Não será a última a entrar em cena na
chamada "guerra do streaming", mas já chega num
tempo em que a concorrência mais madura está instaladíssima e com raízes
circunstancialmente mais fundas por via do reforço (temporário
que seja, quiçá) de novos subscritores,
devido ao confinamento dos últimos quatro meses e à necessidade de
entretenimento em casa, à mão de semear, portanto.
Dê por onde der, a nova plataforma de streaming da
NBCUniversal - Peacock (pavão, traduzido do inglês) -, vai mostrar todas as
suas cores a partir da próxima quarta-feira
no mercado natal (e natural para princípio de negócio):
os Estados Unidos. Entre todas as cores que compõem a paleta com que se vai dar a conhecer aos
subscritores/clientes, conta-se desde logo uma
dupla opção de escolha para os espectadores (e de monetização para a companhia): Subscription Video on Demand (SVoD) e Ad-based Video on Demand (AVoD). O
pavão tem as duas possibilidades para oferecer.
Tal como a Netflix, a Amazon, a
Disney+, a HBO Max, Apple TV+, etc., o espectador pode aceder
aos conteúdos através de SVoD, pagando uma subscrição mensal ou anual e tendo um menu de conteúdos sem qualquer
anúncio comercial embebido ou então entrar no menu
de opções do que há para ver através da subscrição do AVoD e, como o YouTube ou a Quibi, ter vídeos
publicitários integrados no playout dos conteúdos que estiverem, e quando
estiverem, disponíveis.
Ingressando na Peacock pela porta do AVoD, os
espectadores acedem a cerca de metade dos títulos disponíveis no SVoD. Perante
tantos outros concorrentes a lutar por mais e mais assinantes, por um lado, e
dada a necessidade de saciar os anunciantes que têm vindo a perder contacto com
os consumidores devido ao crescente afastamento dos espectadores das emissões
em direto dos canais lineares (por via hertziana e cabo), por outro, a Peacock
abre as duas possibilidades aos espectadores, à partida.
A NBCUniversal (detida pela telco
ComCast) tem os seus trunfos no
que toca aos conteúdos, mas no patamar a que se
chegou vai precisar de reforços. Já angariou, por
contrato, uma linha relevante de fornecimento com a CBS que lhe permite
enriquecer o bouquet com ficção originalmente produzida para a
CBS e para os canais de cabo coqueluche da
mãe CBS: a CW e o Showtime, entenda-se.
A nova plataforma aposta também nas
transmissões em
direto – um recurso dirigido aos públicos
geralmente associados aos canais lineares -, com a transmissão de jogos da Premier League inglesa, dos quais tem os
direitos já licenciados para os Estados Unidos.
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