Um boeing da Transportadora Aérea Angolana (TAAG) foi obrigado a regressar a Luanda depois de uma avaria num dos seus motores. A aeronave , a mesma que perdeu algumas peças recentemente sobre a capital portuguesa, Lisboa. A administração reunida de emergência decidiu retirar o modelo 777, causando prejuízos agora que limitadas as rotas internacionais."O mais engraçado é que os problemas surgiram depois que decidirmos cortar com a França. Mais concretamente fazíamos a manutenção das nossas aeronaves em França, mas deixamos de o fazer, não porque houvesse qualquer motivo especial, mas preferimos fazer na África do Sul porque em termos económicos é muito mais barato", afirmou Agnela Barros, directora do Gabinete de Comunicação e Imagem da TAAG.A mesma fonte afirmou ainda que enquanto a companhia funcionou com os velhos Boeing 707 nunca houve problemas, mas que começaram a surgir com os novos 747."Durante o tempo em que tínhamos os aviões (velhos), que foram comprados em segunda mão, e enquanto a manutenção foi feita em França nunca houve problema nenhum, nunca houve inspecção nenhuma, estava tudo muito bem, era tudo muito normal", afirmou.Agnela Barros acrescentou que depois da TAAG ter iniciado as manutenções na África do Sul, incluindo a formação do seu pessoal, começaram a surgir as inspecções.Apesar de ter rescindido com a França em termos de manutenção, a TAAG manteve o apoio da transportadora aérea francesa (Air France) na elaboração dos manuais da aviação."O mais interessante no meio disso tudo é dizerem que nós não temos manuais, mas temos cá um representante da Air France há quatro anos e ele é que elabora os nossos manuais", disse Agnela Barros.A responsável referiu que "desde sempre a TAAG teve a noção de que tinha limitações, não sabe tudo, e precisa dos outros".A Transportadora Aérea Angolana adquiriu em Novembro de 2006 três boeing 737 -700R, dois boeing 777-200NG , que segundo a directora são aparelhos "extremamente sofisticados e completamente informatizados".A TAAG esteve proibida pela Comissão Europeia de sobrevoar o espaço europeu devido a falhas de segurança detectadas pela França. Para perceber o que pode estar acontecer nos bastidores de uma das mais seguras companhias aéreas do continente, leia aqui uma entrevista concedida por Miguel Prata, piloto da TAAG.No ano passado foi suspenso o comandante e co-piloto que tripulavam um boeing 737-700 de Harare para Luanda com transito em Lusaka por esta ter aterrado erradamente no City Airport de Lusaka quando devia aterrar no Aeroporto Internacional de Lusaka. Desconhece-se a decisão da companhia relativa ao negocio de 789 milhões de dólares para a compra de 10 Airbus A-340, modelo francês. Outro testemunho aqui.
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