quinta-feira, dezembro 23, 2010

Despolitizar os sindicatos

Um dos grandes desafios para o próximo ano e' os sindicatos ocuparem devidamente os espaços que lhes cabem como organizações que defendem os interesses dos trabalhadores, disse o presidente da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM)-Central Sindical (CS), Carlos Mucareia.Reconheceu que os trabalhadores moçambicanos ainda vivem numa situação muito difícil que em certas ocasiões ofusca os feitos dos sindicatos, dando a entender que estes nada fazem.Para que tal se torne realidade, Mucareia apontou a necessidade de os sindicatos definirem claramente e com rigor os objectivos para fortificar as suas posições no diálogo social e por essa via desfazerem a imagem de que o trabalhador moçambicano nada tem a ver com a cultura de trabalho.“Existe a tendência de que os moçambicanos tem a ver com a cultura de greve e não de trabalho. Também se diz que Moçambique não tem recursos humanos capazes mas são os mesmos que são reconhecidos além fronteiras. Por isso 2011, temos que estar preparados para dar resposta a estas questões”, defendeu.A margem da cerimonia, Alexandre Munguambe, secretario-geral da OTM-CS, apontou como grandes desafios para o próximo ano a melhoria do dialogo social ao nível dos sectores de actividade para que tenham capacidade suficiente para negociar um salário mínimo a altura do custo de vida.Segundo Munguambe, em 2010 o trabalhador foi muito sacrificado porque o salário mínimo que foi negociado e fixado foi imediatamente engolido pela inflacao com a agravante de que o salário mínimo nacional e' fixado com base numa (inflacao) passada e não a perspectivada.“Temos que pensar melhor na forma como se calcula o salário mínimo nacional”, defendeu Munguambe.Sobre as medidas de impacto imediato decretadas pelo Governo, Munguambe disse que estas não são duradoiras, razão pela qual o Governo tem que criar condições para que o pais seja auto-suficiente na produção agrícola e melhorar a redistribuição da riqueza.O Executivo, defendeu o secretario-geral da OTM-CS), deve lutar por tornar o orçamento cada vez menos dependente de financiamentos externos e prestar particular atenção a componente de transportes publicos, que e' primordial para o desenvolvimento de qualquer economia.

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