quarta-feira, setembro 07, 2011

Estão "lixados " com a Ministra

O BCI ganhou concurso lançado pelo Ministério do Trabalho para a gestão das transferências de dinheiro dos mineiros moçambicanos na vizinha África do Sul, e com o acordo ontem rubricado em Maputo este banco vai passar a prestar-lhes serviços dirigidos.
O BCI refere que ao abrigo do acordo vai passar a abrir contas individuais, onde serão creditadas/depositadas as remunerações dos mineiros, o Crédito Pessoal BCI, o Leasing Auto BCI e o Crédito Habitação BCI, para aquisição, construção e obras, assim como os cartões BCI Visa Electron e Tako, também com condições preferenciais.
Para a selecção deste banco, pesou, segundo foi referido, o facto de esta instituição bancária “apresentar as melhores propostas do mercado para o efeito, bem como responder atempadamente a uma das principais exigências do Governo, que era a da sua expansão até às zonas de entrada e de origem dos mineiros”.O acordo do início da prestação de serviços foi rubricado na manhã de ontem entre o Banco e o Ministério do Trabalho, representados pelo Dr. Ibraimo Ibraimo, presidente da Comissão Executiva do BCI, e pela Dra. Helena Taipo, ministra do Trabalho, na sede do MITRAB, e testemunhada por diversos quadros superiores de ambas as instituições, pelo embaixador de Moçambique na África do Sul, Fernando Fazenda, bem como por líderes de diversas associações de mineiros moçambicanos residentes naquele país.Na ocasião, o presidente da Comissão Executiva do BCI, Ibraimo Ibraimo, referiu que é com enorme satisfação que rubrica este acordo, pela responsabilidade de um compromisso não só com o MITRAB, como também com os trabalhadores mineiros moçambicanos. “O BCI não pretende ser apenas o banco dos mineiros, mas também das suas famílias em Moçambique”, disse. Por fim, agradeceu a confiança depositada e reafirmou o empenho no sentido de honrar o compromisso na prestação de serviços de qualidade aos mineiros moçambicanos.Por seu lado, a Dra. Helena Taipo, na sua intervenção, mostrou-se satisfeita pela assinatura do acordo entre o MITRAB e o BCI, de Prestação de Serviços para os trabalhadores moçambicanos nas minas da República da África do Sul (RAS). “Marca um momento muito especial na história laboral entre os dois países”.“Os mineiros moçambicanos são parte dessa transformação, sobretudo face àquilo que o mercado está a operar em diversos quadrantes, salientando a modernização tecnológica do sector bancário, em que o cidadão estando presente ou não, fisicamente, hoje é possível aceder aos seus serviços e satisfazer as necessidades humanas”, referiu.A decisão liberta o MITRAB do processo de recepcção e pagamento de valores pertencentes aos mineiros, uma situação que facilitou a criação de esquemas paralelos, levando as familias dos imigrantes a longas filas e meses de espera para receberem ao que têm direito. Tudo derivou quando ocasionalmente a titular da pasta a saída das instalações do Ministério deparou-se com um pedido desesperante da mulher de um mineiro para resolver o seu problema porque os filhos estavam com fome.O anterior procedimento possibilitava que funcionários intermediários abrissem contas a prazo e outros sistemas fraudulentos.Sabe-se que com a entrada de um Banco veio criar alguma resistência dos envolvidos na relação com a Ministra.

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