domingo, outubro 03, 2010

Monopartidarismo

Teodato Hunguana, membro sénior do partido Frelimo, no poder, e actual presidente do Conselho de Administração da Mcel, chama os moçambicanos a responsabilidade de combater, “de forma tenaz”, qualquer atitude que vise a reimplantação do regime monopartidário no país. Teodato Hunguana diz que os moçambicanos devem combater condutas que apregoem o fim da democracia no país, e até chama esta tendência “doença epidémica”. Hunguana fez estas declarações durante um debate sobre os 18 anos dos Acordos de Paz, organizado pelo Parlamento Juvenil e que contou com a presença do antigo número dois da Renamo e actual presidente do PDD, Raul Domingos, um dos principais negociadores do Acordo Geral da Paz. Para Teodato Hunguana, que antes de assumir o cargo de presidente do Conselho de Administração da MCel este ano era até então juiz conselheiro do Conselho Constitucional, o Acordo Geral de Roma foi assinado exactamente para a implantação da democracia em Moçambique, e é preciso que todos (partidos políticos, dirigentes e os cidadãos em particular) assumam a construção da democracia como desafio pessoal. Aliás, Hunguana assume que uma das causas principais da “guerra de desestabilização” – segundo suas palavras, foi a falta de liberdade, daí que é preciso conservar aquilo que foi conquistado com sacrifício de milhões de moçambicanos. A “guerra de desestabilização”, a que outros chamam de Guerra Civil, “não traz boas recordações para nenhum moçambicano, por ter sido muito violenta e uma guerra, das mais terríveis em África na época”, referiu Teodato Hunguana. Num outro desenvolvimento, Teodato Hunguana diz que é preciso que “estejamos atentos a quaisquer tendências que constituam perigo para os princípios do Estado de Direito Democrático”. “É preciso que nos levantemos contra essas tendências”, defende Hunguana. Entretanto ele apela aos moçambicanos para que não se distraiam por nada, porque, segundo disse, “se nos distrairmos podemos recuar”.( Fonte Canalmoz).

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