Quando, em Washington, no edifício do FMI onde decorria o acto, o Ministro das Finanças Dr. Rui Baltazar, em nome da República Popular de Moçambique assinava o acordo que formalizava a nossa adesão ao FMI e ao Banco Mundial, lembrei-me do que o Presidente Kaminsky do Banco Central da Alemanha de Leste me havia dito: “a adesão ao FMI seria uma traição ao socialismo”. Cruzo o olhar com o Dr. Eneas Comiche, não consigo evitar, e digo: “Se isto der para o torto, estamos fritos!”. Naquela altura, 1984, não tinhamos recursos financeiros para pagar a quota da nossa adesão ao FMI e ao Grupo Banco Mundial. O Bank of England ofereceu-se para nos emprestar o capital necessário. Agradecemos este gesto generoso, aceitamos o empréstimo, sem juros, e pagamos a quota relativa `a nossa adesão ao FMI. No momento seguinte, exercemos o nosso direito soberano e solicitamos o uso da “reserve tranche” e reembolsamos o empréstimo aos britânicos. Foi um empréstimo de poucas horas, sem juros!Leia Prakash Ratilal aqui.
0 comments:
Enviar um comentário