foi a sua educação? Ostentam diplomas de vários cursos , aliás, alguns até muito bons, mas que não habilita ninguém a dirigir nada. Quanto a formação, ou falta dela, não só destas ilustres figuras , vale a pena que se diga que se aprende a conhecer nos livros, a fazer explorando as habilidades , aprender a conviver comunicando e aprender a ser respeitado com moral e ética. Isto ajuda-nos a compreender o fracasso pessoal e profissional de algumas pessoas estudadas, e o sucesso, às vezes espectacular, de pessoas que não estudaram, como é o caso do saudoso Presidente Samora Machel. Uma pessoa à qual não escapava nada ou quase nada do que acontecia no seu tempo. O homem é um animal político, e ser político é desenvolver a capacidade de viver em sociedade e também de colaborar para o bem estar e para o desenvolvimento dessa sociedade. Aqueles que possuem ou que desenvolvem essa qualidade de forma mais intensa estão autorizados a ocupar cargos de decisão ou de liderança dentro da comunidade a que pertencem. É o caso de um Presidente da República. E aí está a principal diferença entre contratar e eleger. Contratamos objectivamente e elegemos subjectivamente. Joaquim Chissano talvez não fosse contratado, mas foi eleito.Moçambique elegeu Armando Guebuza porque percebeu nele um conjunto de vontades, que são a vontade de liderar, a vontade de beneficiar os outros e a vontade de se superar, e tudo isso acompanhado por um carisma pessoal que é dele por natureza. Esse conjunto de factores foi mais forte que o currículo académico que também era desejável, mas que não foi considerado o mais importante. O engenheiro Daviz Simango demarca-se pela sua formação universitária , mas Guebuza é “anos-luz” mais convincente.É justo que consideremos importante uma formação global para o cargo presidencial, incluindo aí a formação académica. É justo também que depositemos no nosso presidente todas as esperanças, pois ele fez por merecê-las. Não estaríamos a ser justos se diminuíssemos o valor de Armado Guebuza que chegou lá, afinal de contas, e talvez o seu valor seja ainda maior por ter chegado aonde chegou apesar de tudo, incluindo nesse tudo o facto de não ter passado por uma faculdade. Mas também não seria justo sem reconhecer que ele poderia ter construído uma vida académica, sim, durante os últimos vinte anos em que se preparou para ser líder e chegar a Presidente da República. Guebuza pode ser brilhante, e esse brilho é justificado pela sua biografia ao mesmo tempo que justifica essa mesma biografia. Aprendeu a conviver, a fazer e a ser. Ele é um exemplo para a juventude, mas seria ainda maior, se tivesse estudado.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Distrito valoriza Guebuza

Tendo o distrito como expoente máximo da sua governação, o Presidente Armando Guebuza rapidamente permitiu que a esse nível o cidadão comum começasse a sonhar mais alto,no que às suas aspirações diz respeito. Começou por adoptar o distrito de capacidade financeira capaz de sustentar diversos projectos de foro individual e/ou colectivo, bastando simples provas de comprovação junto de um conselho local formado por pessoas consideradas idóneas a esse nível. Em muitos locais este método de potenciar o distrito tem dados resultados fabulosos, fazendo com que, paulatinamente, se saia da penúria em que muitas comunidades se encontram. Esta uma nova estratégia adoptada pelo Presidente Armando Guebuza durante o seu mandato de cinco anos.O segundo elemento mais importante que merece destaque é o facto de o Presidente ter dado continuidade à presidência aberta iniciada pelo seu antecessor, Joaquim Chissano. À iniciativa, Armando Guebuza tratou de lhe aumentar um bocadinho do seu toque, escalando por diversas vezes as localidades e as comunidades lá do interior. Isso fez com que as pessoas apresentassem inúmeras queixas ao Presidente da República, e assim Guebuza foi tomando conhecimento dos problemas apresentados pelos aldeões, muitos deles resolvidos em tempo recorde. Aqui, vale a pena sublinhar o facto de muitos administradores terem sido exonerados nesse âmbito, para a alegria dos aldeões que assim aumentavam a sua admiração pelo Presidente Armando Guebuza, que não precisava dos relatórios para a tomada de decisões.
COMBATE ÀCORRUPÇÃO

O combate à corrupção foi, desde logo, assumido pelo Presidente da República um dos objectivos da sua presidência. Todavia, na praça pública anda de boca em boca que o Presidente Armando Guebuza estaria ligado a
“ene” projectos (negócios), o que lhe tira alguma credibilidade, porque não lhe fica bem. O ideia era que o Presidente da República não se aproveitasse da sua influência para fazer parte de tais projectos, onde eventualmente a Hidroeléctrica de Cahoba Bassa (HCB) aparece como tendo lá acções. Guebuza estaria também ligado ao projecto da Praia de Macia, com investimento estrangeiro. Embora as pessoas não possam apresentar provas, o certo é que essas notícias andam de boca cheia na praça pública. Ora, isso não fica bem para a sua boa imagem, pois as pessoas não vêem isso como empenho pessoal do cidadão Armando Guebuza, mas como mas como resultado do tráfico de influência. O discurso foi abandonado em tempo reais, onde a tendência é de aumento útil. As reformas, essas, é que foram sendo implementadas e os Balcões de Atendimento único são prova de um empenhamento visando melhorias no sector público.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

