terça-feira, maio 03, 2011

Padre Couto deixa reitoria

O novo reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Orlando Quilambo, aponta a expansão do acesso ao ensino superior como a grande meta do momento e que a mesma continuará na lista das prioridades para reduzir ainda mais o número de moçambicanos sem acesso àquele nível de ensino. Quilambo assim se expressou no final da cerimónia havida na Presidência da República em que ele e Ana Maria da Graça Monjane foram empossados pelo Presidente da República, Armando Guebuza, para os cargos de reitor e vice-reitora, respectivamente."Teremos de olhar para aquilo que são os desafios do ensino superior no momento e um deles é a questão do acesso, dado que há ainda muitos moçambicanos sem acesso ao ensino superior. Teremos de fazer todo o esforço para que, com as condições que temos, possamos atrair mais moçambicanos para este nível de ensino', disse o novo reitor. O outro desafio apontado pelo novo timoneiro da maior e mais antiga instituição de ensino superior tem a ver com o paralelismo entre o acesso e a qualidade e esta última, segundo Quilambo, consegue-se de várias formas sendo uma delas a formação qualitativa do corpo docente para que esteja devidamente qualificado para leccionar.'Teremos de trabalhar no sentido de criar condições para que o trabalho realizado na universidade seja feito em óptimas condições e queremos, através destes esforços, que os nossos graduados sejam competitivos no mercado', ressaltou o recém-empossado reitor.A UEM, com um universo calculado em 26 mil estudantes dos vários cursos que ministra, é uma instituição que já realiza alguma investigação e outro desafio apontado pelo reitor é assegurar mais parcerias para que essa mesma investigação seja cada vez maior e de grande uso para os beneficiários.Orlando Quilambo assume a reitoria da universidade numa altura em que o governo reduziu o pacote orçamental destinado ao ensino superior, situação que compromete a plena realização das metas preconizadas no quadro da actividade de formação, salvaguardando a componente qualitativa.O novo reitor disse, porém, que a situação orçamental é resultado da crise financeira mundial, daí a necessidade de redobrar-se os esforços internos para minimizar os efeitos.'Acreditamos que por ser uma conjuntura internacional a medida que ela for melhorando a universidade também irá encontrar as soluções para os seus problemas', disse Quilambo. O padre Filipe Couto, reitor cessante, disse, por seu turno, que apesar de deixar o cargo continuará a dar o seu contributo para o crescimento da universidade, leccionando matemática na Faculdade de Ciências da UEM e agora com mais tempo para o efeito.'Continuarei a cumprir a missão como professor do departamento de Matemática, na Faculdade de Ciências', disse Couto, acrescentando que como reitor tinha apenas quatro horas por semana, agora terá mais tempo e aumentará o número de horas de contacto com os estudantes e colegas da faculdade.Sobre a redução orçamental iniciada na altura em que ele estava em frente dos destinos da UEM, Couto disse não querer ser polémico, mas no seu entender a redução de financiamentos às universidades não é coisa má.Pelo contrário, quando se reduz o dinheiro recebido sem saber donde vem, as pessoas começam a apreciar o que é o dinheiro e começam a encontrar caminhos para elas próprias encontrem dinheiro e não viver de esmolas.

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