
quinta-feira, julho 30, 2020
Wallmannsthal

Valorizem tudo o que conquistámos

"Enquanto isso, apelamos a todos para que valorizem
tudo que conquistámos nestes 120 dias. Tudo que conquistámos não tem preço:
foram vidas que foram salvas", afirmou. Filipe Nyusi pediu ainda que os moçambicanos inventem uma
"nova maneira de viver em sociedade", acrescentando que o país não
pode "vacilar" nas medidas de prevenção. "As medidas adoptadas e a colaboração de todos
ajudaram a mitigar a velocidade de propagação da doença.
Na última prorrogação do estado de emergência, em 28 de
junho, Filipe Nyusi anunciou o alívio gradual de algumas restrições, com
destaque para autorização de voos internacionais com países selecionados (não
referidos), o aumento de um terço para uma quantidade não superior a metade do
efetivo laboral presencial das equipas de serviço de 15 em 15 dias nas
instituições públicas e privadas e a reabertura de Museus e galerias, com
lotação limitada e medidas de prevenção.Na ocasião, Nyusi anunciou também a reabertura faseada
das aulas, ainda sem data, dependente da criação de condições de higiene para
prevenir a covid-19.

"celeiro de África”

O Zimbábwe concordou na quarta-feira\29\ em pagar 3,5 mil
milhões de dólares em indemnizações aos agricultores brancos cujas terras foram
expropriados pelo Governo para reassentar famílias negras. A decisão aproxima o
país da resolução de uma das questões políticas mais divisórias da era Mugabe.

"Como zimbabweano, optámos por resolver este
questão de longa data", disse Andrew Pascoe, chefe do Sindicato dos
Agricultores Comerciais, que representam os agricultores brancos.

“Síndrome de Estocolmo ao estilo africano”

A sua introdução ao ensaio “O Genocídio Ocultado” é muito
violenta. Pode dizer-se que a escravatura arábo-muçulmana foi a mais dura?
É preciso reconhecer que as implosões pré-coloniais
inauguradas pelos árabes destroem sem dúvida os povos africanos, que não
tiveram um intervalo desde a sua chegada. Como mostra a História, os
árabes-muçulmanos estão na origem da calamidade que foi o tráfico e a
escravatura, que praticaram do século VII ao século XX. E do sétimo ao décimo
sexto século, durante quase mil anos, eles foram os únicos a praticar este
comércio miserável, deportando quase 10 milhões de africanos, antes da entrada
na cena dos europeus. A penetração árabe no continente negro iniciou a era das
devastações permanentes de aldeias e as terríveis guerras santas realizadas pelos
convertidos, a fim de obter escravos de vizinhos que eram considerados pagãos.
Quando isso não era suficiente, invadiram outros alegados “irmãos muçulmanos” e
confiscaram os seu bens. Sob este acordo árabe-muçulmano, os povos africanos
foram raptados e mantidos reféns permanentemente.
A recente islamização dos povos africanos excluiu as práticas de
escravidão?

Considera existir um “desprezo dos árabes pelos negros no Darfur”.
Mantém-se até à actualidade?

Quando se fala de genocídio, o holocausto surge logo. Pode-se
fazer comparações, apesar da duração temporal, com a do tráfico negreiro árabe?

Afirma que o tráfico negreiro transatlântico foi menos
devastador que o comércio árabo-muçulmano. O que os diferencia?
Eu só falo de genocídio para descrever o comércio de
escravos transaariano e oriental. O comércio transatlântico, praticado por
ocidentais, não pode ser comparado ao genocídio. A vontade de exterminar um
povo não foi provada. Porque um escravo, mesmo em condições extremamente más,
tinha um valor de mercado para o dono que o desejava produtivo e com
longevidade. Para 9 a 11 milhões de deportados durante essa época, existem hoje
70 milhões de descendentes. O comércio árabo-muçulmano de escravos deportou 17
milhões de pessoas que tiveram apenas 1 milhão de descendentes, por causa da
maciça castração praticada durante quase catorze séculos.
Pode dizer-se que os árabes são os “inventores” da escravatura
tal como a definimos hoje?
Acusa o mundo árabe-muçulmano de fazer um genocídio
meticulosamente preparado. É uma questão de que não se fala porquê?

Como vê o papel de Portugal nesse tráfico transatlântico?

