As intensas chuvas que continuam a registar-se em Moçambique, sobretudo na região sul, começam a preocupar as autoridades que superintendem o sector de caju que receiam que as mesmas possam pôr em causa a qualidade da castanha produzida.Filomena Maiopuè directora do Instituto Nacional do Caju (INCAJU) garante que a meta planificada para a presente campanha será cumprida pois, até quarta-feira, já tinham sido comercializadas 78 mil toneladas das cerca de 97 mil previstas para a presente safra.“As primeiras indicações apontam que teremos uma das melhores campanhas de comercialização e poderemos até atingir as 97 mil toneladas. No entanto, estamos preocupados com a qualidade da castanha na zona sul devido às chuvas que se fazem sentir desde finais de Dezembro”, disse Maiopuè.Ao todo, a região sul deverá produzir 16 mil toneladas de castanha, número que, segundo Maiopue, existem condições para ser alcançado, porque as chuvas começaram a cair numa altura em que a maioria dos produtores já tinha começado a recolher a produção.A directora reconhece, no entanto, que havia uma outra parte da castanha que ainda se encontrava nas árvores, sendo que essa poderá ter uma qualidade baixa para a exportação em bruto e consequentemente menor valor comercial.A região norte registou o preço mais alto do ano, tendo o quilograma da castanha chegado a ser comercializado a 32 meticais.Mesmo perante estes preços elevados, as indústrias nacionais já estão praticamente abastecidas de matéria-prima necessária para a sua laboração anual, daí que a exportação da castanha em bruto foi aberta no início de Janeiro.Actualmente, Moçambique tem capacidade para processar cerca de 30 mil toneladas de castanha por ano.
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