A Afrika Great Wall Mining Development Co. Lda,
empresa chinesa à frente do projecto nos distritos de Quelimane, Chinde e
Inhassunge investe cento e trinta milhões de dólares, o equivalente a 4.3 mil
milhões de meticais do Fundo Chinês, o projecto contempla ainda a construção de
um Porto na Doca Seca em Quelimane, o melhoramento de estradas, construção de
escolas, transporte de corrente eléctrica e com a sua entrada em funcionamento
poderá empregar cerca de trezentos trabalhadores, oitenta por cento dos quais
recrutados localmente. Embora as aparentes vantagens a população continua
reticente relactivamente aos benefícios directos e por constituir uma grave
possibilidade de os agricultores perderem as suas machambas, recorde-se que a
principal actividade económica desenvolvida por aqueles cidadãos centra-se
essencialmente na produção agrícola e venda dos produtos no mercado local.
Outra
força que se opõe directamente ao projecto são as organizações da sociedade
civil baseadas em Quelimane que julgam não haver condições para à implementação
da iniciativa, um relatório ambiental largamente debatido em fóruns que
reuniram membros do Governo, proponentes da iniciativa, e a sociedade civil nos
meandros de 2016, as organizações da sociedade civil questionaram alguns
aspectos relacionados com o reassentamento da população circunvizinha do local
do projecto. Na ocasião, a sociedade civil exigiu do Governo o esclarecimento
de aspectos relacionados com as indemnizações da população a ser reassentada,
que vai deixar as suas habitações, terras de cultivo e as respectivas culturas,
bem como do tipo de condições a serem criadas nos respectivos bairros de
reassentamento.
Falando
ao Jornal Txopela , o Governador da Zambézia, Abdul Razak referiu que embora a
actual administração encontre no projecto ganhos assinaláveis para à economia
da província e nacional, o interesse da população residente nas zonas
abrangidas pelo projecto é superior, tendo afirmado na ocasião que o executivo
da Zambézia pondera nos próximos dias sentar à mesa com os representantes da
empresa proponente do projecto para colocar a par sobre a posição da população,
Razak foi mais sintético tendo afirmado que o se a populaçao não aprova, o
governo não poderá obrigar.
O
Jornal Txopela
apurou que a efectivar-se o projecto de exploração de areais pesadas em
Maquinal o Governo despachou um aval para a empresa Afrika Great Wall Mining
Development Co. Lda. para trabalhar em Maquival durante 50 anos. O projecto é
extensivo à região de Namuinho onde se confirma a ocorrência de um potencial de
reservas de areias pesadas avaliado em 134.875,064 toneladas. As reservas do
distrito de Quelimane representam a mais recente descoberta do vasto potencial
de recursos minerais existentes na província da Zambézia.
Actualmente, está em
execução nesta parcela do país um importante empreendimento neste campo de actividade,
concretamente na localidade de Dea, zona costeira do distrito de Chinde, numa
área que inclui os distritos de Inhassunge e Nicoadala. A firma está no terreno
desde 2014 e entrou para a fase de exploração das areias pesadas, tendo
realizado já as primeiras exportações de ilmenite, rutilo e zircão para a
China, EUA e outros países, cujas quantidades não foram especificadas. Enquanto
isto, aguarda-se pelo fecho do processo para o avanço do projecto de exploração
das areias pesadas apresentado pela companhia Pathfinder Moçambique S.A, que,
conforme dados disponíveis, se propõe a operar em duas regiões do distrito
costeiro de Pebane, concretamente em Moebase e Naburi.
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