segunda-feira, abril 25, 2011

E agora toca a aprender a falar...

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) vai passar a leccionar cursos de língua chinesa, na sequência de um acordo rubricado entre esta instituição de ensino superior e a Zhejiang Normal University da China.No âmbito do acordo assinado pelo reitor da UEM, Filipe Couto, e pelo Presidente da Zhejiang Normal University, Wu Feng Min, será criado, em Moçambique, o Instituto de Confúcio, que vai funcionar na UEM.Segundo Couto, o acordo é produto de um trabalho iniciado há cerca de um ano e meio, quando uma delegação da UEM se deslocou a China onde manteve contactos com o Instituto de Confúcio daquele país asiático, que é uma espécie de instituto de línguas.“A China propaga a língua chinesa através do Instituto Confúcio e nós estamos interessados a ter dentro da UEM um Instituto Confúcio. Primeiro, para ensinar a língua, dando oportunidade aos moçambicanos que querem aprender esta língua já que estamos a fazer muito negócio com a China. Segundo, porque os chineses estão ligados à Africa desde há muitos anos, pelo que queremos, através do instituto partilhar aquilo que a China sabe sobre o nosso continente, particularmente sobre a Africa Austral”, disse Couto a jornalistas, minutos após a assinatura do acordo.A luz do acordo, o ensino da língua poderá iniciar dentro dos próximos seis meses, ou um ano o mais tardar. Para efeito, segundo Couto, a Zhjiang Normal University da China vai enviar docentes para Moçambique.Couto explicou ainda que o ensino da língua chinesa já devia ter começado, mas houve alguma demora porque ainda não havia um instrumento jurídico, pelo que, com este acordo, estão criadas as condições para o arranque dos cursos.“Eu fiquei admirado, pensava que o curso só seria para estudantes, mas há muita gente interessada em aprender a língua chinesa”, acrescentou Couto, explicando que, numa primeira fase, será usado o modelo de Instituto de Línguas para leccionar os cursos da língua chinesa, para, de seguida, se avançar para cursos de licenciatura com a duração máxima de três anos bem como cursos sobre a cultura chinesa.Este acordo, tal como outros rubricados esta tarde no gabinete do Primeiro Ministro moçambicano, em Maputo, surge na sequência da visita de dois dias que o Membro da Comissão Política Permanente do Bureau Político do Comité Central do Partido Comunista da China, Li Changchun, efectua a Moçambique desde Quinta-feira.Na mesma ocasião, foram rubricados os acordos relativos a Cooperação Técnica entre os Governos de Moçambique e da China, Cooperação no domínio da Rádio, Filme e Televisão, Cooperação no âmbito da planificação, bem como equipamentos anti-maláricos, energia solar e, televisão digital.A cerimónia foi testemunhada pelo Primeiro-Ministro moçambicano, Aires Ali, e pelo visitante chinês, Li Changchun.

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