A indicação de Benvinda Levi para o cargo de Ministra da Justiça
trouxe à Administração da Justiça algumas mudanças de relevo, com repercurssões no terreno. Desde logo, a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LMDH) passou a ter acesso livre às cadeias nacionais de onde pode reportar inregularidades encontradas junto ao Ministério da Justiça. Isso demonstra abertura que se junta à das pessoas singulares de irem às cadeias...
Aliado a isso, a população tem hoje mais acesso à justiça do que num passado bem recente, mas continua aquém do esperado. Esta situação, porém, está dependente não da Ministra Benvinda Levi, mas sobretudo de vários factores, tais como da necessidade de os juizes mudarem de postura. Hoje em dia, tal como no passado recente, o criminoso detentor de muito dinheiro é colocado em liberdade em prejuízo de interesses da população. É também importante moralizar todos os agentes a entregar a justiça à maioria e não para a um punhado de ind
ivíduos nacionais e estrangeiros. Para que isso possa ser uma realidade, é importante que todos os agentes da administração da justiça em Moçambique aceitem mudanças, nomeadamente, desde os procuradores, passando pelo escrivão até ao oficial de diligências, que não devem ver no cidadão fonte para a solução dos seus problemas financeiros. Urge, pois, moralizar o sector da jurisprudência, para dar seguimento e valorização ao trabalho iniciado, tardiamente, pela nova Ministra da Justiça, Benvinda Levi.
REFORMAS PÚBLICAS

No começo do mandato, Armando Guebuza elevou o discurso do combate ao “deixa-a
ndar”, que terá caído mal em determinados círculos de opinião em Moçambique. O discurso foi abandonado em tempo útil. As reformas, essas, é que foram sendo implementadas e os Balcões de Atendimento único são prova de um empenhamento visando melhorias no sector público. Nos tempos que correm, salvo algumas excepções, o tempo de permanência de despachos reduziu de forma drástica. E não tarda muito para que em Moçambique o registo de empresas passe a ser online, evitando, desse modo, que alguém registe uma empresa em Maputo com um determinado nome que, se calhar, já exista em Cabo Delgado. Armando Guebuza abandonou o discurso mal entendido do “deixa andar”, mas em sua substituição as estratégias de reformas estão a ser desenvolvidas, implementadas, quer pela UTRESP, quer por outras entidades nacionais do sector público.
ESCOLHAS MINISTERIAIS

Os Ministros nomeados para formar o Governo central de Moçambique, alguns deles, foram mexidos, como são os casos dos titulares da Agricultura, da Justiça, do Ambiente, Transportes e Comunicações, Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Em termos gerais, tais mexidas foram necessárias, pecando, o Presidente Armando Gueb
uza, em não esclarecer às pessoas as motivações que o levaram a tomar determinadas decisões, como no caso da Agricultura e no do Governador da província de Gaza, Djalma Lourenço. Para o caso de Djalma Lourenço, os residentes de Gaza até tinham uma enorme simpatia para com o homem, uma pessoa social, diziam tanto elementos da oposição, como indivíduos singulares, em Xai-Xai. As pessoas mais bem informadas dizem que, talvez, Guebuza tenha mudado Djalma Lourenço levado por indicações de que o governador se envolvia profundamente com mulheres. Nada prova que os avanços que se assinam no sector da Agricultura, nomeadamente no sector da produção de cereais, onde a tendência é de aumento dos índices, nada prova, dizíamos, que a ascensão seja da responsabilidade de Soares Nhaca. Seja como fôr, a notícia de que a agricultura rural graduou jovens em Vilankulo, província de Inhambane, é de extrema importância. Mais significativa ainda quando os graduados têm necessariamente de permanecer no distrito por um período de dois anos antes de rumarem para outros pontos do País da sua escolha. Não menos importante, o facto de, na Defesa Nacional, os jovens entrarem sem nenhum canudo e de lá saírem com licenciatura. Tudo isto é significativo para a vida das pessoas abrangidas.
OPOSIÇÃOPOLÍTICA

