sábado, julho 11, 2020

Pavão,a celeridade da imagem


Não será a última a entrar em cena na chamada "guerra do streaming", mas já chega num tempo em que a concorrência mais madura está instaladíssima e com raízes circunstancialmente mais fundas por via do reforço (temporário que seja, quiçá) de novos subscritores, devido ao confinamento dos últimos quatro meses e à necessidade de entretenimento em casa, à mão de semear, portanto.
Dê por onde der, a nova plataforma de streaming da NBCUniversal - Peacock (pavão, traduzido do inglês) -, vai mostrar todas as suas cores a partir da próxima quarta-feira no mercado natal (e natural para princípio de negócio): os Estados Unidos. Entre todas as cores que compõem a paleta com que se vai dar a conhecer aos subscritores/clientes, conta-se desde logo uma dupla opção de escolha para os espectadores (e de monetização para a companhia): Subscription Video on Demand (SVoD)Ad-based Video on Demand (AVoD). O pavão tem as duas possibilidades para oferecer.
Tal como a Netflix, a Amazon, a Disney+, a HBO Max, Apple TV+, etc., o espectador pode aceder aos conteúdos através de SVoD, pagando uma subscrição mensal ou anual e tendo um menu de conteúdos sem qualquer anúncio comercial embebido ou então entrar no menu de opções do que há para ver através da subscrição do AVoD e, como o YouTube ou a Quibi, ter vídeos publicitários integrados no playout dos conteúdos que estiverem, e quando estiverem, disponíveis.
Ingressando na Peacock pela porta do AVoD, os espectadores acedem a cerca de metade dos títulos disponíveis no SVoD. Perante tantos outros concorrentes a lutar por mais e mais assinantes, por um lado, e dada a necessidade de saciar os anunciantes que têm vindo a perder contacto com os consumidores devido ao crescente afastamento dos espectadores das emissões em direto dos canais lineares (por via hertziana e cabo), por outro, a Peacock abre as duas possibilidades aos espectadores, à partida.
A NBCUniversal (detida pela telco ComCast) tem os seus trunfos no que toca aos conteúdos, mas no patamar a que se chegou vai precisar de reforços. Já angariou, por contrato, uma linha relevante de fornecimento com a CBS que lhe permite enriquecer o bouquet com ficção originalmente produzida para a CBS e para os canais de cabo coqueluche da mãe CBS: a CW e o Showtime, entenda-se.
A nova plataforma aposta também nas transmissões em direto – um recurso dirigido aos públicos geralmente associados aos canais lineares -, com a transmissão de jogos da Premier League inglesa, dos quais tem os direitos já licenciados para os Estados Unidos.

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