O anúncio foi feito pelo chefe regional dos serviços anti-catástrofes, Tibor Dobson. “O ecossistema completo do rio Marcal foi destruído porque a taxa de alcalinidade muito elevada matou tudo”, declarou o responsável à agência de notícias húngara MTI.“Todos os peixes morreram e também não pudemos salvar a vegetação”, disse, adiantando que “o Marcal recebeu a sua `pena de morte` quando a lama vermelha entrou de repente pelo rio Torna”.A poluição atingiu o braço principal do Danúbio e, por enquanto, não houve relatórios de peixes mortos nos dois rios.Ao longo do percurso, através de vários rios, as lamas vermelhas diluíram-se na água e já não são visíveis a olho nu, devido, em parte, à utilização de agentes neutralizantes pelos bombeiros e operários.Os países atravessados pelo rio (Alemanha, Eslováquia, Croácia, Sérvia, Bulgária, Roménia e Ucrânia) correm agora fortes riscos de contaminação. O Danúbio, que tem diferentes nomes consoante o país que atravessa, segue no sentido oeste-leste. A sua nascente situa-se na Floresta Negra, na Alemanha, pelo que esse país poderá estar livre de contaminação. Já grandes capitais europeias, como Viena, Budapeste e Belgrado – por onde o rio passa em direcção ao Mar Negro, onde desagua – encontram-se sob alerta.A lama vermelha tóxica provoca reacções alérgicas em contacto com a pele e a morte, no caso de a água contaminada ser ingerida. “Provavelmente será preciso criar um novo território para os habitantes da aldeia e destruir esta parte da localidade para sempre, uma vez que é impossível viver aqui”, disse Viktor Orban , o primeiro-ministro húngaro. A União Europeia enviou à Hungria um grupo de peritos especializados no combate às calamidades tecnológicas. Segundo explicou a Comissão Europeia, esses especialistas terão de avaliar os efeitos da contaminação dos solos, reservatórios, e águas subterrâneas com “lama vermelha” em uma área de quase 40 quilómetros quadrados. Deverão propor ainda um conjunto de medidas eficientes capazes de neutralizar a contaminação química. Na segunda-feira, um depósito de lama vermelha de uma fábrica de alumínio de Ajka, que fica 165 km ao oeste de Budapeste, se rompeu por razões ainda desconhecidas e o conteúdo foi derramado em várias localidades. Na segunda-feira, um depósito de lama vermelha de uma fábrica de alumínio de Ajka, que fica 165 km ao oeste de Budapeste, se rompeu por razões ainda desconhecidas e o conteúdo foi derramado em várias localidades. Este é o acidente químico mais grave da história da Hungria, afirmou o secretário de Estado do ministério do Meio Ambiente, Zoltan Illés, que visitou Kolontar, uma das cidades afectadas
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