Salvo melhor opinião, a Constituição da República não força o Presidente da República a aceitar debates televisivos com elementos da oposição. Esta casa acha caricata esta situação, sobretudo em período eleitoral. Mas é o que está definido. No período, Armando Guebuza teve de esclarecer informações que davam conta de elementos da oposição que pretendiam encontro com o Presidente da
República, sem que, aparentemente, o Chefe do Estado lhes concedesse espaço. Guebuza tentava, pois, dizer aos moçambicanos que não é através dos meios de comunicação social que se fazem marcações de audiência, mas por intermédio de mecanismos apropriados e disponíveis na teia burocrática da Presidência da República. A oposição, também em Moçambique, tem a sua função, que não passa por andar a construir escolas, pontes e estradas, mas pura e simplesmente, destronar o poder através do processo eleitoral. Pelo meio, a oposição funciona como uma espécie de agente de fiscalização, tomando nota de aspectos negativos que, em lugar apropriado, tece críticas para forçar o poder eleito a encetar correcções.( expresso edição nr. 2568 Redacção Central)

quinta-feira, novembro 05, 2009

ANÁLISE PRELIMINAR DAS ELEIÇÕES

O processo eleitoral de 2009 merece atenção por várias razões. Em primeiro lugar, porque decorreu num ambiente particularmente polémico devido a decisões controversas tomadas pela CNE1; em segundo lugar, porque, como tinha acontecido nas eleições de 2004, mais de metade dos eleitores não votou; em terceiro lugar porque, a administração eleitoral continua a demonstrar uma actuação parcial; e, finalmente, porque estabeleceu a hegemonia total da Frelimo na cena política moçambicana, confirmando ao mesmo tempo a decadência eleitoral da Renamo e o surgimento de uma terceira força, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Um eleitorado ausente

Tal como em 2004, nestas eleições, apesar dos grandes esforços de mobilização do eleitorado e de uma campanha eleitoral que, pelo menos da parte da Frelimo, mobilizou recursos enormes, a abstenção oficial será à volta de 56%2. Embora a vitória da Frelimo tenha sido particularmente expressiva, o alto nível de abstenção registado diminui a legitimidade popular do governo. Independentemente das razões particulares de cada eleitor abstencionista, um nível tão alto de desafectação em relação ao voto como o que se regista desde 2004 deve ser entendido como resultante, numa parte considerável, de um sistema politico e, especialmente, de um sistema eleitoral que não favorece a livre expressão das preferências dos cidadãos e a sua participação na definição da orientação política do país. Considerando a distribuição da abstenção pelos círculos eleitorais, o padrão já anteriormente identificado se repete, com abstenção acima da média nacional (56,3%) em províncias que historicamente eram mais favoráveis à oposição e abstenção abaixo da média nacional nas zonas de grande apoio histórico ao partido no poder.

Um outro aspecto interessante que pode ser considerado como uma indicação da insatisfação dos eleitores é o crescimento dos votos brancos e nulos em relação às eleições de 2004. Como se pode ver na tabela 1, houve quase uma duplicação dos votos brancos e nulos a nível nacional

Uma administração eleitoral parcial

Para além da avaliação que se possa fazer sobre o desempenho da CNE, particularmente em relação ao cumprimento da legislação eleitoral, constata-se que, apesar de um bom desempenho do STAE no que diz respeito à organização logística da votação e à rapidez e transparência das operações de contagem, continua a registar-se um problema de parcialidade na actuação de muitos agentes eleitorais.

Independentemente das razões de fundo da abstenção, há que registar a existência de indicações de uma parte da alta participação constatada nalgumas eleitores é o crescimento dos votos brancos e nulos em relação às eleições de 2004. Como se pode ver, houve quase uma duplicação dos votos brancos e nulos a nível nacional regiões, particularmente de Tete e Gaza, ter resultado de pequenas fraudes locais. Apesar da probabilidade de haver assembleias de voto com um nível de participação superior a 95% ser quase nula, registam-se nessas zonas numerosos casos em que a participação ronda, ou atinge, os 100%, e a votação para a Frelimo e o seu candidato presidencial se situa também à volta dos 100%.

* No que diz respeito aos resultados da votação de 2009, a presente análise baseia-se em dados recolhidos pelo Observatório Eleitoral. Os dados são provenientes de uma amostra representativa nacional de 952 assembleias de voto e podem ter uma pequena margem de erro em relação aos resultados nacionais. Em relação aos números provinciais, a margem de erro é superior e são aqui usados apenas como indicativos de algumas tendências .

1. Dada a complexidade das questões relativas à actuação da CNE e à legislação eleitoral elas serão abordadas mais tarde num outro texto.

2. A abstenção real ter-se-á mantido quase idêntica à verificada em 2004, ou seja um pouco superior a 50%, pois o recenseamento eleitoral também desta vez está inflacionado, embora em menor escala, pois data de 2007 e sofreu apenas duas actualizações. As duas principais razões para esta situação são: os eleitores registados mas entretanto falecidos não são retirados dos cadernos eleitorais e, por outro lado, cada vez que há uma actualização, verificam-se duplas inscrições que não são sistematicamente eliminadas pelo STAE.

3. Deve-se notar, no entanto, que existem indicações suficientes para se atribuir uma parte dessa diferença a fraude eleitoral.

A título de exemplo, note-se que 25% das mesas de voto da amostra do Observatório Eleitoral em Tete registaram uma participação superior a 95% e, no distrito de Changara, das 5 mesas de voto observadas, nas 3 que registaram 100% de participação, o candidato da Frelimo teve 100% dos votos e nenhum dos outros candidatos teve nenhum voto, enquanto nas duas restantes, que registaram participações de 77% e 63%, o candidatos da Frelimo teve 95% e 96%, respectivamente 4.