A colonização europeia de África suavizou a anterior crueldade
sobre os povos do continente ou manteve-a?
Se essa colonização pudesse ter um rosto, seria aquele
que está na origem de dramas inesquecíveis. Depois dos compromissos históricos
dos pensadores iluministas com ideias racistas, desde meados do século XIX que
também há teorias que se infiltraram nas cabeças de um grande número de
intelectuais, como a do racismo científico. Se no início das conquistas, os
ingleses apresentavam a superioridade científica e técnica da sua civilização
sobre a dos povos “atrasados”, em seguida procuraram uma “justificativa racial”
para fazer a colonização. Sociólogos e cientistas britânicos decidiram elevar
essa manobra ao apresentar os povos negros como sendo “seres vivos, semelhantes
aos animais”.

quarta-feira, julho 29, 2020
Deslocados de guerra
O governo da
província Moçambicana de Nampula vai integrar os deslocados de guerra que vem
de Cabo Delgado no sistema produtivo para que possam sair da assistência de
emergência e ganhar autossuficiência.
A informação
foi avançada, esta semana, pelo secretário do Estado, Mety Gôndola, que disse também
que o Governo prepara a criação de centro transitório de assistência imediata e
nos próximos tempos vai atribuir espaços aos deslocados para a construção de
suas habitações definitivas. Para o efeito já foram identificadas zonas em
diferentes pontos da província de Nampula.
Gôndola, que
diz que está preocupado com o aumento de deslocados na província, reconhece que
o trabalho de afetação é sensível. “Essa questão de assentamentos não se pode
tratar de ânimo leve, há questões que não se podem perder de vista sobretudo a
segurança da nossa província”.O número de deslocados na província de Nampula
aumenta a cada dia. Dados oficiais apontam para mais de oito mil espalhados em
11 dos 23 distritos da província. A maioria, mais de três mil, está em Meconta.
Os deslocados de guerra de Cabo Delgado são também apoiados, entre outros, por
singulares e pela também da igreja Católica.
Animam a diáspora desportiva
O internacional Clésio Baúque é o mais novo reforço do Zira FK
do Azerbaijão. O contrato tem a duração de uma época. O avançado moçambicano
termina assim o vínculo contratual com o FK Qabala , clube que representou na
última temporada. Assim, Clésio vai representar o sétimo clube no estrangeiro,
após passagens pelo Philadelphia e Harrisburg City dos Estados Unidos da
América, Panetolikos da Grécia, Instanbulspor da Turquia e FK Qabala. Com 25
anos, o internacional moçambicano tem sido um dos jogadores frequentes nas
convocatórias de Luís Gonçalves, o técnico português ao serviço dos Mambas.

Seguindo o
ditado panela velha faz boa comida”, o antigo internacional moçambicano, agora
com 38 anos de idade, Miro Lobo, acaba de renovar o seu contrato de trabalho
com o Bravos de Maquis, equipa angolana que vai disputar o Girabola 2020/2021.
Esta é
a quinta temporada consecutiva ao serviço do Bravos de Maquis, depois de ter
cumprido as duas primeiras temporadas no futebol angolano ao serviço do ASA.
Miro, recorde-se, chegou a Angola transferido da Liga Desportiva de Maputo, em
2014. O jogador conquistou apenas um título, nomeadamente como vencedor da Taça
de Angola da temporada 2015, numa final disputada a 31 de Outubro diante da
Sagrada Esperança, onde a sua equipa venceu por uma bola sem resposta. (A.Langa)
Luta pelo mangal nacional
Os
mangais são árvores que crescem nas margens dos Rios, do mar e dos estuários
dos países onde faz muito calor, o caso de Moçambique. E no nosso país os
mangais estão ameaçados com o corte indiscriminado para carvão, lenha,
construção de casas e barcos. De acordo com o Ministério do Mar, Águas
Interiores e Pescas, áreas de mangal são destruídas anualmente para a expansão
de cidades, construção de estradas e portos e outras infra-estruturas. Ainda de
acordo com a mesma fonte áreas de mangal são destruídas para fazer salinas e
praticar aquacultura.
Otília
Alfredo ergueu sua casa em 2015 numa no Bairro da Matola "D", numa
área que outrora tinha mangais. A referida zona ora ocupada e de forma
desordenada é húmida, com água a correr permanentemente, as paredes das casas
sofrem com a humidade. A jovem mulher diz que é muito difícil habitar naquele
bairro.
"A
água chega aqui, chega neste quintal do meu vizinho que fica cheio de água,
passamos mal com água. O lixo quando vem do rio até chega aqui, tem que
amanhecer varrer não temos como”. A situação relatada pela Otília é notável em
diferentes partes do pais. Quando se corta o mangal os animais que dependem do
mangal desaparecem. Com o corte indiscriminado do mangal a costa fica mais
frágil.


“No
ano passado a nível da Cidade da Beira foram mais de 5 pessoas que foram
responsabilizadas e ao longo de todo país são mais de dez que já foram
responsabilizadas criminalmente e é por isso que as pessoas estão a recuar no
abate do mangal”.
Os
mangais servem de abrigo para espécies marinhas como peixes, caranguejos entre
outros. Estabilizam a linha da costa e evitam a erosão. Os mangais fornecem
alimento e medicamentos às comunidades. Bem geridos os mangais fornecem lenha e
material de construção pra barcos, casas e outras finalidades. O dia
internacional da conservação dos mangais foi adoptado em 2015 pela conferência
Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO) e é comemorada desde 2016 para vincar a importância e vulnerabilidade
do mangal. Para este ano o lema escolhido e “Futuro dos mangais está nas nossas
mãos”.
Infra-estruturas

