O Vice-Ministro da Defesa, Agostinho Mondlane, confirmou que a Marinha de Guerra de Moçambique recebeu um pedido de transmissão de um navio que no dia 24 do mês em curso foi alvo de uma tentativa de ataque pirata a 200 quilómetros das águas de Quelimane, província central da Zambézia.A Marinha, segundo Mondlane, enviou o sinal aos Centros de Segurança Marítima na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), baseados em Antananarivo, Madagáscar, e o da Cidade do Cabo na vizinha África do Sul, que confirmaram inclusive a recepção, embora não tenham dado o devido retorno.O dirigente reagia a uma questão levantada durante a conferência de imprensa destinada a anunciar o arranque, na primeira segunda-feira de 2011, do recenseamento militar em todo o país que projecta atingir, em todo o país, um universo de 150 mil jovens nascidos em 1993.A informação publicada hoje na edição electrónica do Jornal sul-africano 'Mail&Guardian' cita o porta-voz do Centro de Segurança Marítima da Marinha da União Europeia, Paddy O’Kennedy, afirmando que os piratas levaram a cabo ataques separados a 20 milhas (32 quilómetros) da costa de Quelimane.Os dois navios, atacados em separado nos dias 24 e 25 do mês em curso, eram, segundo O’Kennedy, uma cisterna 'NS Africa' registado na Libéria e o outro registado no Panamá 'Majestic' era um cargueiro.Os atacantes compreendendo um total de seis indivíduos, segundo a fonte, faziam-se transportar em uma pequena embarcação que se acredita ser a mesma que empreendeu os ataques contra os dois navios.O navio NS Africa repeliu as tentativas de ataques fazendo manobras enquanto o Majestic ripostou ao fogo aberto pelos piratas contra o cargueiro.O’Kennedy disse igualmente que nenhum dos navios está registado pelas autoridades gestoras das operações anti-pirataria no Oceano Índico, situação que retardou a recolha da informação sobre as tentativas de ataques.Os recentes ataques, segundo a fonte, mostram que a intensificação dos esforços contra a pirataria forçaram os piratas a desceram mais para o sul da Somália.Alberto Mondlane disse, contudo, que as autoridades moçambicanas estão em prontidão combativa e deverão intervir para pôr cobro a situação caso a SADC e a União Africana (UA), organismos com os quais tem coordenado e monitorado a evolução da situação nas águas regionais, decidam pela intervenção militar conjunta
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