Ao mesmo tempo, um outro factor deve ser tomado em consideração a propósito da mais alta abstenção em províncias como a Zambézia ou Nampula. Neste caso, existem indicações de uma maior dificuldade para os eleitores exercerem o seu direito de voto: a província da Zambézia, para 18% dos eleitores registados, tem apenas 16,4% das assembleias de voto, a província de Nampula, para 18,4% dos eleitores registados, tem 17,1% das assembleias de voto, ao mesmo tempo que o número médio de eleitores por assembleia nessas províncias, respectivamente 858 e 835, é bastante superior ao existente em Gaza e, sobretudo, em Tete, respectivamente 725 e 664. A conjugação dos vários indicadores disponíveis aponta assim para uma maior distância média a percorrer por parte dos eleitores da Zambézia ou de Nampula, quando comparada com círculos eleitorais como Gaza e Tete.

É de notar que os partidos da oposição - e sobretudo a Renamo se queixaram da qualidade das operações de recenseamento eleitoral nalgumas províncias com destaque para Nampula e Zambézia. Efectivamente, há um certo desequilíbrio entre a população total dessas províncias, a população eleitoral recenseada e o número de mesas e locais de votação 5.

Uma vitória esmagadora da Frelimo

Do ponto de vista propriamente político, embora com a participação de menos de metade dos cidadãos eleitores, estas eleições colocaram a Frelimo numa posição de total supremacia na cena política moçambicana. Em grande parte esta situação, que pode ter efeitos negativos sobre a construção democrática do país, resulta tanto do esforço da Frelimo como da incapacidade demonstrada pela Renamo ao longo dos últimos quinze anos de se constituir e agir como um verdadeiro partido politico e de assumir de forma responsável o seu papel de oposição. Depois de ter perdido todas as suas – poucas – posições de poder nos municípios nas eleições de 2008, a Renamo corre agora o risco, com uma votação inferior a 20%, de se tornar uma força política marginal, sem nenhum papel na vida politica nacional. A grande novidade destas eleições foi o surgimento de uma nova força politica, o MDM, que é em grande medida uma dissidência da Renamo. Porém, em parte devido à exclusão das suas candidaturas na maioria dos círculos eleitorais, a sua representação parlamentar será apenas simbólica, não podendo formar uma bancada (o que pelos resultados obtidos pelo seu líder na eleição presidencial - teria acontecido se não tivesse sido excluído da corrida eleitoral em 9 dos 13 círculos eleitorais). Na verdade, o seu desempenho foi limitado ao ponto de tornar difícil a possibilidade de se tornar a curto prazo uma força de oposição forte. Isto é em grande medida o resultado da forma como a Frelimo, como partido que historicamente se confunde com o Estado, ocupa e controla o espaço político, estabelecendo uma verdadeira barreira que os seus adversários terão muita dificuldade de transpor.

4. Em Gaza, embora existam alguns casos idênticos, que parecem ser menos frequentes (10% das mesas observadas). Com efeito, o nível de participação aí observado é superior à média, mas distribui-se de forma equilibrada. Estas zonas já tinham conhecido os mesmos problemas em 2004.

5. Não se pode excluir a possibilidade da diferença entre a percentagem da população total e a percentagem de eleitores recenseados ser resultante, não da actuação da administração eleitoral, mas da decisão dos cidadãos de não se inscreverem nas listas eleitorais. O mesmo já é menos evidente no que se refere às diferenças observadas em termos de quantidade de mesas e locais de votação.

6. Para maior clareza do argumento, não foi aqui contabilizada a população de Maputo e das cidades capitais de província.

7. Em princípio a Frelimo disporá de uma maioria de assentos parlamentares suficiente não só para fazer aprovar qualquer lei, mas igualmente para modificar a Constituição, sem necessidade de concertação com qualquer outra força política. Paralelamente a Frelimo disporá muito provavelmente da maioria absoluta em todas as Assembleias Provinciais. Note-se que a Frelimo já controla todos os municípios, com excepção da cidade da Beira. (texto publicado no jornal vertical nº 1940 de autoria do historiador PAULO BRITO)

quarta-feira, novembro 04, 2009

Precalços do STAE



Divórcio

Tal como tínhamos afirmado, em editoriais anteriores, o casamento político entre o partido Frelimo e a Renamo, vulgo FRENAMO, na CNE e no “Constitucional”, era precário e defeituoso, porque assente numa base bastante frágil, que era, por esses dias, o combate contra o então inimigo comum, o MDM. A Renamo, então convencida de poder vir a ter ganhos políticos significativos, apressou-se a colaborar com o partido Frelimo, a nível da CNE, alinhando, por isso, com a estratégia do partido no poder, a de eliminar, quanto antes, a hipótese de vir a não conseguir, no futuro Parlamento, os dois terços de assentos, ora muito bem conseguidos.

