O Governo moçambicano deve revisitar e rever as politicas do sector do comercio pois ate ao presente momento não se consegue colocar os produtos nacionais no mercado interno, para alem de que as trocas comerciais entre as provinciais também não são efectivas.Falando , na sessão de perguntas ao Governo, o deputado Carlos Silyia disse não ser engano afirmar que o saboroso e abundante feijão da província nortenha de Niassa, que é muito procurado a escala nacional, não é visto no mercado senão nos próprios locais de produção.“Quem vai a Niassa recebe vários recados de encomendas para trazer consigo o famoso feijão produzido naquela região. Isto é sinal de que não estamos a conseguir comercializar os nossos produtos”, afirmou Silyia.Ele acrescentou que “continuamos a produzir para a nossa subsistência e quando produzimos um pouco mais não temos onde vender adequadamente a nossa produção”. De acordo com Silyia, o mesmo acontece com a batata produzida em Angónia, na província de Tete, em Chimoio, na província de Manica, todas na região central de Moçambique, e em Niassa, já no Norte, que não é colocado livremente em Maputo, no Sul, ou mesmo em Cabo Delgado, no Norte do pais, por exemplo.Para este parlamentar, estes exemplos são suficientes para que o Ministério da Industria e Comercio se sinta forcado a adoptar politicas que garantam um bom sistema de comercialização da produção nacional.“É preciso que o produto nacional seja consumido pelos moçambicanos em todo o território nacional e seja distribuído em locais de maior carência porque só assim é que vamos combater a fome com recurso a nossa própria produção”, afirmou Carlos Silyia.O deputado avançou ainda com a opinião de que as politicas do sector agrário sejam também revistas no sentido de modernizar os meios de produção. “Isto permitiria o aumento, em grande escala, da produção para o auto sustento e para a comercialização”, indicou a fonte.Ele afirmou, por outro lado, que o Estado não deve fugir da sua responsabilidade de criar associações agrárias, pois estes seriam os principais utilizadores dos recursos a disponibilizar, para o desenvolvimento da agricultura moderna no pais.“Encorajamos a implementação de politicas agrárias realistas que possam mudar o actual sistema de produção tradicional para um moderno”, vincou Carlos Silyia.
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