quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Piratas libertam

Cidadãos de nacionalidade moçambicana, em número ainda não especificado, integram um grupo de reféns recentemente libertados pelos piratas somalis em um navio pesqueiro com bandeira taiwanesa “FV TAI YUAN 227” sequestrado em Maio de 2010, na altura com 28 tripulantes. A Missão da União Europeia contra a Pirataria no Oceano Indico (ATALANTA), que anunciou sexta-feira a libertação do barco pesqueiro não adianta detalhes sobre as condições em que a embarcação foi liberta, muito menos o estado de saúde dos tripulantes.O barco foi raptado a 6 de Maio de 2010 quando se encontrava a cerca de 700 milhas náuticas noroeste do arquipélago das Seicheles.Porém, a ATALANTA confirma que o “FV TAI YUAN 227” recebeu comida e água de um vaso de guerra norte-americano antes de sair da costa da Somália para destino também não especificado, segundo o matutino “Notícias”.A ATALANTA, que não manteve contacto directo com a tripulação ora libertada, afirma todavia que os proprietários confirmaram a recepção de uma chamada telefónica dando conta da libertação e a tripulação incluía cidadãos de nacionalidade chinesa, vietnamita e quenianaA missão afirma que a sua tarefa é dificultada por vários motivos, pois, por um lado, a detenção de piratas implica a cooperação de outros países no julgamento de criminosos, o que nem sempre se verifica e, por outro lado, nem todos os navios que navegam naquelas águas informam a operação sobre os seus movimentos.Suspeita-se que o FV TAI YUAN 227 estaria também a ser usado como o navio-mãe, para servir de base para os ataques lançados pelos piratas somalis na região do Golfo de Áden, Oceano Índico e Canal de Moçambique. No dia 27 de Dezembro de 2010, uma embarcação moçambicana de nome “Vega 5” foi sequestrada por piratas quando se encontrava a navegar junto à costa do arquipélago de Bazaruto.Entre os 24 tripulantes do barco estavam 19 moçambicanos, três indonésios e dois espanhóis cuja libertação os governos ensaiaram, sem sucesso, várias tentativas sobretudo devido as cautelas que sempre tiveram de não optar por medidas que agitam a situação, para não perigar a vida dos tripulantes.

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