Em devido tempo, avisámos a Renamo do perigo da sua ingenuidade, alertando-a de que aquele colaboracionismo cego com a Frelimo apenas favoreceria o partido governamental e penalizaria, de forma gravosa, a própria Renamo em quase todos os círculos eleitorais.

Em menos de três meses de casamento político “por conveniência”, eis que o divórcio da FRENAMO não se apresenta, apenas, como litigioso, mas, certamente, como um divórcio incendiário, belicoso, que envolve a movimentação de armas e homens, alegadamente, para protestar contra os resultados da sua empenhada colaboração com o partido no poder.

Em Nampula, o líder até já indicou os alvos que vão pegar fogo primeiro: os bens públicos na posse do STAE.

Na Beira, a caixa de ressonância do líder acrescentou novos dados: se os resultados continuarem desfavoráveis ao líder e seu partido, então, Sofala será “independente” de Moçambique, isto é, passará a República de Sofala, governada pelo Presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama!

É inacreditável ter de aceitar-se, porque registado, que as personalidades que assim falam, até há cerca de dois meses atrás, estavam eufóricas com a eliminação do MDM, pela CNE, por via da qual aquele partido viu cerceado o direito a concorrer na maioria dos círculos eleitorais. As mesmas figuras, então, rejubilaram com aquela inconsistente e ilegal decisão da CNE, pensando que a mesma, embora totalmente antidemocrática, lhes iria trazer benefícios políticos. Nessa altura, as declarações dos dirigentes e analistas da Renamo, nos órgãos de comunicação social, não se referiam a nada de anormal na exclusão dos outros partidos. Antes pelo contrário, os analistas da Renamo repetiam, embora sem conhecimento de fundo, a ladainha dos membros da CNE, que diziam ter agido no estrito cumprimento da Lei. Só que, afinal, é esse tal cumprimento da Lei o que está, hoje, a desembocar no presente divórcio, incendiário, no seio da FRENAMO.

Aí está, mais uma vez, o resultado de se fazer política sem o conhecimento da estratégia de acção política, o resultado de improvisação, o resultado da falta de visão de longo prazo, o resultado da falta de planificação e da consistência organizacional interna no seio da Renamo.

Ao fim do dia, nestas eleições parlamentares, houve dois grandes vencedores, nomeadamente a Frelimo, que sai dos seus 160 deputados para mais de 190 parlamentares, e o MDM, que sai de zero deputados, para mais de sete assentos, num parlamento outrora dominado por apenas duas forças políticas.

O maior perdedor destas eleições é, certamente, a Renamo que cai dos seus 90 deputados para menos de 50, perdendo mais de 40 assentos! Isso é uma derrota escandalosa, para um partido com a idade política da Renamo.É uma derrota escandalosa, mas não surpreendente, pois nenhum analista, minimamente sério, poderia esperar uma vitória da Renamo nas presentes eleições, uma vez que a própria Renamo não tinha trabalhado para tal.

Aliás, a Renamo fez um imenso investimento na sua própria derrota, vivendo de controvérsia em controvérsia, de expulsões em expulsões de quadros seniores e de preguiça em preguiça, inventando sempre desculpas para não sair ao terreno de trabalho político sério. A Renamo passou um quinquénio inteiro a gerir intrigas internas e a não se fazer ao terreno de trabalho político árduo. A Renamo demonstrou, com uma clarividência invulgar, que é um partido em franca decomposição, um partido a caminho célere do abismo político total.

Por isso mesmo, a Renamo só se deve queixar de si própria, e de mais ninguém.

A Renamo nunca aproveita os diversos conselhos, gratuitos e desinteressados, que lhe advêm de vários quadrantes de opinião, os quais sempre lhos deram para a melhoria da sua actuação política. Sempre que o líder da Renamo abre a boca, só tira bacoradas de difícil correcção. Diz coisas em que nem ele próprio acredita.

Por exemplo, Dhlakama sabe que não vai incendiar país nenhum, porque ele não possui capacidade para tanto, mas, ainda assim o afirma. Ele quer parecer o que não é. Dhlakama sabe que perde as eleições porque não trabalha com o povo, ao longo dos cinco anos que intermedeiam as eleições, nem investe na sua própria educação politico-democrática, aprendendo coisas como a estratégia política, a importância da planificação das actividades políticas, a importância de um calendário anual dos eventos internos do partido, entre outras matérias capazes de melhorar o desempenho dele próprio e o do seu partido político. Mas, após a votação, quer parecer que trabalhou muito para ganhar as eleições, o que é mentira. Ao longo dos últimos cinco anos, por exemplo, Dhlakama, praticamente, não fez o trabalho político de base, o tal que deveria ter feito para, em Outubro de 2009, colher os frutos.

