sexta-feira, abril 08, 2011

Aprendendo a produzir adubo inorgânico

O projecto corredor da Beira, na Aliança para Revolução Verde em África (AGRA), está a investir 683 mil dólares norte-americanos na promoção de tecnologias agrárias, como o uso de fertilizantes inorgânicos e rotação de culturas para aumentar a fertilidade dos solos, para aumentar a produção e produtividade.O projecto, cujo término está agendado para 2012, conta com apoio do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM). O mesmo está a ser desenvolvido nos distritos de Gorongosa, na província de Sofala, Manica e Báruè (Manica), e abrange cerca de 70 produtores entre singulares e associados.O jornal “Diário de Moçambique” revela que a AGRA promoveu, na última quarta-feira, a demonstração das actividades que financia, através da realização de uma jornada de campo no povoado de Mucoza, distrito de Gorongosa, envolvendo vários produtores, com vista à disseminação de tecnologias rentáveis na produção agrícola.Os camponeses têm campos de ensaio onde aprendem a produzir com adubo inorgânico, sendo assistidos por extensionistas dos serviços rurais do sector da Agricultura.O coordenador do projecto corredor da Beira na AGRA, Magalhães Miguel, disse que, concluída a fase de aprendizagem, os produtores vão avaliar os rendimentos para ver se vale a pena ou não o uso, por exemplo, de adubos inorgânicos. “Se os resultados forem de agrado dos produtores, a ideia é ver disseminadas as tecnologias para outros que neste momento não estão abrangidos pelo projecto”, disse Miguel, precisando que, da avaliação que faz, conclui-se que o projecto está a registar a aderência dos produtores. O projecto arrancou no ano passado, com apenas 30 produtores, mas hoje conta com 70 camponeses o que demonstra uma adesão à iniciativa, esperando-se que o número venha a aumentar nos próximos tempos.“Apesar de os produtores estarem a aderir ao projecto, a maioria deles enfrenta dificuldades para a aquisição de adubos. Para se ultrapassar esta dificuldade, o projecto conta com uma linha de crédito para a aquisição de fertilizantes”, explicou Miguel.Rebbie Harawa coordenadora do programa de fertilidade de solos na AGRA, disse que no arranque do projecto os produtores tinham dificuldade de plantar em linha, mas hoje já assimilaram essa prática, para além de terem adquirido também conhecimentos sobre o uso de adubos inorgânicos.A coordenadora revelou que o projecto vai trabalhar com outros parceiros, tais como companhias de produção de sementes melhoradas e venda de insumos agrícolas, para ajudar a colocar insumos agrícolas mais próximos do produtor.

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