segunda-feira, janeiro 10, 2011

Ataque ao carvão

O Ministro indiano do Carvão, Sriprakash Jaiswal, pediu a concessão de mais blocos de carvão para exploração, medida que não só vai beneficiar a indústria carbonífera na província central de Tete, mas também os planos de crescimento e desenvolvimento de Moçambique.Jaiswal manifestou o pedido durante uma audiência concedida pela Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, para discutir aspectos de fórum administrativo antes da assinatura do memorando de entendimento para o desembolso, por aquele país, de cerca de 40 milhões de dólares americanos.O valor destina-se fundamentalmente a construção do Instituto Moçambicano de Planificação e Organização e do Instituto Regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para treino e organização, ambos virados para a área do carvão. A construção dos institutos é resposta a preocupação do governo moçambicano, e do Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) em particular, em formar e capacitar cada vez mais quadros moçambicanos na área dos Recursos Minerais para responderem ao crescimento que o sector tem estado a registar. Segundo o ministro indiano, o carvão constitui a fonte de desenvolvimento daquele 'tigre' da economia asiática, aliás basta afirmar que 51 por cento da energia do país depende do carvão, para explicar melhor o forte desiderato para a concessão de mais licenças de exploração de carvão.O Vice-Ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak, disse no final do encontro que as conversações com a delegação indiana de visita ao país foram frutíferas e a vontade de Moçambique é que a Índia adicione valor às explorações carboníferas no país.Razak disse que as conversações tiveram como tónica dominante a questão da construção dos dois novos institutos, a intensificação da utilização do carvão no país para diversos fins industriais bem como a sua condensação para a produção de combustíveis líquidos.“A Índia tem uma vasta experiência no domínio do carvão e um exemplo é a utilização deste minério na produção de combustíveis líquidos”, explicou o vice-ministro, apontando que Moçambique tem um forte interesse nesse domínio para incrementar o desenvolvimento.A Índia é detentora de dois blocos de exploração que vão iniciar nos próximos dois a quatro anos. O carvão que sai daquela província é explorado pela empresa Minas de Moatize que explora 50 mil toneladas/ano e exporta para os mercados do Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.

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