Georgina Muchine deixou explícito que não será a primeira vez que os fundos do Estado são alocados pelo Governo para o braço feminino do partido no poder: “Com os sete milhões de meticais do Fundo de Investimento das Iniciativas Locais, já temos um grupo de 78 mulheres nos distritos municipais KaTembe e KaNhaca, que se beneficiam”, afirmou a secretária da OMM na capital do país.A selecção das referidas mulheres foi com base nas cores partidárias, ou seja, em função de pertencer a OMM, o que implica por princípio estar-se filiado ao partido Frelimo.
Georgina Muchine, em jeito do balanço dos últimos cinco anos de direcção que exerce, disse que apesar das dificuldades, o plano traçado para o seu mandato foi cumprido acima de 50 porcento, o que, segundo ela é positivo.“É nosso entendimento que devemos melhorar as actividades de colecta de quotas, que ainda continua um desafio. Não podemos deixar de dizer que todos os projectos que tínhamos no nosso plano foram realizados, com enfoque para a recuperação, organização e inventariação do património da organização”, observou.Evidenciou que a mulher continua a ser a maior vítima das doenças endémicas, incluindo o HIV-SIDA. Afirmou, entretanto, peremptoriamente, que na cidade de Maputo já se erradicou a cólera que em tempo causou muitos óbitos.“Temos que discutir o que a mulher deve continuar a fazer para evitar esta doença. A maior parte das vítimas é mulher”, acrescentou.
Por seu turno, o primeiro secretário da Frelimo na cidade de Maputo, Hermenegildo Infante, disse que uma das batalhas que esta formação política tem na manga é a produção de alimentos para a população.Considera que as mulheres devem-se envolver cada vez mais nos processos de desenvolvimento do país, incluindo a produção. “Não basta o sucesso que as mulheres têm nalguns sectores de desenvolvimento do país, elas devem envolver-se em todas as actividades que beneficiem o país”, disse.A pobreza absoluta segundo um estudo do IESA recentemente publicado, revela que a pobreza está a aumentar em Moçambique apesar do discurso político apregoar o contrário.
A conferência da OMM, a nível da cidade de Maputo, foi marcada por uma grande desorganização que levou o evento a iniciar com um atraso de quatro horas, que irritou as pontuais que murmuravam nos corredores.A hora marcada para início era 08 horas, mas só veio a iniciar pouco depois do meio-dia. A Conferência teve pouca afluência e não conseguimos apurar o que de facto teria acontecido.
“A desorganização é o nosso pão na OMM. Isto é sempre assim. Desorganização atrás de desorganização. Nós somos piores que muitas organizações de jovens”, murmura uma participante do distrito KaMubucuane que disse ter chegado às 7h30 ao local do encontro.Entretanto, mesmo na quarta-feira durante o congresso que antecedeu a conferência a sala onde decorreu o encontro estava às moscas, situação que veio a piorar com a retirada do local da governadora da cidade, Lucília Hama. (Cláudio Saúte)
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