quarta-feira, abril 13, 2011

Pela primeira vez na sua história

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa anunciou que gerou lucros de mais de 962 milhões de meticais, cerca de 21,48 milhões de euros, em 2010 e vai pela primeira vez pagar dividendos, ao Governo de Moçambique, principal acionista.“Pela primeira vez na sua história, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, vai entregar parte dos seus lucros anuais ao Governo de Moçambique, principal acionista”, refere um comunicado emitido hoje pela empresa citado pela imprensa lisboeta.Os resultados líquidos da empresa em 2010 atingiram “962.472 milhares de meticais” (cerca de 21,48 milhões de euros) e o montante para o Estado Moçambicano, em forma de dividendos, “ascende a 25,2 milhões de dólares” (cerca de 17,44 milhões de euros ao câmbio atual), informou a gestora da central.A HCB diz que este desempenho traduz um aumento de 30 por cento dos resultados operacionais, conseguidos com um “aumento dos proveitos da empresa e crescimento controlado dos custos”.Desde a reversão do controlo de Cahora Bassa para o Estado Moçambicano, em finais de 2007, a empresa já contribuiu para as receitas do país com mais quase 100 milhões de dólares (69,09 milhões de euros), através da taxa de concessão liquidada mensalmente, valor ao qual acrescem os dividendos a serem agora entregues.No exercício económico de 2010, Cahora Bassa atingiu “a segunda maior produção de energia elétrica de sempre, ao realizar 16.290 GWh, energia suficiente para suprir todos os compromissos comerciais e dar resposta às necessidade de aumento da potência para servir o desenvolvimento de Moçambique”, lê-se no comunicado. No âmbito da gestão, a empresa adianta que a administração delineou um plano estratégico para o quinquénio 2010-2014 para “aumentar ainda mais os níveis de produtividade e os resultados da empresa”.Recorde-se que o Estado português, via Parpública, ainda detém 15 por cento do capital da barragem de Cahora Bassa.Os jornais económicos portugueses noticiaram esta semana que está a ser negociada a cedência, em partes iguais, desses 15 por cento, à estatal moçambicana Companhia Eléctrica do Zambeze (CEZ), que já detém 85 por cento do capital, e à portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN).

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