Uma equipa de arqueologos noruegueses e tswanas acaba de reivindicar a descoberta de um local, a noroeste do Botswana, onde se acredita que se realizava adoração da religião mais antiga do mundo.Os cientistas descobriram artefactos e restos humanos que mostram que os antigos realizavam naquela região cultos rituais, adorando uma jibóia, reivindicação que sustenta a teoria segundo a qual a África é o berço da Humanidade.A investigação reivindica ainda que aquela prática data há 700 mil anos, isto é cerca de 30 mil anos antes das descobertas efectuadas na Europa, de acordo com a revista científica “Apollon”, da Universidade de Oslo, capital norueguesa.Até aqui, investigadores diziam que os primeiros rituais humanos foram realizados há 40 mil anos na Europa, mas este estudo recente mostra que aquela reivindicação não correspondia a verdade.Sheila Coulson, Professora da Universidade de Oslo, disse que com esta descoberta torna-se agora evidente que o Homem moderno começou a realizar ritos de adoração em África, há 700 mil anos.Coulson efectuou a descoberta quando estava a investigar artefactos pertencentes a Idade de Pedra em montanhas localizadas numa área há centenas de quilómetros de Ngamiland, a noroeste do Botswana. As montanhas, chamadas de Tsodilo, localizam-se junto do deserto de Kalahari. Têm a sua fama quase por todo o mundo, dada a maior concentração da pintura rupestre, que data há mais de 1.500 anos. A “Organização das Nações Unidas para Educação e Ciência” (UNESCO) declarou as montanhas de Tsodilo de herança da Humanidade.Aquela região continua ainda a ser considerada como um lugar sagrado para a população San, que chama Tsodilo de 'Montanhas de Deus' e 'Rocha dos Crentes'. Quando Coulson e colegas da sua equipa entraram na caverna viram uma rocha misteriosa, que se assemelha à cabeça de uma grande jibóia, de seis metros de comprimento.Viram que a cabeça e os olhos daquela gigante serpente parecia uma verdadeira jibóia. Os reflexos de raios solares sobre os artefactos dão impressão de se tratar da pele de uma cobra. Ás noites, a luz de fogo faz com que alguém olhe para aquilo como sendo uma verdadeira cobra em movimento.Durante os trabalhos da escavação, os arqueólogos descobriram 13 mil artefactos que eram usados para ritos de adoração.
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