O governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, manifestou-se preocupado com a presença de moedas estrangeiras em circulação desordenada nas fronteiras de Moçambique, com os países vizinhos. Disse que o facto propicia contrabando e garantiu que a instituição que dirige está a negociar a assinatura de acordos de repatriamento de notas em circulação nas fronteiras com a Swazilândia, África do Sul, Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e Tanzânia.O governador do Banco Central esteve na passada sexta-feira a inaugurar duas agências do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), no posto fronteiriço de Ressano Garcia, em Maputo. Foi à margem desta cerimónia que manifestou a sua preocupação com a circulação descontrolada de moeda estrangeira no país.Em Ressano Garcia abunda a moeda sul-africana, o rand.Moçambique partilha fronteira com seis países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), e segundo o governador do Banco Central, em todos os postos fronteiriços a presença de moeda externa é maciça nas actividades comerciais transfronteiriças.Sobre as negociações para acordos de repatriamento da moeda estrangeira, Gove não deu pormenores. Não mencionou em que estágio estão tais negociações com as instituições congéneres dos países mencionados, com vista ao alcance do acordo, mas vincou que a presença de agências bancárias e casas de câmbios nas fronteiras poderá facilitar as operações comerciais e permitir que as transacções se realizem na moeda de cada país sem a actual desordem.(Cláudio Saúte)
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