As exportações moçambicanas para o mercado dos Estados Unidos da América (EUA) atingiram quase 40 milhões de dólares em 2009, substancialmente mais do que os 7 milhões de dólares registados em 2001.A evolução registada em 2009 ficou a dever-se, em grande medida, ao impacto da Lei norte-americana de Oportunidade e Desenvolvimento para África (AGOA), uma iniciativa do governo federal norte-americano ao abrigo da qual os países africanos podem exportar para o mercado dos EUA sem quaisquer taxas.Apesar deste crescimento nas exportações, os empresários moçambicanos ainda não estão a explorar as oportunidades disponibilizadas por esta iniciativa do governo norte-americano.Segundo informações reveladas durante o encontro de balanço dos primeiros 10 anos do AGOA e do seu impacto na economia moçambicana, realizado em Maputo, a receita alcançada em 2009 resultou da exportação de minerais e metais, com 32,5 milhões de dólares, bens agrícolas, com 5,5 milhões de dólares, 150 mil dólares em produtos florestais e 145 mil dólares em bens electrónicos.O encontro foi organizado pelo Centro dos Estudos Moçambicanos e Internacionais, em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos da América e com a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID).Na ocasião, o vice-Ministro da Indústria e Comércio, Keneth Marizane, disse que o governo moçambicano está a desenvolver esforços no sentido de melhorar a qualidade dos produtos nacionais, tendo citado como exemplo, a recente certificação do ananás de Muxúnguè (Sofala), que passou a ter portas abertas no mercado europeu.Por outro lado, o país tem estado a conseguir diversificar os produtos colocados no mercado internacional.Desde a criação do AGOA, em 2000, as exportações de 40 países beneficiários atingiram 86 mil milhões de dólares, contra 21,5 mil milhões antes da sua entrada em vigor, para além da criação de pelo menos 300 mil empregos.
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