Centenas de moçambicanos que trabalham ou residem na vizinha África do Sul estão retidos na fronteira de Ressano Garcia, província meridional de Maputo, por falta de transporte para levar-lhes daquele posto fronteiriço aos respectivos destinos.Os emigrantes, alguns dos quais se encontram em Ressano desde a manhã de sexta-feira. Citados pela Rádio Moçambique (RM), denunciaram o oportunismo que reina entre os transportadores que se aproveitam da escassez de transporte para cobrar valores muito acima da tarifa estabelecida no trajecto Ressano Garcia/Maputo.'Os poucos transportadores que aparecem chegam a cobrar entre 150 a 180 meticais para Maputo, contra os 90 meticais da tarifa em vigor neste troço', queixou-se um dos emigrantes, que disse não saber se conseguira passar a quadra festiva junto da família. A comissão dos transportadores, porém, assegurou que o problema será sanado , pois medidas estão sendo tomadas para reforçar a frota.Todos anos, os moçambicanos a trabalharem nos países vizinhos, sobretudo na África do sul, têm passado momentos difíceis na fronteira, devido a falta de transporte e oportunismo daqueles que procuram tirar proveito da situação.Alguns destes emigrantes, na maioria dos quais mineiros, são oriundos das províncias de Gaza e Inhambane, sendo que a demora na fronteira implica pouco tempo de permanência nas zonas de origem, ou, na pior das hipóteses, retornar a África do Sul sem se avistar com as suas famílias.
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