A maioria dos moçambicanos reza dia e noite para a queda de chuva, mas para os residentes de Maputo esse desejo deve ser inverso, uma vez que nesta urbe este fenómeno natural parece estar a trazer mais desgraça do que bonança.Para a maioria dos moçambicanos, particularmente os residentes nas zonas rurais, chuva significa aumento da disponibilidade de água nos poços, da fertilidade dos solos e, como resultado, fartura de comida tanto para os homens e pastagem para do gado. Mas em Maputo, a mesma chuva significa enchentes de água nas casas, nos quintais, nas estradas e nos passeios, nos mercados e nos campos de futebol. Significa pessoas dormindo por cima das mesas ou mesmo sem local onde dormir. Também significa intransitabilidade das vias de acesso e entupimento das valas de drenagem.Na noite de Quinta-feira, choveu a cântaros na cidade de Maputo durante cerca de duas horas e, mais uma vez, aconteceu tudo o que já foi referido e com alguma gravidade.Uma hora depois do início da chuva, passando pela Praça dos Combatentes, arredores da cidade de Maputo, onde estava tudo ficou alagado: a estrada, o passeio, o 
novo terminal rodoviário inaugurado há um ano e a rotunda.Na estrada alagada encontravam-se algumas viaturas paralisadas e os seus proprietários deambulando de um lado ao outro sem saber onde encontrar a solução para os seus problemas.Esta chuva cai numa altura em que há dias não se jogava futebol numa zona do bairro da Costa do Sol, arredores da cidade de Maputo, onde o principal campo desta modalidade ficou todo alagado na sequência das chuvas registadas há semanas. Depois da chuva desta Quinta-feira, a situação piorou.No centro da cidade de Maputo foi reportado hoje, pela Rádio Moçambique, a emissora pública nacional, o caso da mulher que quase desaparecia na sarjeta se não tivesse tido o rápido socorro da Polícia enquanto se mantinha pendurada com os braços na boca da sarjeta.Ainda no centro da cidade, surgiu um buraco enorme ao longo da Avenida das Nações Unidas. Uma das faixas desta mesma avenida foi invadida por um banco de areia que chegou a causar a paralisação de algumas viaturas, incluindo um autocarro da transportadora internacional Intercape.Na verdade, as chuvas que preocupam os residentes de Maputo também constituem um enorm
e desafio para as autoridades municipais. Os desafios impostos aos residentes já são sobejamente conhecidos e matéria de discussão em diversos fóruns. Contudo, seria agora interessante analisar um novo fenómeno que ocorre na cidade, tendo em conta as competências do Município, entidade responsável pela gestão de parte considerável de serviços da cidade, incluindo infra-estruturas rodoviárias e de drenagem de águas pluviais.Com a falta de vias de acesso em número e capacidade suficiente para responder ao crescente tráfego automóvel da cidade de Maputo, muitos automobilistas tendem a recorrer ao uso de vias alternativas para chegar ao centro da cidade.Certamente que as autoridades municipais conhecem essas novas vias de acesso, mas nada é feito com vista a melhorar ou manter a sua transitabilidade.Por isso, quando chove, surgem novos problemas nos bairros suburbanos, relacionados com a erosão e estagnação de águas residuais e intransitabilidade das ruas não asfaltadas. Por outro lado, é questionável a atitude do Município quanto a realidade de infra-estruturas recentemente erguidas, mas que não respondem em pleno aos objectivos dos investimentos 
aplicados na sua construção.Um dos exemplos é a Praça dos Combatentes, inaugurada há cerca de um ano após um investimento de quatro milhões de dólares na construção do sistema de drenagem, colocação de novo pavimento, construção de duas praças, uma terminal de transportes, entre outras infra-estruturas.Um ano após a conclusão deste grande empreendimento, as melhorias no escoamento de águas pluviais ainda são mínimas, pois quando chuva reeditam-se os problemas do passado, caracterizados por enchentes de água em todo lado e intransitabilidade das vias de acesso.É igualmente importante a intervenção imediata do Município no tapamento dos buracos abertos pela chuva nas estradas antes que a situação se agrave, pois, tratando-se de época chuvosa, agua das chuvas torrenciais traz consigo toda a desgraça indesejada.(Muhamud Matsinhe)
