sexta-feira, dezembro 24, 2010

Energia chega para todos

O ministro moçambicano da energia, Salvador Namburete, assinou um contracto de concessão com a Gigawatt-Moçambique, que concede a esta companhia os direitos para a construção de uma central eléctrica para a geração de 100 megawatt no posto administrativo de Ressano Garcia, na província de Maputo. A central eléctrica será alimentada com gás natural extraído nos campos de Pande e Temane, localizados na província meridional de Inhambane. Actualmente, cerca de 97 por cento do gás natural e’ exportado para a vizinha Africa do Sul. Ao abrigo do acordo assinado entre o governo moçambicano e a SASOL, a maior companhia petroquímica sul-africana, parte do gás e’ pago a Mocambique como imposto sobre a produção. Apesar de todos os esforços, menos de 40 por cento do gás relativo ao imposto sobre a produção e menos de três por cento de todo o gás produzido em Moçambique são usados dentro do país. A companhia sul Africana Gigajoule detém 40 por cento das acções da Gigawatt-Moçambique, que também e’ o investidor estrangeiro da Matola Gas Company (MGC), que tem como missão distribuir gás natural as empresas localizadas no bairro da Matola e no distrito de Boane, ambos localizados na província de Maputo, incluindo a fundição de alumínio Mozal. As acções remanescentes na Gigawatt pertencem a investidores privados moçambicanos, das quais a Intelec possui a maioria, ou seja 26 por cento. Segundo o director executivo da Gigawatt, Johan de Vos, o gás natural e’ um combustível mais limpo comparativamente ao carvão ou diesel e que a substituição de combustível líquidos pelo gás natural vai reduzir o fardo das importações de Moçambique. De Vos disse ainda que a adopção de gás natural pela Mozal eliminou a necessidade de importações de combustíveis líquidos na ordem de 25 milhões de litros por ano. Há cerca de dois anos a fábrica de cimento na Matola, CIMPOR substituiu o carvão pelo gás natural da MGC, com um efeito drástico na redução das emissões de carbono para a atmosfera e, como resultado, na redução da poluição naquela zona da Matola. O investimento total da central a gás está orçado em cerca de 150 milhões de dólares, cujas obras deverão estar concluídas no início de 2012. Actualmente, a energia eléctrica que abastece a região sul de Mocambique e’ proveniente da Hidroeléctrica de Cabora Bassa no Rio Zambeze, via Africa do Sul.

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