Continua
em observação, Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas
de Moçambique-CTA, depois de baleado em Maputo na tarde de sabado,11,
anunciaram membros da organização. O empresário de 44 anos e membro do
parlamento do partido Frelimo foi interceptado por dois indivíduos armados em
seu prédio na Avenida Josina Machel, perto do centro da capital , disse Leonel
Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em uma
conferência de imprensa.
O empresário e o
político da Frelimo, foi ferido com dois tiros e imediatamente levados ao
Instituto do Coração (ICOR), onde foi submetido a uma cirurgia e permanece
hospitalizado nas urgências. Os atiradores não identificados deixaram o prédio
e fugiram em um carro estacionado nas proximidades, segundo testemunhas no
local.
As informações
fornecidas hoje,12 de Julho,por um dos membros do CTA indicam que ele foi
submetido a uma intervenção cirúrgica que correu bem, embora, no momento, seu
quadro clínico esteja sendo cuidadosamente monitorado e ainda seja motivo de preocupação.
Na manhã deste
domingo, a família de Agostinho Vuma foi ao Instituto do Coração para conhecer
a evolução de sua condição clínica. Os membros do CTA
também estavam no recinto daquela unidade de saúde privada, onde Manuel
Pereira, membro do departamento de infraestrutura do CTA e presidente da
Federação Moçambicana de Empreiteiros, falou à imprensa.
“Isso é muito
reservado, então estamos aqui como você, sem saber muito sobre o estado de
saúde dele, porque os médicos ainda estão trabalhando, então não sabemos se o
Presidente Vuma está fora de perigo ou não, então o que eu digo é que nós precisamos
ficar calmos e contar o tempo, continuaremos trabalhando e nossos médicos
trabalharão para ver se amanhã à tarde,segunda-feira eles poderão nos dar
algumas informações ”.
Vuma passou de
imediato por uma cirurgia delicada, uma vez que foi atingido por duas balas,
uma no peito e outra no maxilar. Todos os esforços estao a ser feitos no sentido de evacuar Agostinho
Vuma para tratamento médico fora do país, mas dado o seu estado depois da
cirurgia, a equipa médica achou prudente aguardar, daí que as próximas horas serão cruciais para a evolução do estado
clínico de Agostinho Vuma.
"Queremos
condenar esse acto covarde", disse Sérgio Pantie, chefe do banco
parlamentar da Frelimo. “Esperamos que as autoridades esclareçam esse
tiroteio o mais rápido possível. O país não pode perdoar e permitir atos
dessa natureza ”, acrescentou. Agostinho Vuma é
membro fundador da Associação de Empreiteiros da Cidade de Maputo, da qual ele
foi presidente, e foi mais tarde na gênese da Federação Moçambicana de
Empreiteiros (FME). Ele também é
deputado da Frelimo na Assembléia da República de Moçambique, desde 2015,
quando foi eleito pelo distrito eleitoral de Gaza, ao sul do país.
Enquanto isso, no terreno, os
agentes do SERNIC-Serviço Nacional de Investigação Criminal, seguem os rastos
do crime.
A divergente
relação de Agostinho Vuma ao empresário e filantrópico Silvestre Bila continua,
mesmo depois das polémicas eleições na confederação moçambicana das associações
económicas de Moçambique que serviu para agudizar o conflito entre ambos.
Segundo o
Jornal
VISÃO,na edição de 10 de
Julho de 2020 o qual por sua vez cita o diário ESQUENTO de 6 de Julho de 2020 :
“ Para os que convivem de
perto com estes dois empresários, sabem muito bem o quão os dois andam a moda
gato e rato. O último episódio, ultrapassa toda a racionalidade e coloca
Agostinho Vuma na situação de invasão da privacidade do empresário Bila, onde o
actual Boss da CTA teria supostamente assediado a esposa do famoso empresário
Silvestre Bila segundo uma fonte que preferiu falar em anonimato. Recorde-se
que, o episodio acima, não é o primeiro que coloca estes dois empresários de
costas voltadas, segundo a nossa fonte, o ódio que o presidente da CTA nutre
para com o empresário Bila não é de hoje e de entre vários cenários de choque
entre ambos há a distar dois episódios que acabaram se tornando publico a
desavença entre os dois homens de negócios, sendo o primeiro a quando da
manifestação de apoio aos candidatos para a sucessão do presidente Armando
Guebuza, na altura das eleições internas do partido Frelimo, Silvestre declarou
o seu apoio incondicional ao candidato Filipe Jacinto Nyusi, facto que não
agradou Agostinho Vuma porque este na altura ocupava pasta de vicepresidente da
CTA e pretendia que toda classe empresarial apostasse em Alberto Vaquina,
antigo primeiro-ministro.
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. . . . .
No segundo episódio que
coloca ambos em rota de colisão, tem a ver com as eleições a presidência da
CTA, onde assistiu-se pela primeira vez em 2017 as eleições mais polémicas
desde a criação da Confederação das associações económicas de Moçambique onde
Silvestre Bila é membro e com cotas em dia, mesmo não participa das reuniões
daquele organismo. Na referida eleição, Bila declarou publicamente o seu apoio
ao candidato Quessanias Matsombe que integrava a lista B o oposto de Vuma que
era o candidato da lista A, só por si este facto não agradou mais uma vez a
Agostinho Vuma e todo resto foi o que se viu, entre várias acções assistiu-se
ameaças a algumas associações que voluntariamente apoiavam Matsombe. O exemplo
disso é da federação das associações dos transportes de Moçambique FEMATRO que
nos últimos dias de campanha pulou para a lista A fruto de chantagens e
promessas protagonizados por Agostinho Vuma, alias segundo a fonte, o actual
presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane foi premiado por um cargo de
vice-presidente da direcção da CTA porque este foi usado como choque para
ameaçar e chantagear diversas associações dos transportes de Moçambique a
votarem em Vuma, a demais, algumas associações cujos presidentes não se sabia
por onde andava viram se ressuscitada na última hora para que pudessem ter
direito a voto.
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