Apesar disso, porém, Dhlakama pretende colher os mesmos frutos que colhem aqueles que trabalharam arduamente ao longo dos cinco anos! Isso seria um milagre e, em política, os milagres são muito raros. Em política, funciona o princípio que reza: “a cada um segundo o seu esforço”. É aqui, e por via disso, que cada um recebe na medida do seu verdadeiro esforço.

Vejam o caso interessante do MDM. Com apenas sete meses de idade, e concorrendo contra a vontade da CNE, Conselho Constitucional e demais órgãos do poder, instalados, mesmo assim, conseguiu transformar-se na terceira maior força política de Moçambique, quebrando longos anos de bipolarização parlamentar e deixando para trás mais de 40 partidos que se orgulham, apenas, de serem chamados de “extra parlamentares”, há mais de 15 anos, tais como PIMO, PARENA, PANAOC, PAREDE, PL, entre outros que, na hora da verdade, viram autênticos mercenários, à procura das migalhas de pão que a opulenta mesa do poder vai deixando escapar para o chão. São partidos instrumentalizados, disponíveis para qualquer exercício de bajulação que se mostre urgente realizar, desde que tragam algum benefício para o respectivo “presidente” e seus familiares e amigos, estes que, muitas vezes, são os únicos “membros” de tais “partidos”.

Com os resultados que estão sendo divulgados, fica, finalmente, claro por que é que a CNE se empenhou tanto em excluir determinados partidos. É que, concorrendo todos em pé de igualdade, a festa da celebração da vitória teria lugar, em simultâneo, em diversas sedes partidárias, o que, naturalmente, não se chamaria festa de “arromba” nem de vitória “retumbante” daqueles cuja “vitória” é, sempre, “um imperativo nacional”. Haveria que se encontrar um adjectivo mais modesto, o que, obviamente, embaraçaria a legitimidade do poder conquistado.

Muita coisa será ainda escrita sobre os resultados eleitorais. Por enquanto, estamos, apenas, a registar o princípio do fim da FRENAMO, que se salda em um divórcio incendiário, portanto, pior que o divórcio litigioso que sempre soubemos que, mais cedo ou mais tarde, se viria a consumar.

Infelizmente, porém, e para efeitos de desígnio nacional, nesse sentido, o que está a acontecer ultrapassa, largamente, as nossas humildes expectativas iniciais! (Editorial do jornalista Salomão Moyana do "Magazine Independente")

terça-feira, novembro 03, 2009

RENAMO = UNITA

Perante a estrondosa derrota da RENAMO no pleito de 28 de Outubro, o cenário repete-se no mundo dos países de expressão oficial portuguesa.O jornal electrónico CLUB-K , publica uma entrevista com o secrectário-geral da UNITA, o maior partido da oposição na República de Angola.Uma entrevista com declarações muito presentes na actualidade politica moçambicana para a qual convida-se a sua leitura bastando “clikar” no título desta postagem.

PRM atenta

Antigos guerrilheiros da RENAMO prometem desencadear acções armadas a partir de Nampula. A Polícia da República veio a público dizer que a corporação estava a terminar o processo de selecção de agentes que deverão seguir para as antigas bases do antigo movimento liderado pelo Presidente Afonso Dlakama. A ideia, segundo a polícia, é, de perto, monitorar a situação. O porta voz da PRM em Nampula reconheceu que a corporação está preocupada com as declarações insistentes de retorno à guerra proferidas pelos dirigentes do maior partido da oposição em Moçambique. Antes Afonso Dhlakama, o Presidente da RENAMO ameaçou a partir daquela cidade moçambicana que o país iria arder caso confirmasse qualquer tipo de fraude .Na sede da delegação provincial , cerca de 300 antigos guerrilheiros e militantes do partido RENAMO concentraram-se naquele local e deram um prazo de 72 horas no sentido de os órgãos eleitorais anularem a votação de 28 de Outubro.As antigas bases estão localizadas nas regiões de Muecate, Namaita, Lalaua, Murrupula, Mogovolas e nas reservas do distrito de Mecubúri.

"Telex" da rádio e televisão

No período da tarde em bairros de Maputo registava-se alguma fraca afluência.Parte dos eleitores votou pela manhã mas mesmo assim a diferença média é de 400 eleitores para atingir o limite de mil.Há na Matola eleitores desiludidos por não poderem exercer o seu direito de votar porque os números dos cartões não constarem nos cadernos eleitorais. Numa Assembleia de voto, ainda na Matola, um só posto não recebeu qualquer eleitor contrastando com as enchentes dos restantes.

Os cidadãos vivendo do sector informal, optam por votar depois de cumprirem a sua rotina de negócios para garantir o sustento do dia.A ausência de eleitores em alguns postos de votação não é generalizada, mas já em período de contagem decrescente leva a crer na opinião do presidente de uma Assembleia de voto de desistência antes de atingir os 50%.Como resultado da ronda que os “mídia” vão fazendo , registo de 300 pessoas terem votado num posto de votação em Laulalane. Há fé dos membros das Assembleias de voto que tudo se altere perto da hora do encerramento, 18 horas.Numa barraca típica de venda de bebidas, uma cidadã não vota porque recenseou em Xai-Xai e está garavida. Uma outra não tem cartão de eleitor mas vai servir-se do bilhete de identidade.Outro espera que o rendam para dirigir-se ao posto de votação.

