Dirigentes partidários do MPLA, partido no poder em Angola, e da Unita, principal organização oposicionista, vieram a público alertar para movimento de mobilização de manifestação anti-governamental para o próximo dia 7 de março, em Luanda, a capital do país, refere a Angop citada pelo África 21. O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, criticou, quarta-feira (23), "todos aqueles que incitam a desordem e o desrespeito das instituições legítimas do Estado", chamando-os de "defensores da intriga e da instigação política", noticiou a agência estatal angolana. O secretário para a Informação da Unita, por seu turno, disse à Rádio Nacional de Angola que o país "viveu uma guerra civil durante muito tempo e não creio que haja alguém que queira voltar aos tempos difíceis que o país viveu". Já a líder da banca parlamentar da Unita, Alda Sachiambo, acusou o Executivo de ser incapaz de cumprir as promessas eleitorais feitas em 2008, consubstanciadas no reforço da democracia, respeito dos direitos humanos e melhoria da qualidade de vida dos angolanos. Por sua vez, o presidente da bancada parlamentar da FNLA, Ngola Kabangu, considerou importante a aprovação das leis Orgânica do Tribunal Supremo e dos conselhos superiores da Magistratura Judicial e do Ministério Público, por criarem as bases para a instauração de um Estado Democrático e de Direito. Para si, estas leis visam garantir aos cidadãos uma justiça democrática e eficiente, bem como o exercício dos seus direitos e deveres constitucionais.O presidente da bancada parlamentar do PRS, António Sapalo, disse que o seu partido continuará a lutar por mais justiça social, defendendo a atribuição de um subsídio aos cidadãos desempregados. O líder da bancada parlamentar da Nova Democracia, Quintino Moreira, considerou a aprovação do pacote legislativo ligado ao sector da justiça um pilar institucional na defesa do Estado democrático e de direito. Um alegado integrante do movimento de mobilização para a manifestação, em nome do "Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola (MRPLA)", disse à Agência Brasil, por e-mail, que, por segurança, não podia revelar quem faz parte do grupo. “Mas, estamos na fase final de mobilização do nosso povo para o grande dia”. Segundo “Agostinho Jonas”, a manifestação não está ligada a nenhum partido politico angolano. “Isso foi uma iniciativa de um jovem. E, como vês, está num bom caminho, porque Angola toda já recebeu a nossa mensagem e temos o apoio de muitos angolanos na diáspora (na França e no Canadá)”, assegurou, citado pela agência estatal brasileira. O site, de acordo com a Agência Brasil, convoca a população para uma marcha a partir do Largo da Independência, em Luanda, exigindo a saída do presidente angolano José Eduardo dos Santos e seus ministros. A mensagem diz que “os angolanos estão cansados da pobreza extrema, da cultura de medo e intimidação, da miséria, da autocracia e outros males (...)”. (Redacção / África21)
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