terça-feira, dezembro 21, 2010

Medida 31 pode estoirar plano de contenção

O governo moçambicano vai manter o grosso das 35 medidas de contenção das despesas e o suporte aos preços dos produtos até ao primeiro trimestre de 2011. Aiuba Cuereneia, Ministro da Planificação e Desenvolvimento, disse no final da 46 Sessão do Conselho de Ministros que o intervalo de três meses permitirá uma transição mais suave para a fase seguinte.“O período de três meses permitirá uma transição mais suave para a fase seguinte em que a sazonabilidade e o efeito quadra festiva exercem menos pressão sobre o aumento dos preços”, disse o ministro, apontando que a decisão surge da análise feita pelo governo.Cuereneia afirma categoricamente que, decorridos mais de três meses desde que o governo anunciou as 35 medidas de contenção do custo de vida, a 7 de Setembro do ano corrente, o impacto imediato foi o desejado, pois contribuíram para a redução ou manutenção do nível geral de preços nos dois primeiros meses da sua implementação. A disciplina fiscal introduzida pelo governo permitiu uma notória estabilização do metical em relação as principais moedas das relações económicas internacionais. A fonte reafirmou que o Plano Económico Social (PES) e o Orçamento do Estado para 2011, aprovados pela Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, prevêem a continuidade das medidas de contenção das despesas e o suporte aos preços para a fase inicial de 2011.“Durante o primeiro trimestre de 2011 o governo continuará a avaliar o desempenho macroeconómico e o seu impacto no custo de vida dos moçambicanos”, reiterou o titular da pasta da planificação e desenvolvimento.No lote de medidas anunciadas a 7 de Setembro último, Cuereneia atribuiu excepção a medida número 18 que “vedava” a criação de novas instituições, porque o PES e o Orçamento do Estado prevêem a criação de organismos imprescindíveis para o alcance dos objectivos prioritários para 2011.O ministro referiu-se igualmente a medida 31 que prevê o ajustamento dos preços dos combustíveis de acordo com a evolução do mercado e, para o efeito, o governo continuará a monitorar a conjuntura internacional em relação aos combustíveis.

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