A Universidade do Estado da Flórida, EUA, já garantiu um financiamento no valor de 7,9 milhões de dólares, para um período de quatro anos, para melhorar a agricultura e segurança alimentar em Moçambique. Segundo um comunicado da Universidade da Flórida, colocado no seu portal na Internet, a implementação do referido projecto estará a cargo de uma equipe de peritos dos EUA e do Brasil. De acordo com o director dos programas internacionais do Instituto de Ciências Alimentares e Agricultura da Universidade da Florida, Walter Bowen, este é o primeiro do género, também conhecido por cooperação trilateral, envolvendo a colaboração entre dois países doadores para ajudar um terceiro país.Bowen deverá chefiar uma equipe de cientistas da Universidade da Flórida e da Universidade Estadual de Michigan para a implementação do projecto em Moçambique, que é financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). O principal objectivo do projecto é reduzir a fome e pobreza através do incremento da produtividade agrícola, criação de oportunidades económicas e melhoria da nutrição. Os parceiros da Universidade da Flórida, baseados no Brasil e em Moçambique, deverão incluir instituições do ensino superior e de investigação agrária. A implementação dos projectos está agendada para o início do segundo trimestre do corrente ano. Apesar do notável crescimento económico registado durante a última década, Moçambique continua a ser um dos países mais pobres do mundo, onde a malnutrição constitui um problema para as autoridades locais. Bowen explica que a cooperação trilateral foi uma escolha lógica pelo facto de o Brasil e os EUA trazerem uma complementaridade ao projecto. “Nós sabemos que podemos fazer um trabalho mais eficaz se associarmos os melhores peritos nos EUA com os do Brasil”, disse Bowen. O Brasil possui uma economia agrícola em rápido desenvolvimento, com um clima e solos similares aos existentes em Moçambique, disse Bowen. Além disso, ambos os países partilham a mesma língua oficial, o português. Os EUA, por seu turno, possuem uma larga experiência na gestão e administração de programas para o desenvolvimento internacional, Ademais, a Universidade da Flórida há muito tempo que se encontra envolvida em programas de pesquisa no Brasil. Win Phillips, vice presidente para a pesquisa na Universidade da Florida, afirma que este donativo é de uma importância significante porque vai possibilitar os membros desta faculdade ajudar um país em desenvolvimento, mas também pelo facto de o modelo de cooperação trilateral ter o potencial de ser uma boa iniciativa para as futuras parcerias da sua instituição. “A universidade possui uma longa história na colaboração com colegas da América Latina”, disse Phillips, para de seguida acrescentar “com este projecto estamos levar essa experiência e usá-la para o benefício de um terceiro país. Este é um modelo que tem um grande potencial a medida que as economias mundiais vão ficando cada vez mais interligadas”. O projecto será liderado por cinco membros da faculdade, todos fluentes nas línguas inglesa e portuguesa.
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