O filho mais novo do lider líbio, Muamar Kadafi, Saif al Arab GKddafi, 29, foi morto neste sábado durante um ataque aéreo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), anunciou o porta-voz do regime, Moussa Ibrahim, em Trípoli. De acordo com o porta-voz, Muamar Kadafi, estava junto com o filho mas saiu ileso do bombardeio, que também matou três netos e feriu outros parentes e amigos. A Otan (NATO) actua na Líbia assumiu o comando das operações internacionais na Líbia no dia 31 de março e passou a liderar as forças na operação Protector Unificado. Inicialmente, as acções militares do país eram lideradas pelos EUA. Governo da Líbia levou jornalistas até a casa onde informaram ter morrido familiares do lider líbio, Gaddafi. Gaddafi e sua mulher estavam na casa do filho em Trípoli quando ao menos um míssil da Otan atingiu o local. "A casa de Saif al Arab Muamar Kadafi (...) foi atacada com meios potentes. O líder [Muamar Kadafi] está bem", disse Ibrahim. "Ele não foi ferido. Sua mulher também passa bem". Não ficou claro qual foi o alvo do ataque, embora as autoridades líbias afirmem que era o próprio Muammar Kaddafi, que fazia um pronunciamento ao vivo à TV no momento. Em 1986, a filha adotiva de Muamar Kadafi, Hanna, de apenas 15 meses de idade, foi morta num bombardeio americano contra Trípoli. O ataque foi ordenado depois de um atentado a bomba cometido dentro de uma boate em Berlim que matou dois americanos. O governo dos Estados Unidos ligou a Líbia ao ocorrido. Em Benghazi, a principal cidade da Líbia tomada pelos rebeldes, a notícia da morte dos familiares de Kadafi foi recebido com buzinaços e tiros para o alto. Entretanto, na oposição líbia, há desconfiança em relação ao ataque: - Não acreditamos que seja verdade. São eventos fabricados pelo regime em uma tentativa desesperada de atrair simpatia. Esse regime mente de forma constante e continua mentindo - afirmou à "CNN" Abdul Hafiz Ghoga, do Conselho Nacional de Transição, principal entidade de representação política dos rebeldes líbios. "Eles talvez quisessem atingir a televisão. Este prédio não é militar, não governamental", disse Mohammed al Mahdi, chefe do conselho sociedades civis, que licencia e fiscaliza os grupos civis na Líbia. O ataque da Nato atingiu uma escola para deficientes. O prédio estava vazio no momento do bombardeio. O míssil destruiu completamente um escritório adjacente no complexo que abriga a comissão do governo para crianças. A força da explosão arrancou as janelas e portas da escola financiada por pais para crianças com síndrome de Down, e os funcionários disseram que ela danificou um orfanato no andar de cima. "Eu me senti realmente triste. Fiquei pensando, o que vamos fazer com essas crianças?", disse Ismail Seddigh, que montou a escola há 17 anos depois que sua filha nasceu com síndrome de Down. "Este não é o lugar que deixamos na tarde de quinta-feira."
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