Um grupo de indivíduos que se assumem ex-guerrilheiros do conflito armado de 16 anos, conhecidos por “naparamas”, poderão desencadear brevemente uma manifestação em reacção às declarações do ministro dos Combatentes, Mateus Kida, segundo as quais os mesmos não serão abrangidos pelo Estatuto dos Combatentes. Recorde-se que Mateus Kida, falando durante uma audiência parlamentar, defendeu a posição do Governo de que os “naparamas” se envolveram espontânea e voluntariamente no conflito armado de 16 anos. Entretanto, este grupo de guerrilheiros promete fazer de tudo para que o governo recue e os inclua no novo estatuto. É que, segundo argumentam os “naparamas”, os mesmos eram reconhecidos pela Frelimo e lutaram do lado do governo contra as forças leais a Afonso Dhlakama. “Durante e depois da guerra dos 16 anos, nós ajudámos a Frelimo a recolher os materiais bélicos nas diversas bases da Renamo, num trabalho coordenado pelas forças governamentais. Hoje é assim como nos tratam”, reagiu um “naparama”. A posição deste grupo foi tomada, semana finda, depois de uma reunião de emergência realizada na sua base, em Nicoadala, província da Zambézia, na qual participaram mais de 22 mil homens, para uma avaliação ao pronunciamento do ministro Mateus Kida sobre a sua exclusão do estatuto dos combatentes. Os “naparamas” conhecidos como detentores de poderes sobrenaturais foram uteis ao entao exercito governamental na guerra contra a RENAMO, produzindo relatos de que estes estavam blindados a qualquer bala disparada pelo inimigo.
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