O cônsul da Itália em Moçambique para região do Milão, Simone Santi, prometeu investimentos do empresariado daquela região mais industrializada da Itália na província do Niassa, em projectos turísticos e de agricultura que podem totalizar 11 milhões de euros. O diplomata italiano, que falava ao Canalmoz durante a 47ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), terminada em Marracuene, disse que deste valor 9 milhões de euros serão empregues no sector da Agricultura, mais concretamente na produção agrícola e de transformação. Os restantes 2 milhões de euros serão empregues na construção de estâncias turísticas ao redor do lago Niassa.“O lago Niassa é um dos mais lindos do mundo e é imperioso que haja investidores. No Niassa existem potencialidades agrícolas, recursos energéticos renováveis. Niassa possui uma potencialidade enorme de recursos adormecidos”, disse.Santi, que nos últimos tempos tem vindo a trabalhar naquele ponto do país, explicou que o lago Niassa, pelo ecossistema do declive do lado moçambicano, apresenta uma espécie de peixe de ornamentação, facto que não acontece do lado do Malawi onde o lago é navegável.O director provincial do Turismo do Niassa, Eusébio Dimitique, disse, por sua vez, que com aprovação pelo Conselho de Ministros da Reserva Parcial do Niassa, foi criada uma frente para parar com pesca artesanal ilegal no local.“Com a criação da reserva por lei, temos uma entidade legal. Estamos a trabalhar com a Tanzania e Malawi que também são banhados pelo lago. Temos 42 fiscais para a reserva do lago, vamos aumentar com fiscais comunitários para combater a pesca ilegal”, disse, acrescentando que existem 18 comités de pesca que trabalham com o Governo. O Governo estabeleceu uma zona tampão. A área de Reserva será de 47.840.384 hectares e a da zona tampão será de 89.324.982 hectares.Ainda no decurso da FACIM, a província do Niassa teve um momento para apresentar as suas potencialidades. Foi nesta óptica que Alfredo Chambal, da empresa Mozambique Leaf Tabacco, e com interesses agrícolas neste ponto do país, disse que tudo que existe no Niassa está por explorar.“Tudo o que existe é virgem, florestas, recursos fantásticos, terra. Niassa é a maior província do país e é a menos habitada. O seu desenvolvimento é mínimo”, disse.
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