Trata-se de uma
infra-estrutura que custou aproximadamente 29 milhões de meticais dos cofres do
Estado e está preparada para acolher 70 pessoas, entre funcionários e utentes. O nosso Governo
vai continuar a edificar mais infra-estruturas do género neste e noutros
distritos para que a população tenha mais acesso à Justiça.
Trata-se se uma
infra-estrutura moderna que comporta uma sala de audiência para cinquenta
assistentes, um cartório para acomodar duas secções, gabinetes para
magistrados, entre outros compartimentos. Orçada em mais de vinte e oito
milhões de meticais financiadas pelo cofres dos tribunais, o empreendimento vai
beneficiar a mais de cento e sessenta e tres mil habitantes do distrito de
Chifunde.
Parte destes
beneficiários, são cidadãos que vivem na linha de fronteira com as republicas
da Zâmbia e do Malawi, locais que movimentam um elevado número de litígios.Entretanto
populares ouvidos pela nossa reportagem disseram que o edifício do tribunal de
Chifunde, inaugurado pelo PR Filipe Nyusi vai melhorar a qualidade dos serviços
prestados aos cidadãos.
Por seu turno,
o Juiz presidente do tribunal judicial da província de Tete disse que o novo
edifício vem responder a exigência imposta pela lei para julgar os cidadãos com
a dignidade desejada. Fernando Pantie, assegurou que o tribunal judicial de
Chifunde vai apropriar-se das deliberações para julgar casos até doze anos de
prisão, que outrora eram realizadas em instâncias de nível de cidade.
quinta-feira, julho 23, 2020
Gigantes desavindos, da covid a Hong Kong
Com os Estados Unidos a ferro e fogo, com várias cidades tomadas
por protestos antirracismo e muita polícia nas ruas, a chamada dos bombeiros de
Houston (estado do Texas) a uma ocorrência na cidade poderia não ser uma
notícia importante não fosse o local do incidente o consulado da China. Na terça-feira (21), era já noite escura, um
clarão de chamas encimado por uma coluna de fumo preto saído de dentro do
consulado despertou a atenção de locais que alertaram os bombeiros. “As
autoridades responderam a relatos de um incêndio no consulado”, noticiou o
jornal “Houston Chronicle”. “Testemunhas afirmaram que havia pessoas a queimar
papéis no que pareciam ser latas do lixo.”
Com o
raiar do dia, imagens aéreas fizeram luz sobre várias fogueiras que ainda
ardiam num pátio interior — pensa-se que para queimar documentos —, vigiadas de
perto por pessoal do consulado. No exterior do edifício, era também visível o
dispositivo dos bombeiros, sem que ninguém lhes facilitasse a entrada.
Horas
antes deste episódio, a “guerra fria” entre Estados Unidos e China tinha subido
a um novo e perigoso patamar, com Washington a dar 72 horas a Pequim para
encerrar o seu consulado naquela cidade texana — o primeiro aberto pela
República Popular, em 1979, após os EUA reconhecerem formalmente a China
comunista.
Washington
justificou a decisão com a necessidade de proteger propriedade intelectual
norte-americana e informação privada. Nesse mesmo dia, o Governo dos EUA tinha
denunciado que dois “hackers” (piratas informáticos) chineses roubaram centenas
de milhões de dólares em segredos comerciais de empresas que estão a trabalhar
numa vacina contra a covid-19.
Esta
sucessão de casos contribui para acicatar ainda mais os ânimos entre os dois
pesos pesados da geopolítica mundial. Desde que Donald Trump entrou na Casa
Branca que as duas maiores economias do mundo se envolveram numa guerra
comercial sem tréguas, travam braços de ferro em vários outros domínios — da
tecnologia à questão de Hong Kong — e revelam-se incapazes de esboçar a mínima
cooperação face à pandemia de covid-19 que ameaça todo o mundo.
Wang
Wenbin, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, considerou
este episódio “uma escalada sem precedentes” entre os dois países. “A China
exige que os EUA revoguem essa decisão errada. Se os EUA forem em frente, a
China tomará as contramedidas necessárias”, afirmou, citado pelo jornal “South
China Morning Post”.
Segundo
a agência Reuters, Pequim está a equacionar ordenar o encerramento da
representação diplomática dos EUA em Wuhan — a cidade chinesa onde primeiro foi
detetado o novo coronavírus. Atualmente, para além de Wuhan e da embaixada em
Pequim, os EUA têm mais quatro consulados na China Continental: Xangai,
Guangzhou, Chengdu, e Shenyang.
Nos
Estados Unidos, a China dispõe de igual número de representações diplomáticas.
Além da embaixada em Washington DC, tem consulados em Nova Iorque, Chicago, Los
Angeles, São Francisco e Houston — esta última com ordem para fechar portas. O
prazo termina às 16 horas de sexta-feira (23 horas em Moçambique).
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