O Presidente do Egito fez esta noite uma declaração à nação. Ao contrário do que se esperava - a sua eventual demissão -, Hosni Mubarak reiterou que não se recandidatará ao cargo nas próximas eleições, mas a transição vai de "hoje até setembro", através de um "diálogo justo"."Vou liderar o país para um lugar seguro, para sair desta situação e responder às exigências da juventude", afirmou Mubarak, que irá permanecer no poder até setembro, esclarecendo que o diálogo com a oposição já permitiu chegar a um "consenso preliminar". O Presidente confirmou conversações com o vice-presidente, Omar Suleiman, para a transição do poder, mas não delega nada de substancial como tinha sido avançado esta tarde. "Falei com o vice-presidente, que tem responsabilidades constitucionais. O Egito vai conseguir levantar-se."O chefe de Estado assegurou ainda que não aceitará ordens do exterior e anunciou a formação de uma comissão para estudar alterações constitucionais. As emendas que propôs vão "facilitar as candidaturas e impor um termo aos mandatos". Ao 17.º dia da revolta popular, Mubarak recordou a situação difícil do país, pediu desculpa às vítimas das manifestações e garantiu que "o sangue dos mártires não foi derramado em vão".
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