A revolta popular que culminou na demissão do Presidente egípcio Hosni Mubarak é sinal de um "novo Médio Oriente" sem "interferências" americanas nem "sionistas", disse hoje o Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad."Apesar de todos os planos complexos e satânicos" do Ocidente, "está a emergir um novo Médio Oriente, sem o regime sionista e sem interferência dos Estados Unidos, onde não haverá lugar para as potências arrogantes", disse Ahmadinejad num discurso em Teerão, citado pela agência norte-americana AP.Várias figuras políticas e religiosas do Irão têm manifestado abertamente o seu apoio ao movimento de contestação que abala o Egito desde 25 de janeiro. "Têm direito à liberdade", disse ainda Ahmadinejad, dirigindo-se ao povo egípcio. "Têm direito a exercer a vossa vontade e a vossa soberania, e a escolher o vosso regime e os vossos governantes."A televisão estatal iraniana tem transmitido em direto imagens da contestação na praça Tahrir, no Cairo. Para o regime iraniano, a queda de Mubarak significa a saída do principal aliado árabe dos Estados Unidos na região.Por outro lado, também os oposicionistas iranianos se têm congratulado com as rebeliões populares no Egito e na Tunísia.Foram marcadas para a próxima segunda-feira marchas em Teerão em solidariedade com os manifestantes egípcios.O governo de Teerão já advertiu que grandes manifestações populares, semelhantes às que ocorreram após as presidenciais de 2009, não serão toleradas.
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