A maioria dos moçambicanos reza dia e noite para a queda de chuva, mas para os residentes de Maputo esse desejo deve ser inverso, uma vez que nesta urbe este fenómeno natural parece estar a trazer mais desgraça do que bonança.Para a maioria dos moçambicanos, particularmente os residentes nas zonas rurais, chuva significa aumento da disponibilidade de água nos poços, da fertilidade dos solos e, como resultado, fartura de comida tanto para os homens e pastagem para do gado. Mas em Maputo, a mesma chuva significa enchentes de água nas casas, nos quintais, nas estradas e nos passeios, nos mercados e nos campos de futebol. Significa pessoas dormindo por cima das mesas ou mesmo sem local onde dormir. Também significa intransitabilidade das vias de acesso e entupimento das valas de drenagem.Na noite de Quinta-feira, choveu a cântaros na cidade de Maputo durante cerca de duas horas e, mais uma vez, aconteceu tudo o que já foi referido e com alguma gravidade.Uma hora depois do início da chuva, passando pela Praça dos Combatentes, arredores da cidade de Maputo, onde estava tudo ficou alagado: a estrada, o passeio, o 
novo terminal rodoviário inaugurado há um ano e a rotunda.Na estrada alagada encontravam-se algumas viaturas paralisadas e os seus proprietários deambulando de um lado ao outro sem saber onde encontrar a solução para os seus problemas.Esta chuva cai numa altura em que há dias não se jogava futebol numa zona do bairro da Costa do Sol, arredores da cidade de Maputo, onde o principal campo desta modalidade ficou todo alagado na sequência das chuvas registadas há semanas. Depois da chuva desta Quinta-feira, a situação piorou.No centro da cidade de Maputo foi reportado hoje, pela Rádio Moçambique, a emissora pública nacional, o caso da mulher que quase desaparecia na sarjeta se não tivesse tido o rápido socorro da Polícia enquanto se mantinha pendurada com os braços na boca da sarjeta.Ainda no centro da cidade, surgiu um buraco enorme ao longo da Avenida das Nações Unidas. Uma das faixas desta mesma avenida foi invadida por um banco de areia que chegou a causar a paralisação de algumas viaturas, incluindo um autocarro da transportadora internacional Intercape.Na verdade, as chuvas que preocupam os residentes de Maputo também constituem um enorm
e desafio para as autoridades municipais. Os desafios impostos aos residentes já são sobejamente conhecidos e matéria de discussão em diversos fóruns. Contudo, seria agora interessante analisar um novo fenómeno que ocorre na cidade, tendo em conta as competências do Município, entidade responsável pela gestão de parte considerável de serviços da cidade, incluindo infra-estruturas rodoviárias e de drenagem de águas pluviais.Com a falta de vias de acesso em número e capacidade suficiente para responder ao crescente tráfego automóvel da cidade de Maputo, muitos automobilistas tendem a recorrer ao uso de vias alternativas para chegar ao centro da cidade.Certamente que as autoridades municipais conhecem essas novas vias de acesso, mas nada é feito com vista a melhorar ou manter a sua transitabilidade.Por isso, quando chove, surgem novos problemas nos bairros suburbanos, relacionados com a erosão e estagnação de águas residuais e intransitabilidade das ruas não asfaltadas. Por outro lado, é questionável a atitude do Município quanto a realidade de infra-estruturas recentemente erguidas, mas que não respondem em pleno aos objectivos dos investimentos 
aplicados na sua construção.Um dos exemplos é a Praça dos Combatentes, inaugurada há cerca de um ano após um investimento de quatro milhões de dólares na construção do sistema de drenagem, colocação de novo pavimento, construção de duas praças, uma terminal de transportes, entre outras infra-estruturas.Um ano após a conclusão deste grande empreendimento, as melhorias no escoamento de águas pluviais ainda são mínimas, pois quando chuva reeditam-se os problemas do passado, caracterizados por enchentes de água em todo lado e intransitabilidade das vias de acesso.É igualmente importante a intervenção imediata do Município no tapamento dos buracos abertos pela chuva nas estradas antes que a situação se agrave, pois, tratando-se de época chuvosa, agua das chuvas torrenciais traz consigo toda a desgraça indesejada.(Muhamud Matsinhe)
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