Na Beira, os membros das Assembleias de voto acusam o STAE de ter afastado alguns formados, os quais durante três dias ausentes do trabalho acabaram por serem substituídos. Para o STAE o grupo comporta 10% de suplentes.Numa roda de amigos, eleitores na casa dos 20 anos sentados no passeio das suas residências, dizem ter votado logo pela manhã e acreditam que os jovens estão mais abertos a poíitica daí a afluência ás urnas.Pessoas da terceira idade e outros com problemas de saúde ficam horas a espera sem que os membros das assembleias ajudem a criar filas a sí destinadas.A solução a útima hora cria desentendimentos da parte dos restantes eleitores perfilados antes das sete da manhã.Estes breves relatos não correspondem aos desejos dos políticos que desejam que a média de 50% pela manhã possa ser superado horas antes do encerramento.

Há uma satisfação generalizada particularmente os que votam pela primeira vez , visível ao mostrar com insistência o dedo com a tinta indélevel e até alguma demora ao fazerem a escolha na cabine de votação.A poucas horas do encerramento das urnas , em Macomia, Cabo Delgado a afluência é notoria e as pessoas começaam a ficar impacientes, a espera desde e as primeiras horas do dia.Mais baixo, no maior ciículo eleitoral,Nampula, no Posto Administrativo de Meconta, a troca de cadernos ,envelopes e outros materiais adicionais durante a manhã foram depois superados. Duúida se os 800 mil eleitores votarão já que o movimemto reduziu drásticamente.Só um terço de eleitores votou numa Assembleia de voto num bairro da sede de Mogovolas e o Presidente desta apela ao voto.

Quixaxe, Kitua,Mutaleia, zonas sem comunicação do distrito de Mogincual e nota de registo para as enchentes, embora haja irritação de alguns eleitores na fila que desejam regressar a casa.Um vendedor ambulante no centro da capital diz ter votado e que a tinta saiu depois de lavado o dedo.Outros optam por votar no final da tarde, altura em que o negócio da sua banca diminui evitando ser prejudicado.Nicoadala, numa escola, simplesmente duas assembleias com uma enchente contratastando com as restantes sete. Numa outra escola, quatro com longas filas e outras não. Uma outra em Morrua , cinco só tinham registado uma meé de 8 eleitores.

Em Homoíne Delegado da RENAMO questiona o facto do seu partido nao constar nos boletins para as eleições provinciais.STAE central garante uma afluência considerável as primeiras horas da manhã e que houve problemas na abertura de algumas mesas em Pebane.Dom Jaime Goncalves , bispo da Beira afirma que todos devem aceitar os resultados, desde que estes sejam a reprodução fiel das apostas dos moçambicanos e legitime o novo presidente.Na Europa, porta-vozes das embaixadas moçambicanas vão adiantado que o processo decorre sem precalços sem contudo adiantar o nivel de participação.

O calor que se faz sentir em lagumas localidades do país pode estar a levar os eleitores a votarem mais tarde, particularmente os costeiros.Registam-se eleitores que desde de manhã percorrem distancais feitas em não menos de duas horas para irem votar, na sua maioria mulheres.Algumas figuras da politica nacional são motivo de comentarios pelo facto de terem utilizado os orgãos de informção para fazerem propaganda num total desrespeito a lei eleitoral.Pessoas há que vão furando as filas, ignorando as restantes que desde de cedo aguardam pelo momento do voto criando acesas discussões.

Dois eleitores entraram em vias de facto numa mesa de voto em Chimoio reclamando prioridade de voto obrigando a intervenção da policia.Alguns Membros das Assembleias de voto lamentam o facto de não terem água e nem comida na cidade de Maputo.Eleitores dizem não ter sido dificel votar, porque durante a campanha foi passada a mensagem de como fazer.De uma maneira geral figuras do Estado e politicos são os primeiros a votar onde estão registados e posteriormente prestam no local declarações a imprensa.

No Alto Molocué os subsídios não foram pagos aos membros das assembleias de voto devido a falta de trocos para repartir notas de alto valor facial.Cada bloco de boletins corresponde a 550 eleitores e há assembleias que perto das dezassete abriram o segundo bloco aguardando que os eleitores venham do descanso para votar.O STAE em Xinavane vai continuando a pedir paciencia aos eleitores porque tudo está ser feito para resolver a ausencia de cadernos eleitorais ou então esclarecimento do facto de não constarem alguns nomes.

Elefantes na localidade de Nepapa, Niassa, condicionam eleitores na sua concentração. Votação só depois das 12 horas no distrito de Chibuto .A maior parte dos eleitores voltaram para a casa e agora são transportados de carro para facilitar.Em Quelimane e sede do distrito do Gurué desde as treze horas não se registam eleitores e os brigadistas vão dizendo estar perante, um alto índice de abstenção.Polícia chamada a intervir em Nhamatanda para organizar longas filas a poucas horas do fecho e voluntarios da Cruz Vermelha socorrem pessoas com diarreia e dores de cabeca.

