quarta-feira, maio 11, 2011

Idade não aconselha viajar por terra

Os jornalistas que viajam com presidente da República, Armando Guebuza, nas chamadas “Presidências Abertas e Inclusivas” pelo país, estão a ser impedidos de fotografar e filmar os helicópteros que transportam o chefe de Estado.A justificação, é de que as imagens dos helicópteros podem continuar a adensar os debates acerca dos gastos exorbitantes de Armando Guebuza, em tempo de contenção de despesas devido à grave crise que se reflecte já no atraso de pagamentos de salários aos funcionários públicos no País e também nos atrasos dos desembolsos de fundos do Estado para funcionamento das instituições.O número de helicópteros que a comitiva do Chefe de Estado agora usa reduziu de 6 para 5.O presidente da República foi várias vezes confrontado com opiniões de contestação sobre os gastos que faz nas suas viagens às localidades, distritos e províncias, não só pelo que representa em termos de custos o facto de se fazer deslocar de helicóptero, mas sobretudo por ver o País do ar sem poder ver in loco a realidade que lhe é bastas vezes distorcida pelos seus bajuladores.Aconteceu aquando da visita do chefe de Estado à província de Maputo, em Abril último, agentes de segurança impediram os jornalista de fotografarem as imagens da chegada do presidente, quer quando ainda estava no ar como em terra.Tornou-se prática em todas as viagens presidenciais subsequentes os homens da imagem serem impedidos pelos seguranças de fotografar e filmar.Guebuza retomou as presidências recentemente depois de um largo interregno que durou anos. A retoma é tida como o início das campanhas antecipadas dado que se aproxima o Congresso do seu partido e as eleições autárquicas e gerais.Elementos da Presidência da República, têm dito em conversas informais com a imprensa que o chefe de Estado viaja de helicóptero, como forma de evitar o seu desgaste físico. Se tivesse que viajar via terrestre estaria sujeito a um grande esforço, alegam. Outra justificação segundo as mesmas fontes, é de que os helicópteros têm servido de catalisador da população. Atraem a população curiosa a correr para os locais de recepção e aos comícios do chefe de Estado. “Se assim não fosse seria difícil mobilizar maior presença popular aos locais visitados pelo presidente”, opinou um dos homens do protocolo. (Bernardo Álvaro)

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