O governo moçambicano não confirma as informações, veiculadas recentemente pela imprensa, alegando que os piratas que a 27 de Dezembro passado sequestraram a embarcação pesqueira moçambicana “Vega 5”, ao largo da costa da província de Inhambane, terão exigido um resgate no valor de 1,8 milhões de dólares, como condição para libertar os 24 tripulantes.O porta-voz da 3ª sessão Ordinária do Conselho de Ministros realizada em Maputo, Victor Borges, disse a jornalistas durante o habitual briefing desconhecer a fonte destas informações.“Tenho acompanhado tais informações, mas não conheço a fonte”, disse Borges, que também é Ministro das Pescas.A 5 de Fevereiro corrente, o matutino “Noticias”, citando alguns familiares dos reféns, revelou que esta exigência dos piratas somalis foi comunicada ao proprietário da embarcação, a PESCAMAR, mas esta empresa sempre evitou os jornalistas.Segundo Borges, o governo não tem algum contacto com os sequestradores, mas continua a acompanhar a evolução da situação. Admitiu, porém, haver contactos com os países cujos cidadãos estão reféns, juntamente com os moçambicanos, mais concretamente a Espanha e a Indonésia.“O que é mais importante não são apenas os contactos, mas o que queremos é resgatar as pessoas sequestradas”, disse o ministro.Refira-se que dos 24 tripulantes da embarcação sequestrada, 19 são moçambicanos, três indonésios e dois espanhóis.No seu último pronunciamento o Governo disse que estava a articular com outras partes interessadas mecanismos para lidar com o assunto, tendo sempre em vista a protecção dos 24 tripulantes.Sabe-se que a embarcação “Vega 5” foi recolhida no reduto dos piratas, ao largo da Somália, onde, segundo agências internacionais, estão concentradas outras dezenas de embarcações e mais de 650 reféns sequestrados de vários países do mundo.
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