Pelo menos dois funcionários públicos, sendo um do sector das pensões da Direcção Provincial de Plano e Finanças e outro dos Correios de Moçambique em Sofala, encontram-se detidos na Beira, indiciados por desvio de avultadas somas de dinheiro em nome de falsos pensionistas do Estado. O montante roubado ao Estado pode atingir ou mesmo ultrapassar um bilião de meticais, por meio de pagamentos a pensionistas presumivelmente inexistentes, através dos Correios de Moçambique. Elisa Somane, secretária permanente provincial de Sofala, confirmou, sem se referir ao montante nem número de envolvidos, que há funcionários das duas instituições sob investigação em conexão com o caso.A secretária disse que o caso está a ser investigado pela Procuradoria em Sofala, razão pela qual se escusou de fornecer a identidade dos funcionários e dinheiro desviado. “Não podemos revelar os nomes dos funcionários em causa nem o montante. Por se tratar de um assunto público, vamo-nos pronunciar depois de apurada a verdade”, referiu Elisa Somane. Fontes locais contaram que o desvido do dinheiro do erário público em nome de pensionistas que não existem, vem ocorrendo há bastante tempo no sector das pensões, que funciona no departamento da contabilidade pública da Direcção Provincial do Plano e Finanças de Sofala. É naquele departamento onde um funcionário elabora folhas para pensionistas fantasmas, que depois são entregues aos Correios de Moçambique na Beira, instituição que procede aos pagamentos. O funcionário dos Correios responsabiliza-se por assinar as folhas e pela retirada do valor para posterior divisão com o da Direcção Provincial do Plano e Finanças de Sofala.Neste momento os referidos dois funcionários públicos encontram-se encarcerados nas celas da Polícia de Investigação Criminal (PIC).
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