Cidadão em Nacal-a-velha foge da policia apos ter sido acusado por uma eleitora de estar a influenciar o sentido de voto.Dois reporteres da rádio pública tentam entrevistar membros das assembleias de voto mas recusaram-se por não estarem autorizadas a prestar declarações. Quanto mais para o interior do distrito de Morrupula a adesão cresce e algumas assembleias podem estar a fechar mesmo antes da hora.Mesas de voto com tres cadernos eleitorais obrigam a uma operação morosa e irritante para os eleitores no centro da cidade de Maputo.

Director Distrital do STAE e seu adjunto sofrem acidente de viação quando supervisonavam o processo eleitoral em Caia e são evacuados para a cidade da Beira. Jovens eleitores mostram-se satisfeitos por terem votado pela primeira vez e assumirem o seu papel influente no caminho a dar ao país.Na escola primária de Namicopo em Nampula até a uma hora do encerramento tinham votado 148 eleitores.Em Mutarara o movimento de eleitores baixa e observador diz não estar autorizado a falar para a imprensa.

Continua a registar bom tempo em todo o país apesar de ser o mês de Outubro o primeiro do período de chuvas.Problemas de comunicação com algumas cidades zimbabweanas tem dificultado a representação do STAE na recolha de informações actualizadas das assembleias de voto. Em Harare os locais defenidos para os moçambicanos votarem só de manhã foram concorridos.Aproxima-se a hora de encerramento e inicio da contagem parcial dos resultados.Na única assembleia de voto na Vila franca do Save os eleitores desde as quatro da manhã concentraram-se em massa. Alguns com cartões sem fotografia foram depois autorizados a votar por constar o nome e número nos cadernos eleitorais.

Eleitores em Nova Mambone reservam peixe junto de fornecedores informais com a promessa de comprar a caminho de casa depois da votação.Comentaristas não acreditam que haja uma afluencia dramatica na úlltima hora, pois os que votaram de manhã eram os eleitores que sempre tiveram vontade de votar e podendo a abstenção ser ligeiramente inferior as eleições de 2004.Uma media de 15 minutos é o espaco que separa um eleitor e outro nas mesas de assembleia de voto na sede distrital de Ribaue depois das treze horas.Presidente da CNE assegura que todos que estiverem nas filas para votar até as 18 horas poderão exercer o seu direito de escolha.

Do país chegam noticias de mesas de assembleia com muitos eleitores e os brigadistas começam a acender os candeeiros com o aproximar da noite.Eleitor em Chimoio chora por não ter sido autorizado a votar visto não ter cartão de eleitor e Bilhete de identidade. Observador da SADC em Tete considera o processo calmo,tranquilo e normal.Chefe do Posto administrativo de Zobué diz ter votado não como dirigente mas sim como moçambicano.

Abranda a votação em Mocímboa da Praia porque a maioria já votou. Na mesma provincia, em Quissanga o encerramento pode ser depois das dezoito horas porque há mesas com filas de eleitores.Últimos momentos de votação na maior assembleia em Cuamba complentamente deserto, embora alguns eleitores optaram a tarde por ser mais calma e tranquila.No Posto administrativo de Matchedge algumas assembleias abriram sódepois das 10 horas devido a avaria registada na viatura que transportava os kits contendo material eleitoral.Na Manhiça o STAE considera que a afluencia foi alta mas reserva-se porque a adesão abrandou a partir das 16 horas.

Em Boane os membros das mesas das assembleias de voto começam adistribuir senhas as centenas de eleitores nas filas aguardando pela votação.

18:00 horas.

Comentaristas dizem que a subida de eleitores que votaram nas cidades tem a haver com o interesse dos eleitores no novo panorama politico moçambicano, de concrecto as possíveis alternativas ao mercado eleitoral. Até ao dia 30 de Outubro alguns resultados parciais serão conhecidos e emitidos pela CNE. Nacarôa, começa em algumas assembleias de voto a contagem dos boletins e noutras continua a votação , podendo atingir os 80% ,cenário identico na localidade de Suassua.

Observadores eleitorais europeus dizem não terem visto nada de errado no processo durante o processo de votaçãoo numa das escolas na cidade de Maputo.Membros das assembleias de voto, seus presidentes, começam a selar as urnas, diatndo em voz alta o número de cada selo para os restantes membros e fiscais de partidos politicos e candidatos.

Ao final da noite jornalistas da rádio pública de plantão pelo país fora começam a anunciar os resultados parciais , resultado dos editais afixados em cada mesa de voto.

FRELIMO e o seu candidato duas horas depois do fecho das urnas confirmam vitoria retombante. Afonso Dlakama ultrapassa Daviz Simango graças ao voto rural.